Economia da Zona Euro cresce em março pela primeira vez em seis meses

O PMI compósito da Zona Euro subiu significativamente em março, passando para um patamar de crescimento, após seis meses de contração da economia europeia.

Pela primeira vez desde setembro, o PMI compósito da Zona Euro, que mede a atividade económica da indústria e dos serviços, subiu para lá dos 50 pontos, o que significa que há crescimento. Este é um sinal claro de que a economia europeia está a recuperar, antecipando-se melhores números para o PIB do primeiro trimestre. Porém, a recente deterioração da pandemia em vários países europeus poderá reverter esta tendência.

A economia da Zona Euro superou as expectativas em março, mostrando uma expansão muito melhor do que a antecipada graças, principalmente, a uma subida recorde na produção manufatureira“, diz Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit, consultora que é responsável por medir este indicador.

O PMI compósito da Zona Euro aumentou de 48,8 pontos para os 52,5 pontos em março, beneficiando particularmente do setor manufatureiro que subiu para os 63 pontos, o valor mais elevado de sempre, o que é explicado pelo desempenho da Alemanha. As encomendas novas subiram este mês com as exportações a crescer rapidamente.

De acordo com Chris Williamson, esta subida recorde da indústria está a pressionar as cadeias de fornecimento em “dimensões sem precedentes, levando à maior subida dos custos numa década”. O economista-chefe da IHS Markit antecipa que essas pressões nos custos vão “provavelmente” ter impacto nos preços dos produtos vendidos aos consumidores “nos próximos meses”.

Já o setor dos serviços continua bastante pior, apesar de estar a melhorar com uma subida de 45,7 pontos para os 48,8 pontos em março. É nesta área que os renovados confinamentos podem afetar mais significativamente a atividade económica no curto prazo.

Ainda que esta melhoria tenha superado as expectativas dos analistas, os economistas do banco ING antecipam que, mesmo assim, o PIB da Zona Euro vá contrair no primeiro trimestre em cadeia (face ao mês anterior), mas menos do que o previsto anteriormente. A má notícia é que as maiores restrições da pandemia deverão condicionar a retoma no segundo trimestre pelo que a aposta é que o PIB vai acelerar no segundo semestre.

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