Depois da flexibilidade de localização… Decode quer eliminar horários de trabalho

O trabalho remoto já era opcional na tecnológica. Agora serão testados horários flexíveis, em que são os colaboradores que decidem as horas em que preferem trabalhar.

A tecnológica Decode está a implementar uma estratégia de descentralização de trabalho, em que os seus colaboradores poderão escolher, não só a partir de onde desejam trabalham, como também os horários em que querem trabalhar. Esta opção entra em vigor durante o primeiro semestre de 2022 e será implementada de forma gradual, para avaliar a sua eficácia. Objetivo é que as pessoas consigam harmonizar, cada vez mais, a vida pessoal com a vida profissional.

“Queremos que os nossos colaboradores se sintam realizados e sabemos que, como tal, devem ter um estilo de vida que possibilite a conjugação fluida entre as prioridades da vida profissional e pessoal”, afirma João Reis Fernandes, diretor executivo da Decode.

“Os horários e locais de trabalho devem ser flexíveis. Os nossos profissionais devem trabalhar nos períodos que lhes forem mais convenientes, o que lhes garante disponibilidade para lidarem com situações de foro pessoal durante o dia. Esta flexibilidade terá que ser, no entanto, convergente com as necessidades dos nossos clientes”, continua o líder, citado em comunicado.

João Reis Fernandes, diretor executivo da Decode.

A empresa já tem implementado um modelo de trabalho flexível e descentralizado, em que os colaboradores podem escolher trabalhar a partir do escritório, em Lisboa (onde se pratica o modelo de hot seat & clean desk), no espaço do cliente ou em fully remote. O passo seguinte é a eliminação dos horários fixos, reforçando a liberdade de escolha e de responsabilidade, possível devido à cultura de avaliação e produtividade existente na companhia.

“As empresas devem preocupar-se menos em garantir se os seus colaboradores trabalham o número de horas comummente definidas das 9h00 às 18h00, até porque, se assim for, o seu rendimento pode estar longe daquele que seria esperado”, defende João Reis Fernandes. “A liberdade de escolha irá garantir uma maior produtividade nas tarefas diárias por dois motivos: os profissionais conhecem melhor do que ninguém as suas dinâmicas e sabem quando é mais vantajoso trabalhar, e depois porque se sentem motivados com a confiança depositada em si pela empresa”.

Trabalhar com o mote “Work-Life Integration”

Estas políticas da tecnológica têm como principal objetivo garantir aos seus colaboradores um bem-estar e felicidade associados ao trabalho, mas também combater o estigma que o ecossistema corporativo tem que ser rígido e pouco descontraído.

“As ligações sociais são fundamentais para uma harmonização nos ambientes profissionais e, como tal, investimos tempo na criação de vínculos sobre temas não diretamente ligados ao trabalho, como o desporto, séries ou viagens”, explica o diretor executivo da Decode. “As interações sociais promovem o sentido de pertença, ao originar conexões entre colegas, deixando-os confortáveis com as pessoas com quem trabalham.”

A liberdade de escolha irá garantir uma maior produtividade nas tarefas diárias por dois motivos: os profissionais conhecem melhor do que ninguém as suas dinâmicas e sabem quando é mais vantajoso trabalharem, e depois porque se sentem motivados com a confiança depositada em si pela empresa.

João Reis Fernandes

Diretor executivo da Decode

Para aprofundar esta sinergia entre a cultura individual e a cultura da empresa, a Decode criou bubbles, que são espaços digitais de partilha sobre diferentes pontos de interesse relacionados com hobbies. Os colaboradores podem escolher aquelas com as quais mais se identificam e, a partir daí, partilharem experiências sobre os temas em questão ou até organizarem iniciativas em conjunto. A estratégia passa pela aproximação de pessoas com interesses comuns, o que a organização acredita que pode fortalecer laços entre os elementos da equipa.

Paralelamente, a tecnológica irá manter iniciativas internas como as “CEO Talks – Ask me Anything”, conversas descontraídas com o diretor executivo, e os “Meet the Team”, em que os colaboradores se apresentam aos colegas.

Mais do que o balanço entre a vida pessoal e profissional, acreditamos que a integração entre estes dois espetros é a fórmula ideal por trazer uma perspetiva mais otimista à forma como encaramos os nossos empregos“, considera o diretor executivo da Decode. “O ‘Work-Life Integration’ pretende que os colaboradores não sintam o trabalho como uma obrigação, mas sim como uma atividade que os motive, com pessoas com as quais se identifiquem e em ambientes confortáveis, seja numa mesa de escritório ou na esplanada de uma praia.”

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