Juros portugueses corrigem em vésperas do leilão
Depois da forte subida na primeira sessão da semana, atingindo novos máximos, os juros da dívida estão em queda. Corrigem antes do regresso do país aos mercados para obter até 1.250 milhões.
Portugal voltou a estar sob os holofotes dos mercados na primeira sessão desta semana. Os juros renovaram máximos de quase três anos, mas estão de regresso às quedas. Recuam em todos os prazos na véspera de mais um leilão de obrigações do Tesouro em que o IGCP pretende financiar-se até 1.250 milhões de euros.
A dívida portuguesa foi uma das mais castigadas entre os países do euro na última sessão, mas está agora a ser também das mais beneficiadas pelo alívio registado nos mercados de dívida da região. A taxa a dez anos está a recuar quase cinco pontos base, descendo para 4,198%, depois de ter chegado aos 4,257%, no dia em que se soube que o Banco Central Europeu está a comprar menos títulos de Portugal.
Juros a dez anos estão a aliviar
Também Espanha, Itália e França, que esta segunda-feira viu os juros dispararem com o discurso anti-euro de Marine Le Pen, candidata às presidenciais francesas, regista-se uma tendência de quebra das taxas — e consequente valorização dos títulos. Este alívio traduz, em parte, a promessa de Mario Draghi, presidente do BCE, de que o “euro é irreversível”.
O alívio nas taxas acontece na véspera de mais uma emissão de dívida de Portugal. O IGCP conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos esta quarta-feira. Esta será a segunda emissão de longo prazo do ano, depois da emissão sindicada a 10 anos realizada no dia 11 de janeiro em que o país pagou um juro de 4,3% por três mil milhões de euros em obrigações do Tesouro a dez anos.
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