JB Capital Markets vê Cofina “triplicar dimensão” após compra da TVI. Ações podem valorizar 46%

Dias depois de anunciar o reforço em Portugal, a JB Capital Markets iniciou a cobertura da Cofina com um preço-alvo entre 50 e 67 cêntimos. Melhor cenário aponta para valorização de quase 46%.

A JB Capital Markets iniciou a cobertura da Cofina CFN 0,00% e vê as ações da empresa chegarem até aos 67 cêntimos, uma valorização de quase 46% face à cotação desta segunda-feira. A aquisição da Media Capital vai “triplicar a dimensão” da dona do Correio da Manhã, que passará a ter operações em todos os segmentos da comunicação social, desde a imprensa escrita à televisão, passando pela rádio e pelo online.

Numa nota de research, a JP Capital Markets avalia as ações da Cofina como um preço-alvo entre os 50 e os 67 cêntimos, incluindo um desconto de liquidez de 20%, numa altura em que os títulos valem 46 cêntimos em bolsa. Os analistas referem que “a Cofina vai tornar-se a maior empresa de media cotada depois da compra da Media Capital” e estimam que a reestruturação da dona da TVI, bem como as sinergias entre os dois grupos, libertem mais 17% de cash flow entre 2021 e 2022, ou perto de 26 milhões de euros.

Desempenho da Cofina na bolsa de Lisboa

“A equipa de gestão da Cofina é experiente em gerir integrações de projetos como resultado da ampla experiência empreendedora, estando presente na Altri e na Ramada. Além disso, 70% das ações da Cofina são controladas pelos fundadores e relacionados, o que providencia estabilidade no controlo do grupo e, por isso, na estratégia da empresa”, lê-se no relatório. Para os analistas, a equipa de Paulo Fernandes é, por isso, “o melhor ativo” para gerir a fusão da Cofina e da Media Capital MCP 0,00% .

“O aumento no tamanho vai permitir à Cofina ter maior poder negocial com os anunciantes e fornecedores de conteúdos e gerir a base de custos de forma mais eficiente”, antevê a JB Capital Markets. Refere ainda que a presença em todos os segmentos vai fazer da Cofina um ponto central na comunicação social, a que as agências de meios não vão conseguir escapar.

Desta feita, os analistas da JB acreditam que a operação e o aumento de capital de 85 milhões de euros para financiamento do negócio estarão concluídos até ao fim do primeiro trimestre. Isto numa altura em que a Cofina já tem a “luz verde” final da Autoridade da Concorrência para avançar com a aquisição à Prisa, com um desconto de 50 milhões face ao inicialmente previsto. A operação avalia a Media Capital em 205 milhões.

No melhor cenário antecipado, com as ações da Cofina a cotarem nos 67 cêntimos, a TVI deverá alcançar uma quota de audiências de 20% em 2025 e de 6% no caso da CMTV, estimam os analistas. O valor referente à estação de Queluz de Baixo contrasta com os 15,6% de share obtidos pela TVI este ano, depois de a concorrente SIC ter chegado à liderança em 2019, com um share de 19,2% — que, note-se, é inferior ao estimado pela JB para o melhor cenário na TVI dentro de cinco anos.

A análise da JB Capital Markets à Cofina dá-se dias depois de a empresa anunciar que vai reforçar a presença em Portugal. “Vemos muitas oportunidades para trabalhar com empresas portuguesas”, disse ao ECO o presidente da companhia, Alberto Elias.

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