Produção de petróleo da Galp cai 9% no quarto trimestre

A petrolífera subiu ligeiramente nas vendas de produtos petrolíferos depois da quebra registada no terceiro trimestre e aumentou as vendas de gás natural a clientes.

A Galp registou uma quebra homóloga de 9% na produção de petróleo no quarto trimestre de 2020, sobretudo devido a Angola, de acordo com um comunicado da empresa enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O mercado penalizou a petrolífera em bolsa, já que os títulos abriram a cair 1,55%.

O trading update divulgado esta sexta-feira pela Galp Energia, SGPS, SA, no quarto trimestre, a produção petrolífera caiu para 111,1 mil barris por dia, o que representa uma quebra de 7,4% face ao trimestre anterior e de 9% em termos homólogos. Há um ano a empresa agora liderada por Andy Brown produzia 121,8 mil barros por dia. Este desempenho resulta da situação pandémica, mas também de “restrições operacionais e pela “concentração de atividades de manutenção planeadas”.

A empresa indica ainda que a produção líquida (netentitlement) – após o pagamento de impostos em espécie aos países em que produz e que revertem integralmente para os resultados da Galp – atingiu os 121 mil barris/dia, uma quebra de 10% relativamente ao período homólogo. Em Angola a quebra foi de 15% enquanto no Brasil foi de 10%. Mas, numa comparação trimestral a produção teve uma quebra maior no Brasil nos três últimos meses do ano.

Em termos de refinação, no quarto trimestre houve uma quebra de 11% nas matérias-primas refinadas refletindo “o abrandamento operacional em Matosinhos“, explica a empresa. Já a margem de refinação sofreu uma queda homóloga de 53%. A empresa optou por parar a produção em Leça da Palmeira por várias vezes no ano passado, tendo acabado por decidir fechar a unidade e concentrar todo o processo de refinação em Sines.

Ao nível das vendas de produtos petrolíferos aos clientes o tombo homólogo foi de 24%, o que representa uma ligeira melhoria face aos 30% registados no terceiro trimestre. Mas se a nível trimestral esta rubrica caiu 3% face ao terceiro trimestre, a venda de gás natural até subiu 9%, contudo, face ao quarto trimestre de 2019 teve também uma quebra de 24%. Já as vendas de eletricidade a clientes subiram 9% em termos homólogos. A empresa explica que estes dados “foram impactados pelo contexto económico adverso, derivado da pandemia”.

De acordo com o trading update no final de dezembro, a dívida líquida da Galp situava-se em 2,1 mil milhões, o mesmo valor registado no final de setembro, mas a empresa informa o mercado que o valor seria de 1,7 mil milhões de euros se for considerada a venda à Allianz, em outubro, da participação de 75% que a Galp tinha na Galp Gás Natural Distribuição, que será concluída durante o primeiro trimestre de 2021.

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