Aumento do turismo trouxe “novas exigências e desafios” a Portugal, diz Siza Vieira
"Temos agora mercados novos e que permanecem bastante tempo", disse o ministro da Economia, sublinhando que o crescimento do turismo traz "novas exigências e desafios" ao país.
O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, valorizou esta sexta-feira o aumento dos indicadores do turismo em Portugal, mas advertiu que o crescimento deste setor traz “novas exigências e desafios” ao país.
Falando nos Açores, no Dia Mundial do Turismo, Siza Vieira valorizou o caminho recente de Portugal neste setor, destacando, por exemplo, a “diversificação de mercados” que procuram o país, que são agora muito mais do que os quatro tradicionais (Reino Unido, Espanha, França e Alemanha). “Temos agora mercados novos e que permanecem bastante tempo”, disse, dando como exemplo os turistas americanos, brasileiros, chineses, canadianos e israelitas.
No país, foi reduzida a “dependência dos destinos tradicionais, como Algarve, Madeira, Lisboa”, espalhando-se agora o setor “por todo o território”. “Isto aconteceu não por uma quebra dos destinos tradicionais, mas porque fomos capazes de atrair pessoas de todo o mundo e do mercado interno para todo o país”, declarou ainda Pedro Siza Vieira, valorizando o “esforço intenso de promoção externa” do destino Portugal.
No campo das novas exigências que o país agora tem de enfrentar, o governante destacou a digitalização das atividades económicas, sendo secundado neste campo pelo presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro. Para o chefe do executivo regional, “o turismo só valerá a pena nos Açores na medida em que valer para as açorianas, para os açorianos” e para a região no seu todo.
E prosseguiu: “Não nos acomodarmos. O que nos deve motivar e desafiar é o que está à nossa frente, o que ainda falta fazer e temos de fazer melhor e diferente. É aí que reside essa ideia de sustentabilidade. Não nos podemos acomodar nem deslumbrar com o crescimento”.
Já a Confederação do Turismo de Portugal assinalou que, “a manter-se a tendência de crescimento” do setor, “e tudo indica que sim, a necessidade de uma gestão cada vez mais criteriosa do território também deve aumentar”.
“É preciso abandonar a ideia de que temos turistas a mais ou que estes são uma ameaça à sustentabilidade dos destinos. A verdadeira ameaça não está no aumento dos turistas, mas sim na incapacidade de planear e intervir na qualificação dos territórios, na mobilidade, nas infraestruturas aeroportuárias, na segurança pública“, advogou o vice-presidente da entidade, Carlos Moura.
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