Universidade Europeia lança pós-graduação em gestão de pessoas e trabalho remoto
A Universidade Europeia criou uma pós-graduação em gestão de pessoas, equipas e trabalho remoto, para ajudar líderes e trabalhadores independentes a prepararem-se para o futuro do teletrabalho.
Num inquérito feito aos profissionais e às empresas, durante o mês de abril, a Universidade Europeia descobriu que há falta de preparação, por parte dos trabalhadores e dos líderes, para a realidade remota. Foi com o objetivo de ajudar a formar lideranças para o trabalho remoto que criou a pós-graduação em gestão de pessoas, equipas e trabalho remoto. O programa online tem uma duração de seis meses e destina-se a gestores de pessoas de qualquer área e a profissionais independentes. Arranca no início de dezembro.
“Não é uma abordagem ainda muito difundida no mercado, mas que do ponto de vista de evolução dos sistemas de gestão tem todo o sentido, porque cada vez mais chefias operacionais, líderes de equipa, em vários formatos organizacionais, começam a ter cada vez mais responsabilidade nestas matérias”, começa por explicar à Pessoas Isabel Moço, coordenadora do curso.
Aprender com casos reais
Nos módulos sobre business cases, os estudantes podem ter contacto com empresas que já implementaram políticas de trabalho remoto e um dos desafios do programa é desenvolver um projeto de implementação de trabalho remoto numa empresa real. O primeiro business case do programa será com a empresa PHC Software, revela a responsável.
O programa dura cerca de 26 semanas, em regime pós-laboral, e tem por base a metodologia project based learning. Divide-se em seminários, através de webinares, business cases e módulos. Para isso, os conteúdos serão lecionados pelos professores da formação executiva da universidade e por profissionais de cada área específica.
“Os conteúdos deste programa procuram ser muito transversais para dar resposta a várias realidades organizacionais e também funcionais“, assegura Isabel Moço. O curso divide-se em duas grandes matérias: processos dedicados à organização do trabalho remoto, tais como o planeamento e operacionalização do trabalho remoto, e à gestão, com temas relacionados com a cultura do trabalho remoto, a experiência do colaborador, a saúde física e mental, e até à análise de desempenho através das designadas KPI’s.
Isabel Moço reitera a urgência de formar as lideranças para o trabalho remoto, sempre com as pessoas no centro, pois “o remoto veio para ficar”, sublinha.
“Nem todas as pessoas têm perfil psicológico para o trabalho remoto. Não é só a atividade profissional poder acomodar esta modalidade, mas também a questão da liderança saber triangular as exigências do trabalho e o perfil de cada trabalhador para a gestão e manutenção das equipas“, conclui a coordenadora.
Para fundamentar o lançamento da pós-graduação e debater o futuro do trabalho remoto, a Universidade Europeia organiza esta quarta-feira o webinar “A verdade escondida do trabalho remoto”, onde estarão presentes Vanda Jesus, diretora executiva do Portugal Digital, o CEO da Egor, Afonso Carvalho e Gonçalo Hall, fundador da Remote Portugal.
Na primeira edição será lecionada apenas em português e as candidaturas já estão abertas no site oficial da universidade.
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