Investimento em certificados aumenta 120 milhões em julho
Os portugueses reforçaram novamente as suas poupanças junto do Estado, mais do que compensando as saídas. O reforço é de 120 milhões de euros já há dois meses.
Após terem reforçado de forma tímida as suas poupanças junto do Estado em março, abril e maio, os portugueses reforçaram mais as aplicações em certificados em junho e julho. No mês passado, o investimento líquido (entradas menos saídas) foi de 120 milhões de euros, em linha com os 129 milhões de euros em junho, de acordo com os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.
Tanto os Certificados de Aforro como os Certificados do Tesouro registaram aumentos em julho. As aplicações nos Certificados do Tesouro — que, como se prevê, correm o risco de deixar de pagar o prémio ligado à economia devido à crise — aumentaram em 94 milhões de euros, enquanto o valor investido nos certificados de Aforro subiu 26 milhões.
No total, o “stock” de investimento nos certificados disponibilizados pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) aos portugueses ascendia a 29,3 mil milhões de euros no final do mês de julho, um novo máximo para a poupança dos particulares que está junto do Estado.
Desses 29,3 mil milhões de euros, 17.140 milhões de euros estavam aplicados em Certificados do Tesouro, recuperando já das saídas de 690 milhões registadas em janeiro deste ano, que estiveram relacionadas principalmente com o vencimento dos últimos Certificados do Tesouro Poupança Mais que ofereciam juros até 5% e que foram emitidos em 2015. Os restantes 12.147 milhões de euros estavam em certificados de Aforro, instrumento de poupança de curto prazo.
No Orçamento do Estado para 2020, o Governo disse que esperava um reforço de apenas 149 milhões de euros este ano no financiamento junto do retalho. “Considera-se um contributo limitado dos instrumentos de aforro (149 milhões de euros), tendo em conta o incremento das amortizações dos CT e CTPM (com maturidade em 2020) e tendo-se admitido um perfil de reinvestimento prudente”, lia-se na proposta do OE 2020.
Entretanto, no Orçamento Suplementar, o Executivo manteve os mesmos números: “Mantém-se a expectativa de um contributo limitado dos instrumentos de aforro (149 milhões de euros), tendo em conta o incremento das amortizações dos CT e CTPM (com maturidade em 2020) e o pressuposto de um perfil de reinvestimento prudente“.
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