Galp pode perfurar mar do Alentejo já em abril deste ano
Carlos Gomes da Silva diz que se as condições meteorológicas e do mar o permitirem, a Galp vai começar a perfurar ao largo do litoral do Alentejo já em abril deste ano.
A Galp pode começar a perfurar o mar do Alentejo já em abril deste ano, no sentido de perceber se a exploração de petróleo naquela região offshore em Portugal é economicamente viável. A informação foi dada esta terça-feira pelo presidente da empresa, Carlos Gomes da Silva, que adiantou que a decisão final dependerá das condições marítimas e meteorológicas.
“A operação de perfuração será feita quando todas as condições do mar e da meteorologia estiverem reunidas. Será em 2017 se estiverem reunidas. Algures entre abril e junho, altura em que temos mais probabilidade de ter uma meteorologia mais favorável”, disse. “Senão será apenas em 2018”.
Em vista estão perfurações na bacia do Alentejo entre 1.200 metros e 1.600 metros — furos que a Galp considera serem relativamente menos complexos que os que tem realizado no Brasil, superiores a 2.000 metros –, num projeto para durar entre 45 a 60 dias, com um custo diário que deverá rondar o milhão de dólares por dia.
Desde janeiro deste ano que o consórcio formado pela Eni (operadora) e Galp tem luz verde do Governo para efetuar perfurações ao largo do Alentejo. A autorização para sondagem emitida pela Direção-geral dos Recursos Naturais (DGRN), Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) é válida até 10 de janeiro de 2019.
Até dez dias antes do início da perfuração, a Eni terá de enviar à DGRN uma comunicação com o cronograma da operação que tem merecido alguma contestação devido ao impacto negativo que pode ter. Sobre essas críticas, Carlos Gomes da Silva disse que “qualquer contributo é bem-vindo”.
A Eni pediu autorização para furar na bacia alentejana em abril de 2016. A DGRN apenas abriu a consulta pública mais de um mês depois, um processo durante o qual recolheu vários contributos contra a exploração petrolífera ao largo da costa alentejana e algarvia.
A Galp registou um lucro de 483 milhões de euros em 2016, um resultado que fica 24% abaixo do alcançado no ano anterior e que reflete sobretudo as imparidades registadas na operação em Angola.
O jornalista viajou a Londres a convite da Galp
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