Profissionais tech em Portugal recebem 32.500€/ano. Mais bem pagos ganham 48.000€

Existe uma diferença de 15.500 euros entre o salário anual bruto dos profissionais de tecnologia em Portugal empregados permanentemente, e o ordenado dos contractors, diz a Landing.Jobs.

Há 15.500 euros a separar os salários dos colaboradores permanentes da indústria tech e os profissionais que trabalham em regime de contracting, caracterizado por uma maior flexibilidade e independência, em que se trabalha para um projeto de cada vez, ao contrário do freelancing.

De acordo com o “Tech Careers Report PT 2021”, elaborado pela Landing.Jobs e a que a Pessoas teve acesso, os profissionais da tecnologia em Portugal ganham 32.500 euros brutos anuais. Já os contractors recebem, em média, 48.000 euros brutos por ano, ganhando mais 54% do que os seus colegas que escolhem outro tipo de vínculo profissional, mais convencional.

Por outro lado, no que diz respeito a variações salariais, o relatório da plataforma de recrutamento tech, conclui que, nos últimos 12 meses, ainda que a maioria dos profissionais não tenham visto alterações ao nível salarial, foram os contractors que mais aumentos notaram no ordenado. Dos colaboradores que foram alvo de aumento salarial, a maioria dos contractors viu o seu salário crescer mais de 15%, enquanto os empregados permanentes apenas registaram um aumento entre 0% e 5% no seu ordenado.

No que toca à análise por cargos desempenhados, são os CTO, seguidos dos technical team leaders e dos solutions architects, que ganham os salários mais elevados. E esta tendência é visível em ambos os casos, independentemente de estarmos a falar de um colaborador permanente ou contractor.

100% remotos são os mais bem pagos

Não é apenas culpa da pandemia da Covid-19, mas certo é que são os profissionais que trabalham 100% remotamente que mais conseguem “engordar” os seus salários ao final do mês, recebendo, em média, mais 35,4% do que aqueles que trabalham totalmente de forma presencial. Já os colaboradores que possuem modelos de trabalho flexíveis encontram-se no meio da escala salarial, ainda que estejam mais próximos dos trabalhadores remote.

A nível geográfico cabe, ainda, salientar que existem diferenças consoante a região onde se viva. Residir na Área Metropolitana de Lisboa (AML) supõe, em média, um pagamento 18% mais elevado do que a média total nacional. No ranking das regiões onde se recebem os maiores salários, segue-se a Área Metropolitana do Porto (AMP) e, no lado oposto, com os ordenados mais baixos, está a região norte do país, embora esta seja também uma das regiões onde mais têm aumentado os salários tech.

Se, contudo, analisarmos além-fronteiras, é possível concluir que trabalhar para empresas fora de Portugal é ainda mais vantajoso em termos salariais. De acordo com os 4.050 profissionais portugueses inquiridos, trabalhar para organizações no estrangeiro pode traduzir-se num aumento de 33% no ordenado. Mas mesmo lá fora há distinções: é a América do Norte que possui o título de melhor pagadora, seguindo-se a Europa.

No que toca a igualdade salarial, existe ainda um fosso entre os géneros. De acordo com o relatório da Landing.Jobs, na área tecnológica, os homens ganham em média mais 16% do que as mulheres. A percentagem tem, no entanto, vindo a diminuir, uma vez que, no ano passado, a diferença salarial era de 23%.

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