ExxonMobil elimina 10% da força de trabalho na Europa. Vai despedir 1.600 pessoas até ao final de 2021

  • Trabalho
  • 6 Outubro 2020

A maior petrolífera norte-americana vai cortar o equivalente a mais de 10% da sua força de trabalho até ao final de 2021. O objetivo é reduzir custos para responder ao impacto da Covid-19 no negócio.

A ExxonMobil, a maior petrolífera dos Estados Unidos, vai despedir até 1.600 pessoas na Europa, o equivalente a mais de 10% da sua força de trabalho no continente. A medida tem como objetivo fazer face ao impacto que a pandemia tem tido no negócio, avança o Financial Times (acesso livre, conteúdo em inglês). Os cortes deverão ocorrer até ao final do próximo ano, depois de a petrolífera ter registado prejuízos de mais de 1,1 biliões de dólares no segundo trimestre.

No ano passado, a empresa empregava cerca de 75.000 pessoas em todo o mundo. Sobre os novos cortes, a ExxonMobil não especificou em que países terão efeito, mas referiu que vai depender da “pegada local do negócio e das condições de mercado”.

A ExxonMobil foi fortemente atingida pela pandemia do novo coronavírus, com as ações do grupo a caírem mais de metade durante este ano. A petrolífera foi ultrapassada pela produtora de energia renovável norte-americana NextEra Energy e, em agosto, anunciou a saída da bolsa de Wall Street Dow Jones.

No final de setembro, já a petrolífera anglo-holandesa Shell tinha anunciado que vai cortar entre 7.000 e 9.000 postos de trabalho até 2022, principalmente nos postos de abastecimento da marca, devido aos planos para reduzir as emissões de carbono.

 

Além da ExxonMobil e da Shell, outras petrolíferas têm tomado decisões semelhantes. Em junho, a BP também anunciou o corte de 10.000 postos de trabalho em todo o mundo até ao final do ano, uma decisão que passa também pela maior aposta nas energias renováveis.

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