Banco Montepio perde 14 milhões até setembro penalizado por reestruturação

Banco liderado por Pedro Leitão registou prejuízos de 14,2 milhões nos primeiros nove meses do ano. Resultado foi penalizado pelos custos com a reestruturação.

O Banco Montepio registou um prejuízo de 14,2 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser sobretudo penalizado pelos custos com a reestruturação em curso.

Ainda assim, trata-se de uma melhoria face às perdas que registava há um ano, na ordem dos 56,8 milhões de euros.

Em comunicado, o banco liderado por Pedro Leitão adianta que, retirando os impactos relacionados com o plano de ajustamento do quadro de colaboradores (no valor de 8,5 milhões de euros), a imparidade para o fecho de balcões (5,7 milhões) e os custos com a alienação de ativos não estratégicos, como a venda da Almina e da Monteiro Aranha (1,4 milhões), o prejuízo teria sido menor, de quase dois milhões de euros.

No âmbito da reestruturação, já foram encerrados 73 balcões “sem impacto material no negócio”, tendo saído 344 trabalhadores, com o banco a dizer que o ajustamento do quadro de pessoal a três anos segue em “linha com o delineado”.

Apesar do resultado negativo até setembro, o Banco Montepio registou um lucro de 19 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, facto que leva a instituição enfatizar o esforço que está a fazer na redução dos prejuízos ao longo de 2021.

Ao nível da operação, a margem financeira caiu quase 2% para 179 milhões de euros e o produto bancário cedeu mais de 5% para 260 milhões de euros, enquanto os custos operacionais caíram 0,1% para 196,6 milhões de euros.

A carteira de crédito encolheu 1,3% para 12,4 mil milhões de euros e os depósitos de clientes subiram 3% para 12,7 mil milhões.

Ao nível da qualidade do crédito, o banco dá conta de uma descida do rácio de NPE (non performing exposures) para 9,4% no final de setembro, sendo que está em curso a venda de uma carteira de malparado de cerca de 300 milhões e ainda uma operação para desconsolidar uma carteira de 1.000 milhões em malparado e imobiliário para um veículo externo.

Os capitais próprios do banco melhoraram, atingindo os 1.376 milhões de euros no final de setembro, data em que apresentava rácios de capital CET1 e total de 11,6% e 13,9%, respetivamente.

O Banco Montepio é detido pela Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), que tem cerca de 600 mil associados e vai a eleições no final do ano com quatro listas candidatas.

(Notícia atualizada às 16h44)

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