Coronavírus continua a pressionar bolsas, incluindo PSI-20
Embora a propagação do vírus de pneumonia tenha desacelerado no fim de semana, investidores mantêm-se cautelosos com problema cujo impacto na economia global já se faz sentir.
O tema do surto do coronavírus na China continua a marcar a agenda dos investidores, mantendo-se a incerteza quanto à dimensão do problema e ao seu impacto na economia global. É neste cenário que as bolsas mantêm-se sob alguma pressão no arranque da semana. Praça lisboeta incluída.
O PSI-20, o principal índice português, perde 0,15% para 5.282,17 pontos, com nove cotadas em terreno negativo. Desta vez nem o grupo EDP salva. As elétricas são vistas como ações mais defensivas, sendo um refúgio dos investidores em tempos de indefinição. Depois de boas prestações na semana passada, a EDP cede 0,15% para 4,579 euros e a EDP Renováveis recua 0,33% para 12,26 euros.
Por outro lado, a Navigator, mais exposta ao enquadramento externo devido ao seu perfil exportador, é a ação que mais recua em Lisboa: desvaloriza 0,98%.
Entre as grandes cotadas nacionais, destaque ainda para a Galp e para a Jerónimo Martins: a petrolífera está em baixa de 0,65% para 13,665 euros e a retalhista cede 0,41% para 15,84 euros.
Galp em queda
A praça portuguesa acompanha o comportamento dos pares europeus. O Stoxx 600, que tem as principais companhias do Velho Continente, perde 0,3%. As perdas noutros índices europeus relevantes chegavam aos 0,4%, como acontecia em Paris (CAC-40) e Frankfurt (DAX-30).
“Este início de semana deverá assumir os contornos observados na semana anterior: os investidores europeus terão que desdobrar a sua atenção pela difusão do coronavírus e pela earnings season, que na Europa assumirá uma maior intensidade”, referem os analistas do BPI. “Será a evolução de Wall Street a desenhar a tendência dos mercados europeus”, acrescentaram.
Em relação à propagação do coronavírus, surgiram sinais de que o surto desacelerou um pouco nos últimos dias, com menos casos registados. “Mas o número total de contagiados (40.547) e o de vítimas (910) continua a ser alarmante”, sinalizam os analistas do BPI.
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