Importações caem em agosto. Exportações também, por causa da paragem de Sines

Apesar da travagem tanto nas importações como nas exportações, foi mais expressiva nas exportações. Assim, o défice da balança comercial melhorou, em agosto, em 78 milhões de euros.

As exportações e as importações de bens recuaram, em termos homólogos nominais, 3,8% e 4%, em agosto, tendo permitido que o défice da balança comercial melhorasse em 78 milhões de euros para 1.638 milhões de euros, indica o Instituto Nacional de Estatística, esta quinta-feira.

“Em agosto de 2019, as exportações e as importações de bens registaram variações homólogas nominais de -3,8% e -4%, respetivamente. Destacam-se os decréscimos nas exportações e nas importações de Combustíveis e lubrificantes (-44,1% e -43,7%, respetivamente), nomeadamente nas exportações de Produtos transformados e nas importações de Produtos primários”, salienta o INE, indicando o encerramento para manutenção da refinaria de Sines (durante o mês de agosto) como explicação para essa evolução.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, a tendência registada foi, portanto, a inversa, isto é, tanto as importações como as exportações subiram (4,4% e 0,6%, respetivamente).

Tudo somado, o défice da balança comercial de bens registou um recuo de 78 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado, atingindo 1.638 milhões de euros, em agosto. Sem considerar os combustíveis e lubrificantes, o défice comercial agravou-se em 190 milhões de euros em termos homólogos para 1.288 milhões de euros.

Importações e exportações caíram em agosto

Fonte: INE

Em maior detalhe, o INE explica que o recuo registado ao nível das exportações fica a dever-se à evolução negativa do comércio extra-UE, que decresceu 14,9%. Foi também uma diminuição das importações relativas a agentes económicos fora do bloco comunitário (-25,4%) a explicar a descida das importações, “tendo-se observado um aumento das importações intra-UE face ao mês homólogo (+5%).

“Salientam-se os decréscimos de 44,1% nas exportações e de 43,7% nas importações de Combustíveis e lubrificantes, nomeadamente nas exportações de Produtos transformados e nas importações de Produtos primários. Estes decréscimos nos Combustíveis e lubrificantes poderão estar relacionados com o encerramento para manutenção da refinaria de Sines durante o mês de agosto“, reforça o INE.

Em agosto, no que diz respeito aos principais fornecedores, destaca-se o decréscimo de 25,2% das exportações para os Estados Unidos (sobretudo combustíveis e lubrificantes) e a subida de 11,3% das exportações para a Alemanha (sobretudo automóveis de transporte de passageiros). Já quanto aos maiores clientes, o INE remata: “As importações provenientes de França são as que mais se destacam, com um acréscimo de 43,0%, sobretudo de Outro material de transporte e Partes, peças separadas e acessórios – maioritariamente aviões e suas partes”.

(Notícia atualizada às 12h01 com mais informação)

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