657 dias depois, Montepio tem CEO. Pedro Leitão começa hoje após vários “chumbos”
Gosta de cozinha, pratica yoga e ginástica com regularidade e desde 2016 que se dedica também à agricultura. Pedro Leitão é o novo CEO do Banco Montepio que se prepara para iniciar funções.
Quase dois anos depois, o Banco Montepio tem finalmente um novo CEO. Tal como o ECO avançou em primeira mão, Pedro Leitão é o nome escolhido para assumir a liderança executiva de um banco à procura de estabilidade. É que o caminho para chegar até aqui foi tudo menos tranquilo para a instituição controlada pela Associação Mutualista Montepio Geral.
O anterior CEO, José Félix Morgado, deixou o banco no dia 21 de março de 2018, ou seja, há precisamente 657 dias, em rota de colisão com o então presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), Tomás Correia. Na altura, para substituir Félix Morgado, foi indicado o Nuno Mota Pinto, mas o nome acabou por não avançar. Carlos Tavares foi entretanto nomeado para o cargo de CEO, mas passou a assumir o cargo de chairman por acumulação após Francisco Fonseca da Silva também ter sido rejeitado para liderar o conselho de administração.
Desde então, foram apontados vários nomes para chairman — Álvaro Nascimento e João Ermida — e também CEO — Dulce Mota (CEO interina desde fevereiro do ano passado) e Pedro Alves durante este tempo. Por uma razão ou por outra, nenhum destes nomes acabou verdadeiramente por vingar.
Pedro Leitão deixa o Banco Atlântico Europa onde estava desde 2015. Era responsável pela transformação digital do banco, onde assumia também os “pelouros” do marketing, da tecnologia e ainda os negócios de private banking. É esta visão mais tecnológica de um setor em rápida mudança que Pedro Leitão poderá trazer agora a um banco tradicional e que conta com uma grande expressão no mercado de retalho.
Há mais dossiês que Pedro Leitão vai encontrar na sua secretária: fechar a venda do Finibanco Angola, por exemplo, que se encontra em processo de fusão com o banco BNI Angola; definir o papel do Montepio Crédito e Montepio Valor; ou concluir o plano de transformação iniciado por Carlos Tavares.
Nas palavras do próprio Carlos Tavares, “as qualidades pessoais e profissionais e o seu espírito de missão” de Pedro Leitão vão dar “confiança neste novo ciclo” e trarão estabilidade ao banco que vai contar com três novas caras na administração: José Nunes Pereira (do Banco de Portugal), António Egídio Reis (da ASF) e Paulo Pedroso (antigo governante), como não executivos.
Antes do Banco Atlântico Europa, Pedro Leitão foi administrador do Banco Millennium Atlântico (antigo Banco Privado Atlântico), em Angola, entre 2011 e 2015, onde foi Chief Operations & Marketing Officer, responsável pela implementação, entre outros da rede de retalho. Foi ainda partner da Deloitte, durante quase uma década, entre 2001 e 2011, contando ainda passagens anteriores pelo BBVA e BPI.
Pedro Leitão tem um MBA do ISEG e frequentou diversos cursos e programas de gestão executiva e de transformação digital em várias universidades de renome: London Business School, INSEAD, Stanford ou IMD Business School. Foi professor em várias universidades portuguesas.
Para lá da dimensão profissional e académica, Pedro Leitão gosta de cozinhar e é praticante regular de yoga, ginástica e jogging. Tornou-se agricultor em 2016.
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