Isabel dos Santos admite concorrer às eleições presidenciais em Angola

  • ECO
  • 15 Janeiro 2020

A empresária angolana diz ser estar a ser vítima de perseguição e não descarta a possibilidade de candidatar-se às eleições presidenciais que se realizam em 2022.

Isabel dos Santos poderá vir a candidatar-se às próximas presidenciais em Angola. Foi a própria empresária angolana que admitiu essa possibilidade, em entrevista à RTP 3.

Na “Grande Entrevista” que será transmitida na íntegra a partir das 23h05 desta quarta-feira, Isabel dos Santos disse estar a ser vítima de perseguição, admitindo candidatar-se às próximas eleições presidenciais de Angola que se realizam daqui a dois anos, em 2022. “Farei tudo o que terei de fazer para defender e prestar os serviços ao meu país”, disse Isabel dos Santos, acrescentando um “é possível”, quando confrontada com a questão se admitia concorrer à presidência de Angola.

“Não podemos utilizar a corrupção, a luta contra a corrupção ou a suposta luta contra a corrupção, de forma seletiva para podermos neutralizar o que achamos que podem ser futuros candidatos políticos”, disse ainda Isabel dos Santos, acrescentando que “o que se está a fazer hoje em Angola são processos políticos, processos seletivos e que têm a ver com a luta de poder dentro do próprio MPLA“.

Estas declarações surgem numa altura em que a filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, tem estado sob dos holofotes por causa da decisão do Tribunal de Luanda de arrestar os seus bens e as contas bancárias.

O arresto de participações e contas bancárias por parte do Tribunal Provincial de Luanda no final do ano passado tem por base uma acusação do Estado angolano, que reclama o pagamento de empréstimos feitos quando Isabel dos Santos era presidente da Sonangol e o pai era Presidente do país. E alega que a empresária está a tirar negócios do país, uma acusação que esta já negou.

Numa entrevista ao Jornal de Negócios no início deste ano, Isabel dos Santos também já tinha classificado a decisão da justiça angolana como um acerto de contas contra a sua família e que esconderia uma motivação política por detrás, visando “mascarar” o que diz ser o “fracasso” da política económica de João Lourenço, atual Presidente de Angola, num momento de crise económica no país.

Já no início desta semana, em entrevista à Reuters, a empresária voltou a recusar as acusações de corrupção de que está a ser alvo e disse que o Governo de Angola está a usá-la como “bode expiatório” numa “caça às bruxas” levada a cabo pelos líderes angolanos para enfraquecer a influência e poder do seu pai.

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