Um em cada três trabalhadores teme perder o emprego no próximo ano

Quase metade dos portugueses não tem receio de perder o emprego este ano. Já em 2022, o cenário é diferente, uma vez que 1 em cada 3 pessoas teme perder o posto de trabalho, de acordo com a Randstad.

O sentimento dos trabalhadores em Portugal é de estabilidade com quase metade (48%) a esperar não perder o emprego este ano, apesar do impacto da pandemia nas empresas. Ainda assim, relativamente a 2022, um terço dos colaboradores já sente alguma preocupação sobre a possibilidade de ficar desempregado, de acordo com o estudo realizado pela Randstad e divulgado esta terça-feira.

O estudo conclui que as mulheres (33%) estão mais preocupadas que os homens (27%) no que respeita a manter o posto de trabalho. Uma tendência que se aplica a 39% dos trabalhadores menos qualificados.

Em relação à área geográfica, os trabalhadores que vivem na zona de Lisboa estão um pouco menos preocupados em perder o emprego no próximo ano, à semelhança da geração mais velha (a partir dos 55 anos) que não têm receio de perder o posto de trabalho.

Este estudo, que analisa anualmente as principais tendências do mercado de trabalho, verificou que apenas 9% dos trabalhadores em Portugal mudaram de empregador nos últimos seis meses, sendo que destes apenas 13% indicaram que tinham sido impactados pela pandemia no seu trabalho anterior.

Por outro lado, 20% dos inquiridos admite a possibilidade de mudar de empregado no nos próximos seis meses. Aqueles que pretendem mudar de carreira, 38% diz recorrer a contactos pessoais, enquanto 34% procuram ofertas através de sites de emprego.

Outra das conclusões é que em 2021, quem trabalha no país considera que o salário e benefícios atrativos (71%) continua a ser o mais importante na hora de escolher um empregador. A única exceção é na geração dos 55 aos 64 anos onde a estabilidade profissional é mais valorizada (72%).

A nível nacional, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal (66%) e estabilidade profissional (66%) ocupam o segundo lugar ex aequo seguidos do ambiente de trabalho agradável (65%) e da progressão de carreira (64%).

Numa altura em que o teletrabalho é obrigatório (e assim irá manter-se até final do ano nas empresas localizadas nas zonas mais afetadas pela pandemia), outra das conclusões do estudo é que a minoria prefere trabalho remoto.

Cerca de dois em cada cinco trabalhadores em Portugal são atraídos pela possibilidade de trabalhar remotamente. As mulheres, os mais qualificados e os grupos etários mais velhos (55 anos ou mais) são os que se mostram mais inclinados para este modelo de trabalho.

Sobre a influência da pandemia na adoção do trabalho remoto, cerca de metade (52%) afirma que passou a trabalhar em casa. Os colaboradores mais qualificados foram os mais propensos a trabalhar mais horas do que o habitual (11%), muito embora a maioria considere que trabalha o mesmo.

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