BPI afasta aquisições em Portugal. Prevê “impacto positivo” da fusão CaixaBank-Bankia
João Pedro Oliveira e Costa, CEO indigitado do BPI, afasta qualquer aquisição em Portugal e antecipa que a fusão entre o CaixaBank (dono do banco português) e o Bankia terá um "impacto positivo".
Novo Banco? EuroBic? “Não estamos a analisar, não estamos a estudar, nem a prever nenhum movimento de consolidação nos tempos mais próximos” em Portugal, adiantou esta terça-feira João Pedro Oliveira e Costa, CEO indigitado do BPI, referindo, ao invés, que a fusão entre o CaixaBank e o Bankia vai ter “um impacto positivo” no banco que lidera.
“Não está na minha cabeça pensar em qualquer consolidação. Não vale a pena fazer a pergunta. Não estou a trabalhar nesse tema”, disse João Oliveira e Costa na conferência de apresentação de resultados, depois de questionado sobre se o BPI poderia analisar a compra de algum banco no mercado português.
Em vez disso, salientou as vantagens que trará a fusão entre o CaixaBank, único acionista do banco português, e o Bankia, sendo que não haverá mudanças ao nível da marca a operar em Portugal.
“Passamos a estar integrados no maior banco ibérico, com uma dimensão muito significativa“, começou por dizer. “A dimensão para poder ter capacidade de investimento em tecnologia e para poder conseguir ter uma oferta mais alargada de produtos a preços mais competitivos é fundamental”, considerou.
E “ter um sócio que ainda por cima tem não só dimensão como também tem know how é uma vantagem enorme para o BPI”, destacou João Oliveira e Costa.
Empréstimo ao Fundo de Resolução está nos “finalmentes”
João Oliveira e Costa confirmou ainda que o BPI tem intenção de participar no sindicato de bancos que vai emprestar cerca de 275 milhões de euros para o Fundo de Resolução injetar no Novo Banco. O contrato de empréstimo está quase fechado, disse o responsável.
“O assunto ainda está a ser terminado com o Fundo de Resolução. É sabido que houve disponibilidade de um conjunto de bancos, incluindo o BPI, de participar nessa solução. Não está fechada neste momento”, informou.
Mais tarde, João Oliveira e Costa revelou que “o assunto está nos finalmentes”, devendo ficar concluído brevemente. “Não me parece que nada vá contrariar este acontecimento”, referiu.
O BPI registou lucros consolidados de 85,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma queda de 66% face ao mesmo período do ano passado, depois de ter registado imparidades de 100 milhões de euros por causa da pandemia.
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