HSBC vai despedir dez mil trabalhadores para cortar custos
O corte previsto corresponde a mais de 4% do total de 238 mil trabalhadores que o grupo britânico dispõe a nível global. A prioridade vai para os postos mais bem remunerados.
O HSBC planeia despedir até dez mil funcionários, mais de 4% da sua força de trabalho, no âmbito de um plano de corte de custos que o seu presidente interino Noel Quinn pretende implementar, avança o Financial Times (acesso pago), nesta segunda-feira.
O plano representa a mais ambiciosa tentativa do banco britânico em anos de cortar custos, disse o jornal, citando duas pessoas próximas do processo. O jornal britânico adianta ainda que os despedimentos irão concentrar-se principalmente em postos de trabalho com remunerações mais altas. O HSBC ter-se-á recusado a comentar a notícia.
A avançar, este plano de despedimentos significará um rude corte no número de trabalhadores do HSBC que, a nível global, ascendia a 237.685 no final de junho.
A expectativa é de que o grupo financeiro anuncie o arranque deste programa de despedimentos quando anunciar os resultados do terceiro trimestre no final deste mês, informou o Financial Times, citando uma pessoa informada sobre o assunto.
Quinn tornou-se CEO interino do HSBC em agosto, depois de o banco anunciar a partida surpresa de John Flint, dizendo que precisaria de uma mudança no topo para conseguir fazer face a “um ambiente global desafiador”.
Este ambiente desafiador, marcado por taxas de juro baixas ou negativas e receitas fracas, já levou outros grandes bancos a nível global a avançar com despedimentos. O Deutsche Bank, por exemplo, anunciou em agosto que iria eliminar 18 mil postos de trabalho. O Barclays, o Société Générale e o Citigroup também anunciaram despedimentos este ano.
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