Um em cada 10 trabalhadores portugueses trabalha sempre sob pressão do tempo

Em Portugal, quase 12% dos trabalhadores trabalha sempre sob pressão do tempo. Na União Europeia, Malta e Eslováquia destacam-se, com fatias 21% e 4%, respetivamente.

Quase 12% dos trabalhadores portugueses admitem que exercem as suas funções sempre sob pressão do tempo. De acordo com os dados divulgados pelo Eurostat, entre os Estados-membros da União Europeia, Portugal é o oitavo país com a maior fatia de trabalhadores nessa situação, ficando acima da média comunitária.

No ano passado, 11,8% das pessoas empregadas em Portugal trabalharam sempre sob pressão do tempo, 17,3% frequentemente, 38% às vezes e 27,1% nunca.

No conjunto da União Europeia, a fatia de trabalhadores a trabalhar sempre sob esta pressão era ligeiramente inferior (10,5%), sendo o grupo de trabalhadores a sentir pressão frequentemente ou às vezes maior do que em Portugal (17,3% e 38%, respetivamente).

Por outro lado, a fatia de trabalhadores portugueses que nunca sentiram pressão do tempo no exercício das suas funções era mais considerável do que no conjunto do bloco comunitário (27,1% contra 21,4%).

Tudo somado, Portugal aparece no oitavo lugar da tabela, no que diz respeito à fatia de trabalhadores a sentir em permanente pressão do tempo no decurso do seu dia de trabalho. Em primeiro lugar, aparece Malta, onde esse grupo ultrapassa os 20%. Segue-se a Alemanha, a Bélgica, a Irlanda, a Eslovénia, a Grécia e a Áustria.

Em contraste, é na Eslováquia que se encontra a menor fatia de empregados nessa situação (4%). Na base da tabela, também aparecem a Letónia, a Croácia e a Estónia.

O Eurostat sublinha, além disso, que era na República Checa que se encontrava a maior fatia de trabalhadores que frequentemente trabalhavam sob pressão do tempo (39%), em 2019. Espanha registava, em oposição, o menor grupo de trabalhadores nessa situação (15%). Com cerca de 17%, Portugal aproximava-se, pois, mais do segundo polo do que do primeiro.

Quando aos trabalhadores que exerciam as suas funções às vezes sob a pressão do tempo, destacavam-se no ano passado a Lituânia (56%) e Malta (29%). Portugal ficava a meio da tabela, com 38%.

Era, por outro lado, em Espanha que se encontrava o maior grupo de empregados a nunca trabalhar sob pressão do tempo (39%). Na Finlândia, esse grupo abrangia apenas 8% da população empregada.

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