OPA cai, mas Benfica não. SAD ganha mais de 3%
O Benfica desistiu da OPA, o que fez precipitar em 10% as ações do SAD assim que a suspensão foi levantada pela CMVM. Mas o clube resistiu e os títulos ganharam 3,33% na sessão.
As ações do SAD do Benfica voltaram a negociar na bolsa de Lisboa, depois de o clube ter desistido da oferta pública de aquisição (OPA). Assim que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) levantou a suspensão da negociação, os títulos afundaram e chegaram a perder cerca de 10%. Mas o sentimento positivo registado na generalidade das ativos de risco amparou a queda e os títulos do Benfica acabaram por valorizar 3,33% em bolsa no final da sessão.
“A CMVM confirma a receção do pedido de retirada da OPA pelo oferente Sport Lisboa e Benfica, SGPS, que será objeto de análise detalhada“, afirmou fonte oficial do supervisor, em comunicado. “Aguarda ainda a pronúncia do oferente quanto ao projeto de decisão do indeferimento do pedido de registo de OPA”.
“Na sequência da publicação do comunicado de informação privilegiada pela Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, o qual clarifica os acionistas e investidores sobre a utilização de recursos desta entidade e respetivos impactos, o Conselho de Administração da CMVM deliberou o levantamento da suspensão da negociação dos títulos”, acrescentou.
Ora, na primeira reação ao fim da OPA, as ações da SAD afundaram a dois dígitos. Os títulos chegaram a recuar 10,74%, para 2,41 euros, uma cotação que era até menos de metade do valor oferecido pelo clube na oferta agora anulada (5,00 euros). No entanto, o clube conseguiu inverter e a sessão terminou com o Benfica a valorizar 3,33% na bolsa de Lisboa, para 2,79 euros.
O clube confirmou esta terça-feira que desistiu da OPA lançada a 18 de novembro para reforçar o controlo da SAD do clube. Justificou a decisão pelas alterações das circunstâncias motivadas pelo novo coronavírus, dizendo que o campeonato está suspenso e, por isso, as contas da SAD vão degradar-se neste segundo semestre do ano.
No entanto, a CMVM tinha questionado as condições de financiamento da oferta, considerando que era a própria SAD a financiar a SGPS, e por isso chumbou, de forma preliminar, a OPA parcial. Apesar de ter dez dias para se pronunciar sobre esta decisão, a administração do clube decidiu pedir à CMVM o cancelamento da oferta, avaliada em cerca de 32 milhões de euros.
Ações do Benfica recuperam
(Notícia atualizada às 17h04 com valorização das ações do Benfica no fim da sessão)
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