“Espero ser premiado pela inversão do banco”, diz António Ramalho
António Ramalho considera que a questão dos bónus está a ser mal percecionada pelo público e que se as pessoas tivessem "o cuidado de ler" saberiam que os prémio não são um direito adquirido.
O presidente do Novo Banco espera receber o prémio a sua fatia do prémio de dois milhões de euros que estão reservados aos gestores executivos da instituição. “Espero que seja premiado pela inversão do banco”, disse António Ramalho na Sic Notícias na quinta-feira.
O pagamento de prémios diferidos à administração do Novo Banco, no valor de dois milhões de euros, foi mais uma polémica no dossiê Novo Banco. Isto depois da falha de comunicação que levou o primeiro-ministro a garantir no Parlamento que o cheque de 850 milhões de euros ainda não tinha sido pago ao Fundo de Resolução, quando o ministro das Finanças o tinha feito no dia anterior. A questão levou mesmo o Bloco de Esquerda a apresentar um projeto de lei para proibir os bónus por considerarem que “o que está a acontecer é escandaloso”.
A atribuição dos prémios foi decidida em 2019, mas estes só poderão ser pagos em 2022, depois de concluído o plano de reestruturação. António Ramalho considera que a questão está a ser mal percecionada pelo público e que se as pessoas tivessem “o cuidado de ler” saberiam que os prémio não são um direito adquirido e que, até 2022, o valor pode descer já que em causa está o cumprimento do plano gizado por Bruxelas na sequência da venda ao Lone Star e ao compromisso de o Fundo de Resolução injetar até 3,89 mil milhões de euros na instituição. O presidente do NB frisou que há dois anos que cumpre os objetivos quando até a Comissão Europeia considerava que seria difícil.
António Ramalho não avançou se o NB vai usar a totalidade dos 3,89 mil milhões do Fundo de Resolução. “As necessidades de capital do banco é que vão ditar. Não sei se serão necessários os 3,89 mil milhões ou menos“, disse.
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