Em nome da sustentabilidade, Chopard deixa de comprar diamantes russos

A decisão enquadra-se na iniciativa Journey to Sustainable Luxury. A marca analisa continuamente as suas cadeias de fornecimento para garantir a aquisição de pedras de origem sustentável.

A marca suíça de joalharia de luxo Chopard anunciou esta terça-feira que “à luz do atual contexto internacional, cessou a compra de diamantes recém-extraídos, de entidades russas sancionadas, com efeito imediato”.

A decisão enquadra-se como parte da sua iniciativa Journey to Sustainable Luxury, de acordo com a qual a marca analisa continuamente as suas cadeias de fornecimento para garantir a aquisição de pedras de origem responsável.

“A Chopard leva muito a sério o seu compromisso com os mais altos padrões de
fornecimento ético e continuará a monitorizar a situação na Rússia para garantir que os seus princípios nunca sejam comprometidos”, pode ler-se no comunicado.

De acordo com a marca, o setor diamantífero passou por transformações muito significativas nos últimos 15 anos. Ao longo deste tempo, o Processo Kimberley tem vindo a eliminar gradualmente os chamados “diamantes de conflito” (ou diamantes de sangue”) do mercado. Este processo “incorpora o acordo de consenso internacional mais bem-sucedido em termos de regulamentação da mineração de diamantes”, diz a marca suíça.

Na mesma linha, o Conselho de Joalharia Responsável também forneceu padrões e códigos de prática eficazes para a auto regulação da indústria.

“Na Chopard, apoiamos e seguimos os princípios de transparência estipulados pelo Kimberley Process Certification Scheme e pelo World Diamond Council System of Warrants. Também implementamos uma iniciativa de autorregulação para todos os fornecedores de diamantes, exigindo que eles se abstenham de comprar ou vender diamantes de conflito, diamantes de fontes suspeitas ou desconhecidas, bem como diamantes de países e regiões que não implementaram a Certificação do Processo Kimberley. Pedras que não cumpram este esquema são imediatamente recusadas”, garantem.

Já em 2020, a marca de joalharia de luxo, que usa ouro 100% ético nas suas peças, deu mais um passo no caminho rumo à sustentabilidade e assinou uma parceira com a Swiss Better Gold Association que visa obter ouro através de mineiros artesanais colombianos. Desde 2018 que a Chopard só usa ouro 100% ético nas suas coleções (relógios e joias).

“Enquanto empresa empresa familiar, a ética sempre foi uma parte importante da nossa filosofia de trabalho”, disse nessa altura Caroline Scheufele, copresidente e diretora criativa da Chopard.

O ouro ético é aquele que vem de minas artesanais, com uma exploração de pequena escala. Estas minas são certificadas e obtêm o selo de qualidade “Fairmined”. Significa que nos processos de extração e transformação do ouro respeitam os direitos humanos, as condições de trabalho e o ambiente. Exploração infantil e o envenenamento por mercúrio são dois dos riscos associados à mineração de ouro, da qual dependem para sobreviver 100 milhões de pessoas no mundo.

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