Fundo soberano da Noruega ganhou 180 mil milhões com aposta nas ações
O maior fundo soberano do mundo registou em 2019 o segundo melhor desempenho de sempre. Norges Bank obteve retorno de 20%, impulsionado pelo investimento em ações.
O fundo soberano da Noruega ganhou 180 mil milhões de dólares (165 mil milhões de euros) no ano passado, depois de ter registado o segundo melhor desempenho na sua história. O Norges Bank obteve um retorno de 20% dos seus investimentos nos mercados. Boom nas ações impulsionou resultados.
O investimento no mercado acionista observou um retorno de 26%, enquanto as obrigações deram a ganhar 8% e a aposta no imobiliário rendeu 7%. Tudo somado, o maior fundo soberano do mundo, que é alimentado pelas receitas da Noruega com o petróleo e gás, obteve o maior resultado de sempre em coroas norueguesas: 1,7 biliões (1,1 biliões de dólares).
“2019 foi um grande ano na história do fundo, à boleia do retorno positivo das ações em todos os principais mercados do fundo e em todos os setores”, referiu Yngve Slyngstad, CEO do Norges Bank, que anunciou no final do ano passado a sua resignação do cargo, dias depois de o fundo ter atingido os 10 biliões de coroas norueguesas. Trond Grand, vice-presidente, é o principal candidato a substituí-lo.
Os ativos do fundo estão agora avaliados em 11 biliões de coroas norueguesas, sendo que 70,8% está investido em ações, 2,7% no mercado imobiliário e 26,5% em dívida pública. O fundo detém ações de mais de 9.000 companhias em todo o mundo, incluindo em Portugal (por exemplo, Galp, EDP, Navigator, EDP, CTT, entre outras cotadas nacionais), possuindo 1,5% de todas as ações que estão em bolsa no mundo.
De acordo com o Norges Bank, face ao desempenho registado o ano passado, isto significa que cada habitante da Noruega (são 5,3 milhões) ganhou 34 mil euros, com o património do fundo a corresponder a 207 mil dólares por cada norueguês e a três vezes o Produto Interno Bruto do país nórdico.
Apple e Microsoft foram os principais contribuintes para os retornos do Norges Bank, seguido da Nestlé, enquanto a Nokia, Pfizer e Swedbank tiveram os piores desempenhos, segundo adiantou o fundo.
O melhor desempenho de sempre do Norges Bank aconteceu em 2009, quando registou um retorno de 26%.
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