Sindicatos contra “redução unilateral” de 150 trabalhadores do Santander

"Injusta, inqualificável e inaceitável", respondem os sindicatos à medida anunciada esta quarta-feira pelo Santander Totta sobre uma "redução unilateral" que envolverá entre 100 e 150 trabalhadores.

Os sindicatos dos bancos estão contra a “redução unilateral” que irá afetar 100 a 150 trabalhadores do Santander Totta, medida que consideram uma “ofensa” para os quadros do banco.

A instituição liderada por Pedro Castro e Almeida anunciou esta quarta-feira, dia em que apresentou uma queda de 70% dos lucros para 34,2 milhões de euros, que deu início a “procedimentos tendentes a uma redução unilateral que incluirá os demais colaboradores cujas funções se tornaram redundantes, medida que incluirá entre 100 e 150 colaboradores”, tendo registado provisões de 165 milhões para pagar o plano de reestruturação.

“Procedimentos tendentes a uma redução unilateral ou outros eufemismos para significar medidas não consensuais de redução do quadro de pessoal constituem uma ofensa aos trabalhadores do Banco Santander. Esta medida anunciada pelo Banco Santander é completamente injusta, inqualificável, injustificada e inaceitável“, considerou Paulo Gonçalves Marcos, presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB).

Também o Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Norte e Sindicato dos Bancários do Centro rejeitam a medida, exigindo que o banco liderado por Pedro Castro e Almeida “cumpra o prometido: não haver imposições ou pressões e qualquer medida deve ter o acordo do trabalhador”. Estes três sindicatos “querem acreditar que o Santander saberá e quererá manter a paz social e tratar os trabalhadores com justiça e dignidade”, segundo afirmaram em comunicado.

O SNQTB também recordou que o banco “negou pública e reiteradamente a existência do processo de reestruturação que agora invoca“.

Os sindicatos dos bancos dizem ainda que recorrerão a todos os meios legais e outros “para proteger os trabalhadores”.

Em março, o Santander Totta avançou com dois planos para saídas por reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo, mas os números das adesões a estes programas estão a ficar aquém das expectativas do banco, razão pela qual admitem agora avançar com rescisões unilaterais.

De acordo com os resultados apresentados esta quarta-feira, o Santander Totta chegou a março com 5.954 trabalhadores (menos 215 do que há um ano) e 386 balcões (menos 96 em relação a março de 2020).

O ECO tentou contactar o banco mas não obteve uma resposta até à publicação do artigo.

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