Fixar o crédito da casa por 30 anos? Saiba que bancos cobram menos

Os bancos estão a relançar ou a promover a oferta de crédito à habitação de taxa fixa, com juros mais baixos e maturidades mais longas. Saiba quais têm ofertas mais em conta para o longo prazo.

Ao baixar os juros dos seus depósitos para um valor ainda mais negativo, o BCE veio dar um “empurrão” a quem pretende recorrer ao crédito para comprar casa. Juros mais baixos significam custos de financiamento menores para as famílias, e por um prazo previsivelmente mais extenso. Mas representam também uma oportunidade para os bancos as encaminharem para soluções de crédito à habitação de taxa fixa. Estas ficam a pagar agora mais pelo crédito, mas viram costas à incerteza dos juros associada aos empréstimos de taxa variável. A quem queira aproveitar esta oportunidade para “segurar a prestação da casa” no longo prazo, o ECO mostra aquelas que são as melhores propostas disponíveis no mercado.

A análise incidiu sobre as instituições que permitem fixar os juros do crédito à habitação por 30 anos, o horizonte máximo previsto atualmente. São quatro os bancos a operar em Portugal a disponibilizar ofertas que encaixam nesse perfil. Nomeadamente, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Novo Banco, o BPI e o Bankinter.

Qualquer destes bancos tem apostado em força no encaminhamento dos seus clientes rumo a soluções de taxa fixa desde o início do ano. Em março, o BPI relançou a disponibilização de crédito de taxa fixa nessa maturidade, já depois de no início do ano, a CGD e o Novo Banco terem introduzido esse prazo na sua oferta.

Os custos da banca para fixar a taxa do crédito por 30 anos

 

Também o Bankinter acaba de rever o seu crédito de taxa fixa. Baixou as taxas fixas promocionais que já disponibilizava para prazos a cinco e dez anos, que passam agora para 0,95% e 1,15%, respetivamente. E acrescentou à sua oferta, ofertas promocionais a 15 (1,35%), 20 (1,4%), 25 (1,45%) e 30 anos (1,5%).

Com esta campanha, válida para propostas entradas até 31 de outubro de 2019 e contratadas até 31 de janeiro de 2020, o banco espanhol passa a disponibilizar, a par do BPI, a oferta mais competitiva do mercado para quem pretenda fixar a taxa de juro do empréstimo da casa por 30 anos.

Em qualquer das instituições, é aplicada nessa maturidade uma taxa de juro de 1,5%, valor que apenas é conseguido assumindo vendas cruzadas.

Segue-se o Novo Banco que, à sua taxa de juro de referência, adiciona um spread que pode variar entre um mínimo de 1,25% e um máximo de 5%. De acordo com o simulador do banco liderado por António Ramalho, a taxa de referência é de 0,526%. Somando esse valor ao do spread, resulta uma taxa que pode ir de um mínimo de 1,776% e um máximo de 5,526%.

Cabe à CGD apresentar a oferta menos competitiva nessa maturidade. Mesmo assumindo o valor mínimo do intervalo das taxas que disponibiliza, este é mais elevado face à concorrência. O mínimo que exige é 2,1%, mas o banco de capitais públicos pode cobrar até 5,9% para fixar a taxa por um prazo de 30 anos.

(Notícia atualizada com a taxa de juro aplicada pelo BPI de 1,5%, considerando vendas cruzadas, para uma comparação justa com os restantes bancos. Sem vendas associadas, a taxa é de, no mínimo, 1,9%)

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