Portuguesa BiLD Analytics levanta 500 mil euros. E lança nova edição da academia de formação

Com esta ronda a empresa de análise e gestão de dados pretende aumentar a equipa, investir na internacionalização e desenvolver produtos próprios. Quer fechar o ano com uma faturação de 2 milhões.

A BiLD Analytics acaba de fechar uma nova ronda de financiamento no montante de 500 mil euros, avança a empresa de análise e gestão de dados à Pessoas. Um dos destinos do investimento é o aumento da equipa de gestão e técnica, para os 50 colaboradores. A ronda coincide com o lançamento da terceira edição da primeira academia de formação em databricks em Portugal.

“Pretendemos investir na nossa capacidade de execução, aplicando este valor num crescimento da nossa equipa de gestão e técnica, que é o nosso maior desafio neste momento. Além disso, queremos também investir na internacionalização da BiLD Analytics, recorrendo, num primeiro estádio, à estratégia de nearshore. No entanto, temos também já perspetivas de abertura de um escritório em Bruxelas no terceiro trimestre do ano. Por fim, tencionamos desenvolver produtos próprios”, conta Diogo Dias, cofundador da empresa, sobre a aplicação do montante levantado.

Depois de, em 2020, ter duplicado a equipa para os 40 colaboradores, a BiLD Analytics tenciona continuar a aumentar o número de funcionários. “Este ano somos menos ambiciosos. Até ao final do ano, pretendemos chegar aos 50 colaboradores e dobrar novamente a faturação”, para os dois milhões de euros.

Vem aí nova edição da academia de formação em databricks

A par do anúncio do fecho desta ronda de investimento, a empresa que nasceu como spin-off da Universidade Nova de Lisboa, está lançar uma nova edição da academia de formação em databricks, um software em ascensão que permite às organizações aumentarem a performance do processamento de dados na cloud, não precisando de ter infraestrutura física e tendo a possibilidade de trabalharem em ambiente colaborativo e centralizado.

“A academia oferece um programa intensivo de formação de quatro meses a engenheiros e recém-licenciados de cursos de STEM (ciência, tecnologia, economia e matemática). Este programa é proprietário, totalmente ‘desenhado’ em casa. Queremos com isto dizer que tanto os materiais como as aulas são respetivamente fornecidos e lecionadas por profissionais internos, e é esse o fator decisivo para a taxa de sucesso do programa”, diz Diogo Dias.

A empresa já realizou duas edições da academia e, até final de 2021, pretende avançar com a terceira. Os interessados têm de passar por um processo de seleção, que consiste, em primeiro lugar, numa fase de assessement de programação e de línguas, seguindo-se uma entrevista generalista de RH para avaliar as capacidades técnicas e lógicas dos candidatos.

“Depois de serem selecionados, os formandos têm, de manhã, aulas teóricas que, à tarde, são complementadas com aplicações práticas de use cases reais, muitas vezes, cedidos por clientes, que são verdadeiros parceiros durante todo o processo de formação”. Durante o período de formação, os formando são contratados pela BiLD Analytics, assinando contrato e recebendo uma bolsa mensal.

No fim dos quatro meses do curso, ficam a trabalhar para projetos da empresa e de respetivos clientes. Cerca de 30% dos formandos são mulheres, o que é um número interessante, dada a falta de mão-de-obra feminina nesta área. “Este ano, temos como objetivo aumentar este número e atingir os 50%”, avança o cofundador.

A academia surgiu com o objetivo de combater a escassez de talento na área tech, e mais especificamente na área de analytics, seja de cloud ou de data science. “A academia de formação em databricks aparece exatamente para atrair mais pessoas das áreas de engenharia, de matemática, de ciência e de economia, para esta área em específico.”

“Como os formandos não vêm exatamente da área de analytics, procuramos com a academia resolver esta escassez enorme, ao mesmo tempo que complementamos o que é lecionado nas universidades, transmitindo a experiência no mercado de trabalho que põe em prática a teoria aprendida pelos estudantes. Ao terem contacto com consultores seniores e com o dia a dia de trabalho numa empresa tecnológica, conseguimos fazer a ponte entre o estudado nas universidades e o início das carreiras profissionais dos formandos”, conclui Diogo Dias.

As candidaturas para a terceira edição ainda não estão abertas, mas o objetivo é abrirem durante os próximos meses.

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