GreenVolt promovida ao PSI-20 dois meses após estreia em bolsa
No espaço de menos de dois meses, GreenVolt estreia-se na bolsa e sobe agora ao PSI-20. Elétrica liderada por Manso Neto entra no índice referência nacional no próximo dia 20.
A GreenVolt juntou-se ao clube restrito das principais cotadas nacionais. A Euronext anunciou esta quarta-feira a promoção da empresa de energias renováveis ao PSI-20, o principal índice português, menos de dois meses depois da estreia em bolsa. A recém-cotada liderada por Manso Neto passará a figurar no PSI-20 a partir do dia 20 de setembro, segundo a informação divulgada pelo operador da bolsa de Lisboa.
“É com satisfação que verificamos que a Euronext Lisboa decidiu passar a integrar a GreenVolt no principal índice nacional”, afirmou Manso Neto numa declaração enviada aos jornalistas.
“A GreenVolt é uma empresa líder na produção de energia renovável a partir de biomassa e é já um dos maiores promotores europeus de projetos de energia eólica e solar fotovoltaica, tendo pois uma clara visão de liderança, pelo que a ascensão ao PSI-20 (…) é uma etapa importante neste desígnio“, acrescentou o gestor.
A GreenVolt começou a negociar na praça lisboeta no dia 15 de julho, e já valoriza mais 30% desde então. A ação fechou a valorizar 1,8% esta segunda-feira para os 5,65 euros, conferindo à elétrica uma capitalização bolsista de 650 milhões de euros, dos quais mais de 100 milhões estão dispersos em bolsa.
Para subir ao PSI-20 é necessário a uma cotada cumprir determinados requisitos como o número de ações e o capital disperso em bolsa e a velocidade de negociação, sendo que havia dúvidas sobre se a GreenVolt conseguiria cumprir esta última regra.
A entrada no PSI-20 era uma ambição do CEO desde o primeiro dia, na medida em que colocaria a GreenVolt na principal montra nacional e no radar dos grandes fundos de investimento internacionais, fatores que poderão dar outro impulso ao valor da ação. “Temos a pretensão de, em setembro, aderir ao PSI-20. Queremos estar no PSI-20 o mais rápido possível”, afirmou Manso Neto em julho, na véspera de se estrear na bolsa, fazendo mira à revista trimestral que o operador da bolsa anunciou esta quarta-feira.
A GreenVolt é uma empresa líder na produção de energia renovável a partir de biomassa e é já um dos maiores promotores europeus de projetos de energia eólica e solar fotovoltaica, tendo pois uma clara visão de liderança, pelo que a ascensão ao PSI-20 (…) é uma etapa importante neste desígnio.
Nos últimos dias, a GreenVolt começou a receber maior atenção dos analistas. Destacaram, sobretudo, a experiência da equipa de Manso Neto, ex-presidente da EDP Renováveis, e ainda a multitecnologia (na biomassa, solar e eólica) e a presença em várias geografias da elétrica, atribuindo ao título um potencial de valorização até aos 6,9 euros (Santander).
A pool de analistas da Reuters vê as receitas da GreenVolt subirem até aos 191 milhões de euros em 2023, prevendo lucros de 38 milhões de euros por essa altura.
Com quase 59% das ações, a Altri é o maior acionista da GreenVolt, seguindo-se a V-Ridium Europa, com 9,23%. A gestora holandesa Nationale-Nederlanden, o Santander Asset Management e o Bestinver Gestión detêm participações superiores a 2%.
PSI-20 fica com 19 cotadas antes de rever regras
Com a entrada da GreenVolt, o PSI-20 passará a ser composto por 19 membros, tendo em conta que a revisão trimestral anunciada pela Euronext não promoveu qualquer exclusão.
A Euronext já avisou, entretanto, que vai mudar as regras do índice, que em breve passará a denominar-se apenas de PSI a partir de março, sem número mínimo de cotadas, mas limitado a 20 membros.
Com as novas regras, para subir ao primeiro escalão, a cotada passará a ter de apresentar uma capitalização bolsista com base nas ações dispersas de, pelo menos, 100 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 18h44 com declaração de Manso Neto)
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