Acionistas do Lloyds contestam política de prémios à gestão de Horta Osório
Banco liderado por Horta Osório foi alvo de contestação por parte de alguns acionistas devido à nova política de remunerações, que tornam mais certo a atribuição de prémios no futuro à gestão.
Não é apenas no Novo Banco que o bónus atribuídos à gestão são um tema polémico. No britânico Lloyds, um terço dos acionistas votou contra a nova política de remunerações do banco liderado por António Horta Osório, contestando o plano de prémios à administração.
A contestação dos acionistas aumentou depois de um influente grupo de consultoria, a ISS, ter recomendado bloquear a nova política de salários dos executivos do Lloyds, considerando que as novas regras, embora reduzam o valor dos prémios a atribuir, vão tornar mais certo o pagamento de bónus a longo prazo. Ainda assim, a proposta passou na assembleia geral com 64% dos acionistas a votarem favoravelmente.
Várias empresas de topo, incluindo a British Telecom e o Lloyds, estão a rever os seus esquemas de incentivos aos gestores. No caso do banco, o CEO António Horta Osório poderá ganhar um pacote anual de 6,3 milhões de libras com o novo esquema, abaixo dos 8,3 milhões previstos anteriormente, segundo a ISS.
Porém, a consultora questionou se a redução dos prémios era suficiente, uma vez que a gestão do banco terá agora maior probabilidade de receber os bónus. O Lloyds explicou que o desconto está em linha com o setor e que os bónus ainda estão sujeitos a testes.
Por causa das críticas públicas, o banco cortou no final de 2019 os subsídios de pensão aos administradores, o que implicou um corte de 228 mil libras para o gestor português, isto ao mesmo tempo que aumentou os salários aos seus trabalhadores.
Já no mês passado, a comissão executiva e o quadro de diretores do banco britânico Lloyds abdicaram dos bónus a que teriam direito em 2020, perante a incerteza e os desafios extremos colocados pela pandemia do Covid-19.
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