Mais de 30% de passageiros cancelam voos para Milão
O surto de coronavírus levou mais de 30% dos passageiros a cancelar os voos marcados para Milão, na Lombardia, região mais afetada por esta epidemia.
Mais de 30% de passageiros cancelaram, nos últimos três dias, os seus bilhetes de avião para viajar para a cidade italiana de Milão, na região da Lombardia, a mais afetada pelo coronavírus.
“Tivemos 32,5% de cancelamentos nos últimos três dias“, disseram à EFE fontes da empresa que administra os aeroportos de Milão-Linate e Milão Malpensa.
Milão, considerada a capital financeira de Itália, está a sofrer as consequências do medo da disseminação do coronavírus, que teve origem na China e causou 21 mortes na Itália, segundo os últimos dados oficiais da Proteção Civil.
O Aeroporto Internacional Orio al Serio, em Bérgamo (Lombardia), também declarou que sofreu 30% de cancelamentos na última semana.
A Aeroporti di Roma SpA (ADR), controlada pela concessionária Atlantia e responsável pela administração dos aeroportos da capital italiana, explicou à EFE, apesar de estar ainda a recolher dados, que até ao momento conta já com menos 50.000 passageiros na região no último mês.
Itália é o país europeu mais afetado pelo coronavírus, especialmente as regiões do norte, e os aviões voam cada vez mais vazios, pelo que as empresas estão a reduzir os voos ou até cancelar certas rotas.
A associação italiana que representa os aeroportos do país (Assaeroporti) pediu calma e, em comunicado, afirmou que os responsáveis pelos aeroportos estão a gerir a situação atual com a máxima atenção.
A companhia aérea italiana Alitalia, em processo de falência desde maio de 2017, anunciou esta sexta-feira que cancelou 38 ligações nacionais e internacionais devido à menor procura.
Também a britânica easyJet informou que irá suspender voos para Itália devido à baixa procura e o International Airlines Group (IAG) avançou que não descarta fechar rotas para Itália se a crise se complicar.
Por sua vez, a Brussels Airlines reduziu os voos em 30% para destinos como Milão, Roma e Veneza até 14 de março, enquanto a Bulgaria Air suspendeu voos de e para Milão até 27 de março.
A companhia aérea húngara de baixo custo Wizz Air anunciou na quinta-feira que irá reduzir o número de voos da Bulgária para Itália até 11 de março e a Lufthansa e a Air France-Klm já estão também a sofrer o impacto de cancelamentos no mercado italiano.
Nos Estados Unidos, a Delta Air Lines explica no site oficial que os passageiros que compraram voos para Itália até 15 de março e desejem mudar o seu destino podem fazê-lo gratuitamente.
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