França e UE preparadas para retaliar tarifas de Trump
Novas tarifas aduaneiras anunciadas por Trump vão até 100% de um conjunto de importações de França avaliados em 2,4 mil milhões de dólares como vinhos, queijos e malas.
Tanto França como a União Europeia estão preparadas para retaliar contra as sanções impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Os Estados Unidos anunciaram esta segunda-feira novas tarifas aduaneiras a importações de França, numa decisão que o ministro das Finanças francês Bruno Le Maire considerou “inaceitável”.
“No caso de novas sanções norte-americanas, a União Europeia está preparada para ripostar“, disse Le Maire, à Radio Classique, citada pela Reuters. Já o ministro da economia do país, Agnes Pannier-Runacher, acrescentou, à Sud Radio, que França será “combativa” nas negociações com os EUA sobre a matéria e que não iria recuar no plano de impor taxas às gigantes tecnológicas.
As tarifas anunciadas por Trump vão até 100% de um conjunto de importações de França avaliados em 2,4 mil milhões de dólares (cerca de 2,2 mil milhões de euros). Entre os principais produtos estão vinhos, champanhe e malas.
Esta é uma retaliação por França ter introduzido impostos aos serviços digitais de empresas. A taxa de 3% de França aplica-se às receitas de serviços digitais recebidas por empresas com mais de 25 milhões de euros em receitas arrecadas no país e 750 milhões de euros a nível global.
O Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), Robert Lighthizer, defendeu que este imposto é “inconsistente com os princípios em vigor da política fiscal internacional”, segundo refere a Reuters. Lighthizer acrescentou que a proposta é “invulgarmente pesada para as empresas dos EUA afetadas”, incluindo a Alphabet (empresa-mãe da Google), Facebook, Apple e Amazon.
“O USTR está focado em combater o crescente protecionismo dos Estados-membros da UE, que injustamente afeta as empresas dos EUA“, sublinhou o representante da Administração Trump. O Governo norte-americano está a explorar a hipótese de abrir investigações semelhantes aos impostos aplicados às gigantes tecnológicas na Áustria, Itália e Turquia, mas não fez qualquer referência ao Canadá ou Reino Unido.
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