Leão afasta imposto de solidariedade para pagar crise. “Não era benéfico”, diz
São várias as entidades e economistas a recomendar um aumento de impostos para certas franjas da população, mas o ministro das Finanças continua a recusar esse cenário.
O ministro das Finanças afasta a criação de um imposto de solidariedade para “pagar” a crise pandémica. Em entrevista ao Expresso (acesso pago), João Leão diz que essa opção avançada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) “não ajudaria” nem era “benéfico para o debate”. “Iria criar instabilidade, incerteza e menor confiança, o que não seria positivo para a recuperação“, argumenta, assegurando que a estabilidade fiscal é a prioridade do Governo pelo que não haverá aumento de impostos nem descida (como a do IRS que estava no programa do Governo, pelo menos para já).
“A prioridade é mesmo garantir a recuperação o mais rapidamente possível“, afirma Leão na mesma entrevista, descrevendo o Programa de Estabilidade apresentado esta quinta-feira como um documento que “tem a preocupação de garantir uma aposta na recuperação sem perder de vista a necessidade de sustentabilidade”. Tal como referiu na conferência de imprensa, o ministro das Finanças afasta “medidas de contenção” e a “austeridade”, em contraste com a crise anterior, optando por falar em “gestão rigorosa” das contas públicas.
Quanto à possibilidade de um Orçamento Retificativo este ano, João Leão continua a afirmar que neste momento não é necessário, mas admite que essa avaliação pode mudar caso Portugal volte a entrar em confinamento severo. “Aí, a situação já poderá ser diferente. Se houver, sobretudo a partir do verão, outra vez necessidade de confinamento“, confessa o ministro das Finanças. Nesse caso, o espaço orçamental que o Orçamento do Estado para 2021 tem não deverá ser suficiente.
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