Sonae “preocupada” com impacto do caso Luanda Leaks na Nos
Holding liderada por Cláudia Azevedo garante que os órgãos internos da Nos estão a avaliar impacto do caso Luanda Leaks "de forma rigorosa e com sentido de urgência".
A Sonae está preocupada com o impacto do caso Luanda Leaks na Nos NOS 0,00% , nomeadamente com as notícias que associam administradores não executivos da telecom portuguesa onde é acionista aos esquemas financeiras de Isabel dos Santos em Portugal. A holding adianta que já foi garantido que os órgãos internos da Nos “estão a avaliar a situação de forma rigorosa e com sentido de urgência”.
Dois nomes da administração da Nos saltaram para as notícias nos últimos dois dias, incluindo o nome do chairman Jorge Brito Pereira, de quem se diz que controlava a offshore de Isabel dos Santos no Dubai para onde foram transferidos mais de 100 milhões de euros em fundos públicos de contas da Sonangol. Jorge Brito Pereira, advogado de longa data da empresária angolana, já veio dizer que nunca controlou a sociedade em questão, a Matter Business Solutions.
Face a estes desenvolvimentos em torno do Luanda Leaks, a Sonae emitiu um comunicado ao início da noite desta segunda-feira para dizer que “está a acompanhar a situação com atenção e preocupação, sobretudo dadas as alusões feitas a vários membros não executivos do conselho de administração da sua participada Nos“.
Com a garantia de que o assunto está a ser tratado internamente na operadora, a Sonae lembra, ainda assim, que a “Nos sempre se pautou por regras de governo societário exigentes, que vêm sendo estritamente cumpridas e continuarão a sê-lo”.
Além do nome de Jorge Brito Pereira, as notícias também apontam a administradora não executiva Paula Oliveira, amiga próxima da empresária angolana, como a responsável pela Matter.
Em comunicado, a Sonae reitera a confiança na comissão executiva, que é liderada por Miguel Almeida. E adianta que “tudo fará para garantir que a empresa tem a estabilidade necessária para continuar a servir os seus diversos stakeholders e gerar valor para a economia portuguesa”.
A Nos tem como acionista maioritário a Zopt, que controla 52,15% do capital da telecom nacional. A Zopt é detida pela Sonae (através da Sonaecom) e Isabel dos Santos (através da Kento e da Unitel).
(Notícia atualizada às 21h29)
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