OPEP+ alarga corte na produção de petróleo em 500 mil barris diários até março
O corte na produção de petróleo que já estava previsto até março de 2020 vai ser alargado em 500 mil barris, num total de 1,7 milhões de barris diários.
Os principais países exportadores de petróleo aceitaram alargar em 500 mil barris diários o corte na produção de petróleo até março de 2020, confirmou esta sexta-feira o ministro russo da Energia, Alexander Novak, numa conferência de imprensa a partir de Viena.
Este alargamento vai fazer com que o corte que já estava previsto para o primeiro trimestre se cifre em 1,7 milhões de barris diários, ou 1,7% da produção global, segundo cálculos da Reuters. Contudo, de acordo com o ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdulaziz bin Salman, o corte total deverá chegar aos 2,1 milhões de barris diários após “melhorias na conformidade”.
Este acordo foi anunciado após uma reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, com a Arábia Saudita e a Rússia à cabeça.
A decisão do cartel e aliados está a impulsionar os preços do petróleo nos mercados internacionais, com o contrato de Brent a ganhar 1,33% em Londres, para 64,23 dólares, em máximos de setembro. Ao mesmo tempo, o WTI sobe 1,63% em Nova Iorque e está a cotar em 59,38 dólares.
Este acordo acontece numa semana em que se conhecem os números oficiais da oferta pública inicial (IPO) da Saudi Aramco, a petrolífera estatal da Arábia Saudita. A empresa conseguiu levantar 25,6 mil milhões de dólares naquela que foi a maior operação de sempre deste género. A Aramco ficou, assim, avaliada em 1,7 biliões de dólares.
O ministro saudita não fez silêncio sobre o tema. Na mesma conferência de imprensa da OPEP+, mostrou-se convicto de que a Aramco irá valer dois biliões “em poucos meses”. A petrolífera vai entrar oficialmente na bolsa de valores de Riade no próximo dia 12 de dezembro, quinta-feira.
(Notícia atualizada às 15h09 com mais informações)
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