Merlin vai dar mais 32 cêntimos em dividendos
A SOCIMI espanhola, cotada na bolsa de Lisboa, vai dar um dividendo global de 52 cêntimos aos seus acionistas, mesmo depois de ter visto os resultados encolherem no ano passado.
A Merlin Properties, a mais recente cotada na bolsa de Lisboa, vai dar aos acionistas um dividendo adicional de 32 cêntimos. Este montante aumenta após um ano de “excelente comportamento de negócio”, mas em que os resultados encolheram perante a ausência de extraordinários.
Depois de ter distribuído aos acionistas um dividendo de 20 cêntimos no ano passado, já com base na perspetiva de resultados para 2019, a empresa, que se estreou na bolsa de Lisboa em janeiro, vai agora dar mais 32 cêntimos, totalizando um dividendo de 52 cêntimos por ação, diz a SOCIMI, em comunicado.
Este montante terá ainda de ser aprovado em Assembleia Geral, que deverá ocorrer a 29 de abril. A empresa espanhola refere ainda “a sua estimativa de retribuição ao acionista referente ao exercício de 2020 por um mínimo de 244 milhões de euros“. Ou seja, acena já com mais 52 cêntimos com base nas contas de 2020.
Mais dividendos, mesmo sem extraordinários
Naquele que foi um ano de “excelente comportamento do negócio”, os resultados da SOCIMI encolheram para 563,6 milhões de euros, um valor que a empresa diz não ser comparável com o ano anterior devido ao ganho extraordinário obtido em 2018 com a venda do projeto Testa Residencial. Excluindo esta operação, o lucro líquido ascende a 212,5 milhões de euros, um aumento de 3,6%.
Ainda no ano passado, as receitas totais ascenderam a 530,6 milhões de euros, enquanto o EBITDA se fixou nos 425,5 milhões de euros. “Para este ano, esperamos que os arrendamentos se mantenham, já que alguns dos principais cilindros do nosso motor estarão em reabilitação”, como o edifício Monumental, em Lisboa, referiu o CEO da Merlin, Ismael Clemente, citado pelo El Economista (conteúdo em espanhol).
Carteira sobe para 12.751 milhões de euros
A empresa tem atualmente uma carteira de imóveis avaliada em 12.571 milhões de euros, um valor 5,9% superior ao registado em 2018. Recorde-se que, já por várias vezes, a Merlin referiu que um dos objetivos era aumentar a carteira em território nacional, que está atualmente avaliada em cerca de mil milhões de euros. O CEO, Ismael Clemente, referiu ter outros mil milhões para investir no imobiliário em Portugal até 2023.
E, no ano passado, acabou mesmo por aumentar a exposição em Lisboa, com a aquisição do edifício Art e a Torre Fernão Magalhães, no Parque das Nações, por 112,2 milhões de euros, e a sede da Nestlé, em Linda-a-Velha, por 12,5 milhões de euros.
No mercado de escritórios, a Merlin teve um “excelente ano de ocupação” (92,8%), enquanto as rendas médias subiram 7,3% para um “máximo histórico” na história da empresa. E, embora tenha sido em Barcelona onde as rendas mais aumentaram (19,5%), em Lisboa cresceram 11,2%, mais do que em Madrid (6%). No mercado de centros comerciais — onde detém o Almada Fórum, que comprou por 406,7 milhões de euros –, a ocupação fixou-se nos 93,3%.
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