“Cloud” e vendas na net engordam lucros da Amazon em 56%
Gigante norte-americana viu os lucros de 2021 dispararem 56%, resultado do aumento das vendas de serviços "cloud" da Amazon Web Services e do crescimento das vendas online.
A subida das vendas através da internet e de serviços na cloud permitiram que os lucros da Amazon atingissem os 33.364 milhões de dólares no ano passado, um aumento superior a 56% face a 2020, quando atingiu 21.331 milhões.
Em 2021, as vendas da Amazon resultaram em 469.822 milhões de dólares, 21,7% a mais face aos 386.064 milhões registados em 2020.
A empresa com sede em Seattle, no Estado de Washington, revelou na quinta-feira os seus resultados trimestrais, onde obteve um lucro líquido por ação de 65,96 dólares, face aos 42,64 alcançados no ano anterior.
A Amazon é uma das empresas que mais lucraram ao longo dos dois anos de pandemia de Covid-19, beneficiando com o aumento do comércio online derivado das restrições à mobilidade e do encerramento ou redução da capacidade e horário das lojas físicas durante vários meses.
Em 2021, a empresa liderada por Andy Jassy aumentou as suas vendas quer no seu principal mercado, a América do Norte, com um aumento de 18% para uma faturação de 279.833 milhões de dólares, quer no resto do mundo, onde as receitas aumentaram 22% para 127.787 milhões de dólares.
Por outro lado, a plataforma Amazon Web Services (AWS) que oferece serviços de computação na cloud [nuvem, em português], e que é líder no setor, aumentou as receitas em 37%, para os 62.202 milhões de dólares. A AWS é a grande aposta da empresa para o futuro e o seu negócio mais lucrativo, além de ter o domínio indiscutível no mercado, bem acima de seus maiores rivais, a Azure da Microsoft e a Google Cloud.
Além destes dois setores, a Amazon obteve ainda grandes lucros com o investimento na empresa de veículos elétricos Rivian, registando quase 12.000 milhões no último trimestre, coincidindo com a sua operação na bolsa de valores.
A empresa divulgou ainda, pela primeira vez, dados detalhados sobre o seu negócio de publicidade, pelo qual as empresas promovem os seus produtos na plataforma, que registou um lucro de 9,7 biliões de dólares entre outubro e dezembro, um crescimento de 32% em relação ao ano anterior.
A Amazon é a terceira empresa norte-americana com maior quota no mercado de publicidade online, atrás apenas das duas grandes dominadoras do setor, Alphabet (Google) e Meta (Facebook).
Prime fica mais caro
A empresa de Seattle aproveitou a apresentação dos resultados nesta quarta-feira para revelar um aumento de preço da assinatura Prime nos Estados Unidos, que agora é de 12,99 dólares por mês e que a partir de 18 de fevereiro será de 14,99 dólares por mês, para novos membros.
O Prime oferece serviços de entrega rápida sem custo adicional para produtos adquiridos na Amazon e acesso a uma biblioteca online de músicas e vídeos.
Em julho do ano passado, Jeff Bezos, fundador da empresa, deixou o cargo de CEO após 27 anos à frente da Amazon e foi substituído por Andy Jassy, figura da sua maior confiança e que liderou a AWS durante anos. O CEO explicou que os “desafios” atuais são a escassez de trabalhadores nos Estados Unidos e a alta inflação.
“Apesar dos desafios de curto prazo, continuamos otimistas com o futuro e animados com o negócio agora que estamos a sair da pandemia”, frisou Jassy.
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