João Franqueira, da Coverflex: “Faço recrutamento baseado no coração”

Depois de ter aumentado a equipa da Prozis de 85 para mil pessoas, João Franqueira decidiu embarcar numa nova aventura. Desde abril é o novo VP people na Coverflex, que conta com 39 colaboradores.

João Franqueira é o VP people da Coverflex.

Paixão, autenticidade e empatia. Estas foram, talvez, as palavras mais repetidas por João Franqueira, VP people da Coverflex, na conversa com a Pessoas. Depois de nove anos a gerir os recursos humanos da Prozis, João Franqueira decidiu desembarcar de um “barco muito pesado” e embarcar num “boat”, que ainda pode “remar e virar muito rapidamente”, o que já não acontecia ao mesmo ritmo na empresa de suplementação desportiva. Nas mudanças de trabalho, o mais importante, na sua opinião, é ser mais feliz do que se era antes.

Esta é a filosofia que aplica na sua vida privada, mas também no contexto profissional, sobretudo ao fazer recrutamento. “Temos de gostar daquilo que estamos a fazer e temos realmente de entregarmo-nos. Faço recrutamento baseado no coração”, diz, acrescentando que utiliza muitos princípios da neurociência na seleção de novos talentos. “Procuro aplicar a empatia, ou seja, sentir o que o outro está a sentir. Numa entrevista, procuro saber se as pessoas são curiosas, perceber o impacto que tentam ter nos outros, descobrir as pequenas coisas que fazem delas únicas e especiais… Não há um traço que se procure, porque todos somos diferentes”, refere.

A individualidade de cada um é extremamente importante para o VP people da Coverflex, mas a equipa já construída assume um papel crucial no recrutamento de novos elementos. “Tento construir à volta do que já temos. Ou seja, primeiro tento conhecer quem já temos e depois adicionar blocos, como se fossem peças de um puzzle, para fazer uma big picture”, explica. “O princípio é pensarmos na individualidade da pessoa e de que forma se encaixa na equipa. O todo é maior que a soma das partes.”

No recrutamento, os três fatores que o licenciado em psicologia – durante a formação académica, ainda pensou em ser cozinheiro – privilegia são: fit na empresa, na função e, finalmente, “ter a certeza que a pessoa que vem vai ficar mais feliz do que aquilo que era”. “Se não ficar, não vale a pena vir. E isso funciona”, afirma.

Construir equipas, sobretudo numa fase inicial, é aquele que João Franqueira diz ser o seu ponto forte. “Acho que sou bom a trazer pessoas naquela fase em que há muita paixão envolvida”, diz. Foi o que fez na Prozis, aumentando a equipa de 85 para mil pessoas, em nove anos, e é uma das missões que assume agora na Coverflex. “Fui a primeira pessoa em recursos humanos na Prozis, o que faz com que tenha vivido muitas realidades dentro da empresa, desde o fazer tudo, como agora na Coverflex, ao ter apenas de distribuir jogo, pondo as pessoas a fazerem as suas tarefas e ajudando-as na execução das mesmas”, conta.

Agora, na startup liderada por Miguel Santo Amaro, o desafio será semelhante: “atrair pessoas e mostrar aquilo que somos”. “E é muito interessante porque comecei até numa fase ainda mais precoce da empresa. Não sei se a Coverflex chegará aos mil colaboradores, mas também não é isso que me move. O que me move é fazer as coisas bem feitas e conseguir criar aquela cola organizacional que é fundamental”, garante. “Gosto de trabalhar em boas culturas, e o que já encontrei aqui é uma boa cultura. O desafio é manter e melhorá-la ainda mais. Isso é o que me deixa entusiasmado e me faz sentir apaixonado no dia-a-dia”, acrescenta.

A Coverflex abraça o desafio do trabalho remoto como parte do seu ADN, não tendo escritórios em nenhuma parte e trabalhando de forma totalmente remota, mas João Franqueira admite a possibilidade de, no futuro, a empresa possuir um espaço num centro de coworking ou mesmo de abrir um escritório mais pequeno, em Lisboa ou no Porto, onde existe maior concentração de colaboradores. O objetivo é acomodar as necessidades de cada uma das pessoas e criar um modelo realmente híbrido.

Atualmente com 39 colaboradores espalhados por todo o país, e até um pouco pelo mundo, o objetivo da startup na área da compensação e benefícios é alcançar, pelo menos, 60 colaboradores até ao final do ano, reforçando, sobretudo, as áreas de desenvolvimento de software, vendas e operações.

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