Governo mobiliza polícia e militares para greve dos combustíveis

  • ECO
  • 27 Julho 2019

Admitindo a hipótese de os motoristas não cumprirem os serviços mínimos, o Governo está a mobilizar forças de segurança como polícia e o exército para diminuírem o impacto da greve.

Com poucas esperanças quanto a uma desmobilização, o Governo está já a reforçar medidas para tentar minimizar o impacto da greve dos motoristas, agendada para 12 de agosto. Reforço nas escalas das forças de segurança e PSP e GNR prontas a atuar são alguns dos pontos que estão a ser estudados para garantir o abastecimento de combustível, caso os serviços mínimos não sejam cumpridos.

“A probabilidade de acontecer a greve é séria”, diz um responsável do Governo, ao Expresso, admitindo que “esta greve causará, seguramente, transtorno”. Embora continue a mediar o conflito entre ambas as partes, o Executivo acredita que as empresas não podem ceder mais do que aquilo que cederam na paralisação de abril. “Estamos a trabalhar para perceber se há alguma margem para ainda evitar a greve. É um caminho muito estreito e que leva o seu tempo”, diz a mesma fonte.

Perante este cenário, o Governo está concentrado num plano de emergência. Partindo do princípio de os motoristas podem não cumprir os serviços mínimos nem a requisição civil, a primeira preocupação é garantir que os camiões com combustível chegam mesmo aos 326 postos integrados na Rede Estratégica de Postos de Abastecimento (REPA).

Para isso, o papel das forças de segurança vai ser essencial, tanto para conduzir camiões-cisterna como para evitar ou desmobilizar bloqueios que os grevistas possam organizar à saída dos depósitos de combustível, nas bombas de gasolina ou nos trajetos entre um ponto e outro. Além disso, PSP, GNR e Exército estarão em prontidão para entrar em ação em qualquer destes cenários logo a partir dos primeiros minutos do dia 12.

As escalas do mês de agosto, escreve o Expresso, estão a ser feitas tendo em conta a necessidade de haver forças de segurança tanto para a manutenção da paz social como para garantir abastecimentos. Fonte oficial da PSP confirma que está já delineado um plano para, “em caso de necessidade”, prevenir “sabotagens, pilhagens ou desordens públicas”.

O objetivo vai ser “garantir” a segurança junto de piquetes de greve, “procurando garantir o livre exercício do direito à greve e o direito a exercer a atividade profissional para quem desejar trabalhar”. A polícia diz que não vai permitir cortes de estrada e vai fazer “escoltas de segurança a colunas de veículos automóveis pesados de mercadorias”. A Direção Nacional da PSP disponibilizou também ao Governo “polícias habilitados para conduzir veículos pesados de mercadorias” e uma “via­tura cisterna como apoio e reserva ao abastecimento”.

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