Jerónimo Martins puxa por Lisboa, Stoxx 600 bate recorde

Os investidores estão mais animados nas negociações e deram um novo recorde ao Stoxx 600. Em Lisboa, a Jerónimo Martins brilha com a subida dos lucros semestrais.

A bolsa de Lisboa está a prolongar os ganhos da sessão anterior, acompanhando o sentimento positivo das restantes praças europeias. Os investidores continuam a digerir os resultados empresariais relativos ao primeiro semestre, assim como as declarações do presidente da Fed sobre política monetária.

Enquanto o Stoxx 600 sobe 0,3%, atingindo um novo máximo histórico, o britânico FTSE 100 e o alemão DAX somam 0,3%, o espanhol IBEX-35 ganha 0,4% e o francês CAC-40 valoriza 0,6%. Já o principal índice português, o PSI-20, avança 0,59%, para 5.123,57 pontos, com o contributo destacado do retalho, da banca e do setor petrolífero.

À cabeça está a Jerónimo Martins. Os lucros da dona do Pingo Doce dispararam 79% até junho, face ao semestre homólogo, para 186 milhões de euros, avançou a companhia. Os investidores aplaudem: as ações sobem 2%, para 16,83 euros.

Investidores animados com Jerónimo Martins:

Segue-se o contributo da Galp Energia. A empresa valoriza 0,90%, para 8,5 euros, num dia em que o Brent segue a negociar a 74,43 dólares, uma valorização de 0,76%. É ainda um efeito da passagem de prejuízos a lucros no semestre, mais propriamente de 166 milhões de euros, como revelou esta semana.

Na banca, o BCP recupera mais 0,66%, para 12,16 cêntimos cada título. A instituição financeira esteve sob pressão no início da semana, depois de ter revelado que o reforço de provisões para processos judiciais na Polónia penalizou significativamente os resultados do semestre.

Fora do PSI-20, a Impresa, dona da SIC, está a desvalorizar 1,92%, apesar da subida dos lucros no semestre: os títulos trocam de mãos a 30,7 cêntimos. Os da GreenVolt recuam 0,85%, para 4,66 euros, depois de a empresa ter anunciado a venda de parques eólicos na Polónia, mas os lucros terem afundado mais de 80% no semestre, para um milhão de euros.

A par de tudo isto, os investidores estão a digerir os comentários da Fed depois de uma reunião de política monetária de dois dias. Após um primeiro comunicado, a conferência de imprensa do presidente trouxe mais clareza, com Jerome Powell a assumir que ainda não é o momento de reduzir as compras de ativos, atualmente nos 120 mil milhões de dólares mensais.

O sentimento positivo é ainda ajudado por notícias de que as autoridades chinesas terão contactado vários bancos no sentido de acalmar os mercados, face à repressão regulatória do regime contra o setor tecnológico na China.

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