Governo quer instalar 90 a 100 doentes no ZMar, mas só no parque de campismo
Eduardo Cabrita disse que muitas das críticas que têm sido proferidas sobre o tema não fazem qualquer sentido. Os migrantes em isolamento irão permanecer "na zona não privada do parque de campismo".
Apesar das várias vozes que se mostraram contra a requisição civil imposta, o Governo mantém a intenção de instalar entre 90 a 100 pessoas no ZMar caso seja necessário. Em declarações proferidas à comunicação social, Eduardo Cabrita destacou que muitas das críticas que têm sido proferidas sobre o tema não fazem qualquer sentido.
Eduardo Cabrita revelou, assim, que o que “está em causa é instalar 90 a 100 pessoas se for necessário”, algo que é possibilitado pela “figura da requisição civil de equipamentos”. Relembrando que o Estado é o “maior credor do ZMar”, o governante diz ainda que “não faz sentido tanta coisa que foi por aí dita” e que os migrantes em isolamento vão permanecer “na zona não privada do parque de campismo”.
Ainda assim, destaca também que a base aérea de Beja e do Alfeite estão também à disposição do município de Odemira, para acolher pessoas que residam em locais desprovidos de condições neste contexto de pandemia. Neste momento, foram identificadas mais “22 situações de alojamento em situações que geram sérias reservas”.
Por sua vez, os migrantes que estejam infetados com Covid-19 ou assintomáticos serão, a partir de agora, direcionados “para a Pousada de Juventude”, enquanto a residência de estudantes de Odemira deverá receber os que testaram negativamente à doença, acrescenta ainda o ministro.
Em declarações à imprensa, o ministro da Administração Interna veio ainda que em Almograve, no município de Odemira, não existem “novos casos desde que foi imposto a cerca”, sendo que a incidência em São Teotónio passou de “127 casos para 53 casos em 14 dias”. Além do mais, a totalidade das pessoas com mais de 60 anos residentes em Odemira já estão vacinados contra a Covid-19 “desde ontem”, adiantou.
Neste âmbito, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, veio também reforçar que “urge tomar medidas efetivas que ajudem a travar a pandemia”, mas “que não ponham em causa a atividade económica”. Isto porque, com as colheitas “no seu auge”, “milhões de euros” poderão ser perdidos caso não se aproveitem os frutos das mesmas.
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