BCE diz que é preciso assegurar opções de pagamento gratuitas e sem riscos para todos

  • Lusa
  • 22 Outubro 2020

Fabio Panetta, membro do comité executivo do BCE, apontou que o numerário continua a ser a principal forma de pagamento a retalho, mesmo que a sua utilização esteja a diminuir.

O Banco Central Europeu (BCE) e os bancos centrais nacionais têm a responsabilidade de assegurar opções de pagamento gratuitas e sem riscos para todos, incluindo o “acesso contínuo a numerário”, disse esta quinta-feira Fabio Panetta, membro do comité executivo do BCE.

Panetta, que falava esta quinta-feira na abertura de uma conferência sobre pagamentos na Europa e o euro digital, sublinhou que o numerário continua a ser a principal forma de pagamento a retalho, mesmo que a sua utilização esteja a diminuir. Apesar da queda da utilização de numerário para pagamentos, “a procura de notas de euro está a crescer a uma taxa anual de 10% e acelerou muito com o surgimento da pandemia”, disse Panetta.

O volume de transações em numerário diminuiu de 79% em 2016 para 73% em 2019 e em termos do valor das transações este caiu de 54% para 48% nos mesmos anos, de acordo com os números de Panetta.

Panetta precisou que o BCE detetou que o comércio eletrónico disparou durante os confinamentos resultantes da pandemia da covid-19, afirmando que “as vendas de comércio eletrónico, por exemplo, duplicaram na zona euro nos últimos seis anos e aumentaram um terço durante o confinamento em relação aos níveis pré-crise”.

“A tendência para pagamentos sem dinheiro foi acelerada pela pandemia”, disse Panetta, acrescentando que “houve um ‘boom’ nos pagamentos das famílias através da internet e uma mudança para pagamentos sem contacto nas lojas”.

Mais de 40% (41%) dos participantes num recente inquérito do BCE disseram ter reduzido a sua utilização de dinheiro e a maioria espera continuar a pagar menos com dinheiro quando a pandemia acabar. A expansão das transações sem numerário deve-se, principalmente, aos pagamentos com cartão, que aumentaram de 19% para 24% em termos de volume e de 39% para 41% em termos de valor.

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