G7 promete estímulos, Fed corta juros e OPEP reduz oferta. Investidores aplaudem
Fed reduz juros, G7 prometem estímulos orçamentais e OPEP avança com cortes na produção de petróleo. Medidas para travar impacto do surto animam os investidores.
A intervenção internacional para mitigar o impacto do coronavírus nos mercados financeiros trouxe o otimismo de volta aos investidores globais. A Reserva Federal norte-americana cortou juros, o G7 prometeu estímulos orçamentais e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) preparam-se para limitar a produção. As várias medidas deram ganhos acima de 1% às ações europeias.
O índice português PSI-20 valorizou 1,53% para 4.890,02 pontos, impulsionado pelos ganhos da energia. A EDP subiu 3,57% para 4,47 euros, a EDP Renováveis avançou 3,25% para 12,70 euros e a Galp Energia somou 1,58% para 12,85 euros. O sentimento positivo foi generalizado, apesar de o BCP ter contrariado, com um deslize de 0,19% para 0,1596 euros.
A bolsa de Lisboa liderou as valorizações entre as praças europeias, onde o Stoxx 600 ganhou 1,2%. O índice espanhol IBEX 35 somou 1%, o alemão DAX subiu 0,8%, o francês CAC 40 ganhou 0,5% e o italiano FTSE MIB avançou 0,2%.
O sentimento positivo estende-se da Europa aos EUA, numa altura em que se começam a ver intervenções internacionais contra o coronavírus. Os países do G7 (EUA, Canadá, Japão, Reino Unido, Alemanha, Itália e França) anunciaram que estão prontos a usar todas ferramentas ao seu dispor para travar os efeitos do surto, incluindo estímulos orçamentais.
As declarações ficaram aquém do esperado, por não ter medidas concretas, mas o banco central dos EUA encarregou-se de reanimar os mercados. De forma inesperada, a Fed anunciou cortar as taxas de referência em 50 pontos base, para um intervalo entre 1% e 1,25%, e deixou a porta aberta a novos cortes.
Além dos estímulos monetários e orçamentais, há outra intervenção a caminho. O grupo dos maiores produtores de petróleo do mundo estará a preparar um corte na produção da matéria-prima em 600 mil barris por dia no segundo trimestre do ano, a par de uma extensão do atual acordo até ao final do ano. A proposta terá como objetivo dar resposta ao impacto do vírus na procura por petróleo. Em reação, o Brent avança 0,81% para 52,32 dólares por barril e o crude WTI sobe 1,2% para 47,31 dólares.
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