Crescimento de Espanha no segundo trimestre revisto para menos de metade
O INE espanhol tinha calculado que o PIB cresceu 2,8% no segundo trimestre face ao primeiro trimestre, mas afinal foi apenas 1,1%. A revisão em baixa do consumo privado justifica a diferença.
A economia espanhola cresceu menos do que o estimado anteriormente entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre deste ano. O crescimento em cadeia do PIB foi de 1,1%, 1,7 pontos percentuais abaixo da estimativa inicial calculada pelo gabinete espanhol de estatísticas. A diferença está no aumento do consumo privado que foi revisto em baixa nesta nova estimativa.
“O PIB espanhol registou uma variação de 1,1% no segundo trimestre de 2021 em comparação com o trimestre anterior”, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol esta quinta-feira, notando que esta taxa é superior em 1,7 pontos percentuais à registada no primeiro trimestre (-0,6%), mas fica também 1,7 pontos percentuais abaixo da estimativa inicial divulgada a 30 de julho (2,8%).
Em termos homólogos, ou seja, na comparação com o segundo trimestre de 2020 (o mais afetado pela pandemia), o PIB espanhol cresceu 17,5%, abaixo dos 19,8% inicialmente estimados. Porém, não há dúvidas de que a economia espanhola aumentou significativamente o seu dinamismo uma vez que no primeiro trimestre tinha contraído 4,2% em termos homólogos.
Segundo o gabinete espanhol de estatísticas, a contribuição da procura interna (+17,3 pontos, mas abaixo dos 20,3 pontos inicialmente estimados) foi crucial ao passo que a procura externa deu um pequeno contributo (0,2 pontos). Apesar de ter crescido bastante, o consumo privado foi revisto em baixa, o que explica este corte no PIB em cadeia: cresceu 12,5% em termos homólogos, abaixo dos 15,6% inicialmente estimados. Já o investimento manteve-se inalterado e o consumo público até foi revisto em alta.
No destaque, o INE espanhol admite que existe atualmente uma “dificuldade inerente” à medição dos indicadores de conjuntura por causa da situação que se vive desde o início de 2020. “É um período de grandes e rápidas oscilações da evolução de curto prazo da atividade económica que, tanto pela sua origem ou pela sua magnitude, supõem a um desafio estatístico sem precedentes“, explica o gabinete espanhol de estatísticas.
Em relação especificamente à revisão relativa ao segundo trimestre, o INE espanhol refere a influência “particularmente da atualização da informação sobre as vendas das grandes empresas e PME” com os dados definitivos. A revisão incidiu sobre alguns atividades de serviços e alguma da indústria transformação, o que teve implicações no consumo privado.
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