Casos de Covid-19 sobem para 13.141. Já morreram 380 pessoas
A Direção-Geral da Saúde elevou para 13.141 o número de casos confirmados de Covid-19 em Portugal. O número total de óbitos no país subiu para 380.
As autoridades de saúde portuguesas encontraram 699 novos casos de Covid-19, elevando de 12.442 para 13.141 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. A taxa de evolução diária é de cerca de 5,6%. Um total de 196 pessoas já recuperaram da doença.
Os dados apurados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) até à meia-noite mostram também que a doença provocou a morte a 35 pessoas nas últimas 24 horas. Esta informação faz subir para 380 o número total de óbitos causados pela pandemia em Portugal até ao momento.
Boletim epidemiológico de 8 de abril de 2020
A maioria dos casos localiza-se no Norte de Portugal (7.386), região onde já foram registados 208 óbitos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (3.424 casos), onde morreram 68 pessoas vítimas de Covid-19 até ao momento. A região Centro conta com 1.865 casos confirmados e 96 óbitos. O Algarve tem 251 casos e registou oito óbitos. Alentejo (93), Açores (70) e Madeira (52) não registam qualquer vítima mortal do novo coronavírus.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, “a taxa de letalidade global é de 2,9%”, enquanto “a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 11,3%”. Numa conferência de imprensa, o governante disse ainda “as pessoas que se encontram em tratamento domiciliário são 11.354”, ou 86,4% do total de casos. Enquanto isso, 1,9% dos doentes estão em unidades de cuidados intensivos e 7,3% estão “em enfermaria”.
“Desde o dia 1 de março foram processadas mais de 130.000 amostras para diagnóstico de Covid-19 em Portugal. A partir de hoje [quarta-feira], esta informação estará também disponível diariamente no microsite dedicado ao Covid-19″, indicou Lacerda Sales. Dito isto, acrescentou: “Continuamos empenhados em fazer o máximo de testes possíveis dentro da capacidade de testagem diária, que, como temos dito, são cerca de 11 mil testes de capacidade diária”.
Desde 1 de janeiro, a DGS registou 104.886 casos suspeitos. Os resultados laboratoriais de 85.842 pessoas que já foram testadas deram negativo e há ainda 5.903 pessoas que aguardam esses mesmos resultados. As autoridades de saúde mantêm também sob vigilância 24.481 pessoas, sobretudo por terem estado em contacto com pessoas doentes com Covid-19.
Portugal já atingiu o pico? “Teremos de esperar mais uns dias”, diz Graça Freitas
Questionada sobre se Portugal já poderá ter atingido o pico da pandemia na última semana de março, como tem sido sugerido por alguns especialistas, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, disse que as projeções apontam para isso, mas nada é “garantido”. Recomenda, por isso, que se espere “mais uns dias”.
“Nós temos a curva epidemiológica com dados reais, aqueles que conhecemos. Os diagnósticos são feitos em cada dia e depois além do diagnóstico são os casos imputados ao dia da data de início dos sintomas. Isso é a realidade que conseguimos captar”, começou por explicar Graça Freitas.
“Além disso, os cientistas projetam, com base nesta realidade, o futuro e acertam as curvas. Porque sabemos que algumas pessoas são assintomáticas e portanto não entram para a curva. Sabemos que algumas podem não ter sido detetadas. E é deste conjunto de informação, da curva real, aquela que nós conseguimos medir, e da curva projetada, que os cientistas e académicos fazem uma estimativa do dito pico ou do planalto”, continuou.
Com efeito, concluiu: “O que nós sabemos à data é que nos últimos dias tem havido uma certa estabilidade em ambas as curvas, a real e a projetada. Isso indicará que poderemos estar em planalto. Mas o que quero dizer é que, independentemente disto, não sabemos se já estamos ou não. Teremos de esperar mais uns dias, teremos que ver quando estivermos a descer. Mas isto não é garantido”, reforçou a diretora-geral da saúde.
Governo reforça apelo ao isolamento na Páscoa
Na habitual conferência de imprensa, onde são divulgados e explicados os mais recentes dados sobre a evolução da pandemia, o secretário de Estado da Saúde também aproveitou para reforçar o apelo a que os portugueses fiquem em casa durante a Páscoa. Uma altura que ficará marcada por medidas mais apertadas de restrição à circulação, com a generalidade da população a ser proibida de sair do concelho de residência por causa do estado de emergência.
“Muito se tem dito sobre a curva epidemiológica que passou a ser bem conhecida dos portugueses e esta é de facto importante para percebermos onde estamos e para onde vamos. No entanto, há uma coisa que não podemos perder de vista: a curva portuguesa pode ter oscilações, mas a nossa resposta à propagação do vírus tem de ser firme e determinada. Não podemos vacilar, sob pena de se prolongar o que ninguém quer que se prolongue mais do que o estritamente necessário”, disse Lacerda Sales.
O governante disse também que “neste momento estão a ser realizadas centenas de testagens em utentes e profissionais em lares por todo o país”. “Mas é preciso reforçar uma ideia de que Portugal só vence esta difícil provação com o empenho de todos e que somos todos necessários neste caminho”, prosseguiu.
(Notícia atualizada pela última vez às 13h36)
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