Estes vão ser os “novos donos” da Cofina. Mário Ferreira fica com 15%

A Cofina tem em marcha o aumento de capital que lhe permitirá financiar a compra da dona da TVI. É uma operação de 85 milhões de euros que vai ditar a entrada de novos investidores. Há "novos donos".

A Cofina está mais perto de comprar a Media Capital. Já tem “luz verde” para o aumento de capital que lhe permitirá obter os meios necessários para financiar a aquisição da dona da TVI, operação que irá provocar alterações na estrutura acionista da empresa. Há novos investidores, sendo Mário Ferreira o que mais se destaca.

A empresa liderada por Paulo Fernandes vai emitir 188 milhões de novos títulos, vendendo cada um deles a 45 cêntimos. Com estas ações, a empresa pretende encaixar 85 milhões de euros.

A emissão de novas ações vai inundar o mercado de títulos da Cofina. É de tal forma expressiva que os investidores que potencialmente não acompanhem a operação irão ver as suas posições alvo de uma forte diluição. No prospeto do aumento de capital, a empresa aponta para uma “diluição equivalente a 64,81%”. Ou seja, quem atualmente tiver 1% do capital da Cofina poderá ficar, após a operação, com 0,35%.

Esta diluição não deverá, contudo, afetar os principais acionistas da empresa, tendo muitos deles já assumido o compromisso de aquisição de parte dos novos títulos. Dos 85 milhões de euros que a Cofina pretende, 70% do valor está assegurado.

Assumindo os compromissos de compra de novos títulos, é já possível ter uma ideia de como ficará a estrutura acionistas da empresa após o aumento de capital. Paulo Fernandes manter-se-á como o maior investidor, mas Mário Ferreira ficará logo atrás. O dono da Douro Azul poderá ficar com 15% do capital.

Além de Mário Ferreira, que vai investir cerca de 20 milhões nesta operação, também o Abanca deverá passar a ser um dos “novos donos” da Cofina, com a empresa projetar que o atual acionista da Media Capital fique com 7,6% do capital. Esta posição é, no entanto, inferior àquela que o banco galego disse pretender, de 10%.

Enquanto Paulo Fernandes reforça, Mário Ferreira e Abanca entram no capital, os restantes acionistas da Cofina deverão ver a sua posição encolher, ainda que numa proporção bem inferior à da diluição implícita na emissão de novos títulos. Pedro Miguel Matos Borges de Oliveira deverá ficar com 6,59%, enquanto João Manuel Matos Borges de Oliveira baixa para 12,01%. Tanto Vieira de Matos como Ana Mendonça ficarão com cerca de 10%.

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