Lisboa segue quedas da Europa. Queda de mais de 5% da Nos pesa no PSI-20

A bolsa de Lisboa caminhava para sexta sessão consecutiva no verde, mas rapidamente inverteu a tendência, acompanhando a tendência negativa vivida nas restantes praças do Velho Continente. A condicionar o índice de referência nacional estão as ações da Nos, a cederem mais de 5%. Em contraciclo, a Corticeira Amorim ganha 3,5% após apresentação dos resultados.

No início da sessão desta sexta-feira, Lisboa caminhava para a sexta sessão consecutiva no verde, mas inverteu a tendência. O PSI-20 recua 0,62% para 4,080.200 pontos, acompanhando o sentimento vivido na Europa. No Velho Continente, o Stoxx 600 desvaloriza 0,1%, enquanto o alemão DAX cede 0,3%, o francês CAC-40 perde 0,4% e o espanhol Ibex-35 recua 0,6%, um dia depois da Comissão Europeia ter indicado que Espanha será a economia mais castigada pela crise pandémica, tendo visto as projeções agravadas nestas previsões de Outono. Segundo Bruxelas, a economia espanhola deverá contrair 12,4% este ano, pior que os 10,9% da anterior estimativa.

Em Lisboa, a condicionar fortemente o desempenho do índice de referência nacional estão os títulos da Nos, a caírem 5,68% para os 2,916 euros, um dia depois de a operadora ter anunciado que vai avançar para tribunal para “travar” o regulamento “ilegal” do 5G. A empresa de telecomunicações considera que o documento “promove a discriminação inédita e ilegal à luz do direito nacional e europeu”.

Na energia, a EDP Renováveis cede 1,16% para os 17,06 euros, enquanto a “casa-mãe” perde 1,06% para os 4,3980 euros. A Galp Energia desvaloriza 0,64% para os 7,1120 euros.

Também a empresa dos correios impede maiores ganhos em Lisboa. As ações dos CTT caem 2,79% para 2,090 euros. Este desempenho acontece depois de a empresa ter reportado uma quebra de 81% nos lucros até setembro devido ao recuo no volume de correio.

Em contraciclo, o grande destaque são as são as ações da Corticeira Amorim, que avançam 3,5% para os 10,10 euros, reagindo positivamente aos resultados apresentados depois do fecho dos mercados na quinta-feira. Os lucros da empresa liderada por António Rios Amorim recuaram 10,8%, para 49 milhões de euros, nos primeiros noves meses face ao mesmo período de 2019, tendo as vendas recuado 5,2% para 571,4 milhões de euros.