Colaboradores da Farfetch vão trabalhar remotamente 60% do tempo
O modelo híbrido vai imperar na Farfetch no regresso ao escritório, com os colaboradores, sempre que as funções o permitirem, a poder realizar 60% das suas funções de forma remota.
A Farfetch vai manter um modelo híbrido de trabalho e permitir que os mais de 5 mil colaboradores trabalhem remotamente 60% do seu tempo, adianta Ana Sousa, VP People da Farfetch à Pessoas. Na unicórnio luso-britânica, a vacinação dos colaboradores “deve ser uma escolha pessoal de cada um“. A startup, que apresentou na semana passada o futuro campus em Matosinhos, está a criar viagens virtuais dos escritórios da empresa espalhados pelo mundo para melhor receber os novos colaboradores e promover a sua integração.
“Futuramente, acreditamos que o modelo híbrido é a chave — reconhecemos as vantagens e as potencialidades que o trabalho remoto oferece, mas queremos continuar a desenvolver e a alimentar uma cultura próxima e forte onde o espaço físico e o contacto com a equipa e com o escritório são cruciais”, começa por referir Ana Sousa, VP People da Farfetch à Pessoas. “Os nossos colaboradores poderão, depois do levantamento das medidas restritivas e se a sua função o permitir, continuar a trabalhar remotamente 60% do seu tempo”.
Com presença em vários mercados — tem escritórios em 13 países — e mais de 5 mil colaboradores, num momento em que as empresas discutem o regresso ao escritório, Ana Sousa fala ainda de uma “fase de muitas incertezas” no que toca à evolução da pandemia. “Estamos todos a adaptar-nos: as empresas, a sociedade civil, as entidades públicas.”
Os nossos colaboradores poderão, depois do levantamento das medidas restritivas e se a sua função o permitir, continuar a trabalhar remotamente 60% do seu tempo.
“A Farfetch tem mais de 5.000 colaboradores em todo o mundo. Neste momento, cada país está numa fase diferente da epidemia e consequentemente há escritórios ainda em total trabalho remoto e outros já em fase de regresso a alguma normalidade”, diz a VP Person.
“Seguimos sempre as indicações dos governos locais, portanto não há uma medida igual para todos, mas, ainda assim, conseguimos criar uma política comum a que chamamos de ‘Make Work, Work For You’. Esta medida é centrada no bem-estar dos colaboradores, não só incentivando o trabalho híbrido, como a mobilidade internacional, as licenças sabáticas e os dias de descanso extra. Todos estes incentivos são importantes para que os colaboradores se sintam apoiados, seja em trabalho remoto ou no escritório”, explica.
A companhia também não está a impor nenhum requisito de vacinação obrigatória. “Neste momento, temos a maioria dos colaboradores em casa e estamos a repensar o regresso aos escritórios que será sempre em formato híbrido. Apesar de encorajarmos a segurança e a saúde física e psicológica dos colaboradores, consideramos que, no que toca à vacinação, essa deve ser uma escolha pessoal de cada um”, defende a VP Person da Farfetch.
Apesar de encorajarmos a segurança e a saúde física e psicológica dos colaboradores, consideramos que, no que toca à vacinação, essa deve ser uma escolha pessoal de cada um.
Dos mais de 5 mil colaboradores, perto de 2 mil terão sido contratados no último ano, adiantou José Neves, o CEO da unicórnio luso-britânica durante a apresentação do novo campus em Portugal. E o empresário conta “ter muitos mais” quando estiver concluído o Fuse Valley — no início de agosto a empresa tinha mais de 900 vagas, das quais 379 para posições a partir de Portugal, tal como avançou na época a Pessoas.
Onboarding digital com viagens virtuais aos escritórios
Para melhor receber os novos colaboradores, a empresa criou vídeos com viagens virtuais, para melhor promover a integração dos novos elementos nos processos de onboarding digital.
“Na Farfetch pensamos em todas as iniciativas na perspetiva de proporcionar a melhor experiência para o colaborador. O onboarding é uma fase crucial na vida de quem integra uma empresa pela primeira vez e a situação pandémica levou-nos a ter de optar por uma experiência de integração totalmente remota. Quisemos adaptar o programa para garantir que os novos membros continuam a sentir-se apoiados, garantindo a sua segurança”, justifica Ana Sousa.
“Temos a ambição de que as pessoas que se juntam a nós comecem a viver os nossos valores e cultura desde o primeiro dia, compreendam o negócio de uma forma mais ágil, clara e envolvente, ao mesmo tempo fomentamos a construção de equipas e o networking”, refere ainda.
Para isso, uma das iniciativas que a empresa levou a cabo foi uma Virtual Tour de todos os escritórios em Portugal, “de forma a criar uma experiência imersiva e dar a conhecer o escritório, mesmo que virtualmente”, justifica a responsável da unicórnio.
“Esta viagem digital mostra a cidade em que o escritório está integrado (Porto, Lisboa, Braga ou Guimarães), além de outros fun facts e curiosidades. Este tour também integra tutoriais rápidos para a execução de tarefas e procedimentos gerais do próprio escritório”, diz ainda.
Neste momento, estão a ser preparadas as virtual tours para todos os escritórios em Portugal, mas “em breve iremos também fazer para outros escritórios globalmente”
Iniciativas de receção de novos colaboradores que não se ficam por aqui. “O programa de onboarding da Farfetch é, já por si, bastante extenso e completo. Estando em trabalho remoto, os novos membros recebem em casa tudo o que necessitam para desempenhar as suas funções ainda antes do próprio dia de entrada na empresa”, garante Ana Sousa.
“Na semana inicial de onboarding existe um programa muito variado para que saibam mais sobre o negócio e os vários departamentos e ainda há tempo para se conhecerem uns aos outros e criar alguns laços. Finalizada essa semana, as pessoas são integradas nas suas equipas. Existe assim, um acompanhamento muito individualizado”, descreve.
A companhia está também a desenvolver outras iniciativas digitais, como a “criação de Digital Learning Paths para suporte ao longo dos três primeiros meses para aumentar o conhecimento sobre o negócio, os clientes e a cultura da empresa”, adianta.
“Estes recursos podem ser e-learning, bite sized courses, podcasts ou artigos. Também estamos a organizar workshops globais, complementares aos locais, para promover networking e integração com os farfetchers de diferentes localizações.”
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