Quinta de Jugais antecipa faturar 42 milhões com vendas de cabazes de Natal

Os donos da Quinta de Jugais antecipam atingir os 42 milhões de faturação e vender 500 mil cabazes de Natal este ano para vários países. Um destes produtos pode custar 1.600 euros.

Quinta de Jugais1 outubro, 2024

Faltam mais de dois meses para o Natal, mas, no lote 17A da zona industrial de Oliveira do Hospital, as encomendas de cabazes não param de chegar e já se instalou a azáfama para apetrechar um baú ou até uma cesta de viga com vinhos, queijos da Serra da Estrela ou bolachas em caixas de música. Os donos da Quinta de Jugais, os irmãos António e Pedro Martins, esperam vender 500 mil cabazes e faturar 42 milhões de euros este ano.

Foi em 2001 que os dois irmãos começaram a engendrar este negócio inspirados no nome da propriedade da família – Quinta de Jugais –, em plena Serra da Estrela. O pontapé de saída fez-se com um investimento inicial de 5.000 euros nos 1.721 metros quadrados de fábrica e escritórios, e nos mais de 3.000 metros quadrados de área do armazém, na zona da Serra da Estrela. Por aqui os 60 colaboradores já vivem a azáfama de apetrechar estes produtos distribuídos entre Portugal e Angola; entraram neste último mercado em 2007 e o negócio familiar ganhou novo fôlego.

Em 2023 a empresa faturou quase 40 milhões de euros, considerado o melhor ano desde a sua génese, em 2001, que ascendeu aos 50.000 euros. “Para 2024, as previsões apontam para um crescimento de 5%, o que reflete a confiança no potencial do nosso negócio e no fortalecimento das nossas operações”, assinala António Martins.

Para 2024, as previsões apontam para um crescimento de 5%, o que reflete a confiança no potencial do nosso negócio e no fortalecimento das nossas operações.

António Martins

Coproprietário da Quinta de Jugais

Começaram por vender 800 destes cabazes e atualmente comercializam mais de 400 mil, antecipando chegar ao meio milhão este ano. Um destes produtos pode custar entre 12 e 1.600 euros e há cabazes para todos os gostos.

Nestes cabazes não falta o tradicional bacalhau, os queijos da Serra da Estrela, as garrafas de vinho, os chocolates, os enchidos, as bolachinhas ou os típicos doces igualmente “inspirados em receitas tradicionais, que passam de geração em geração”.

Também existem os temáticos em homenagem a diversas regiões portuguesas, como o Cabaz Ilhas ou Cabaz Beiras, além dos premium, gourmet, biológico, vegan, “gift boxes” e garrafeiras. “Todos os anos lançamos uma coleção de cabazes de Natal exclusiva com várias novidades, não só em termos de produtos como também de embalagens”, nota Pedro Martins.

Mas no caso de as empresas não encontrarem a solução pretendida, a nossa equipa cria uma proposta personalizada, de acordo com o seu orçamento, preferência de produtos e embalagem”, completa o irmão António Martins.

Quinta de Jugais1 de outubro, 2024

Os produtos viajam por esse mundo fora numa simples caixa, baú de madeira, mala de viagem, cestos de verga ou em latas temáticas, personalizados com expressões como “Uma entrega especial diretamente do Polo Norte” ou “Acredita na magia do Natal”.

O volume de trabalho intensifica nesta altura do ano de tal forma que a empresa “chega a ter na equipa mais de 400 pessoas” a trabalhar, destaca Pedro Martins.

Cabaz de Natal da Quinta de Jugais1 de outubro, 2024

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CMS Portugal assessora Valmesa na aquisição da P.& I.

A transação foi liderada por Tiago Valente de Oliveira, Sócio da área de Corporate M&A, e incluiu o Associado Francisco Verdelho e o Advogado Estagiário Gonçalo Sampaio.

A CMS Portugal assessorou a empresa espanhola de Avaliação de Imóveis, Valmesa, na sua entrada no mercado português, ao adquirir 100% do capital social da sociedade P.&I. – Propriedade e Investimento Consultores em Investimento Imobiliário Lda, que desenvolve serviços de avaliação imobiliária em Portugal.

A equipa da CMS Portugal que assessorou a Valmesa nesta transação foi liderada por Tiago Valente de Oliveira, Sócio da área de Corporate M&A, e incluiu o Associado Francisco Verdelho e o Advogado Estagiário Gonçalo Sampaio.
A Valmesa é uma empresa espanhola, de Alicante, com sede em Benidorm, cuja atividade principal é a Avaliação de Imóveis.

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Equipa das rádios chega à Medialivre. Pedro Carreira e Francisco Penim lideram o projeto

Com uma equipa de 27 profissionais, a rádio vai ter como diretor executivo Pedro Carreira, também diretor executivo da CMTV. Francisco Penim lidera o lançamento da operação.

A Medialivre começou a receber esta terça-feira os profissionais que transitaram da SBSR e da Rádio Festival, rádios cuja compra o grupo concluiu no final de junho. Em conjunto, avançou Carlos Rodrigues ao +M, são 17 os profissionais que transitam das duas estações para a rádio que o grupo vai lançar. A estes vão juntar-se mais dez colaboradores, estando previsto que o projeto tenha uma equipa de 27 profissionais.

A nova rádio, cujo objetivo é ser lançada ainda este ano, será liderada por Pedro Carreira, também diretor executivo da CMTV. Este, por sua vez, delega em Francisco Penim a instalação e lançamento das rádios, a adequação de grelhas e linguagem, o workflow, a formação profissional e a circulação de conteúdos entre plataformas. Para cada uma destas funções, cabe a Francisco Penim nomear os coordenadores.

A estrutura de direção da rádio foi anunciada por Carlos Rodrigues, numa nota interna ao qual o +M teve acesso. Será mais uma missão exaltante para todos os profissionais das plataformas CM”, descreve o diretor-geral editorial do grupo.

A MediaLivre (ex-Cofina) concluiu o processo de aquisição da Rádio SBSR (frequência 90.4 MHz Lisboa) e da Rádio Festival (94.8 MHz Porto) no final de junho, o que permite ao grupo dono de meios como a CMTV, Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Sábado marcar presença em imprensa, televisão, digital e rádio.

“Há pouco mais de meio ano, quando criámos a Medialivre, anunciámos uma forte aposta na dinamização do setor em Portugal. Estas aquisições, na área da rádio, permitem ao grupo estruturar uma nova oferta, num meio que soube manter-se relevante e que é fundamental no panorama dos media nacionais”, dizia na altura Luís Santana, CEO da Medialivre, citado em comunicado.

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Mais de 3.300 advogados e solicitadores candidatos a tratar pendências de imigrantes

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Pelo menos 3.342 juristas candidataram-se a prestar serviços ao Estado na instrução de processos pendentes de imigrantes.

Pelo menos 3.342 juristas candidataram-se a prestar serviços ao Estado na instrução de processos pendentes de imigrantes, anunciaram esta terça-feira as Ordens dos Advogados e dos Solicitadores e Agentes de Execução.

No caso dos advogados, foram 2.592 candidaturas e há registo de pelo menos 750 solicitadores candidatos ao concurso para “prestação de serviços para a instrução dos processos de concessão de autorizações de residência e renovações de autorização de residência pendentes”, que “estão a ser tramitados pela Estrutura de Missão da AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo)”.

Os candidatos irão agora ser avaliados para confirmar se cumprem os critérios.

Estes serviços, prestados remotamente, serão assegurados por advogados, advogados estagiários ou solicitadores, que “integrarão bolsas e equipas a constituir em função da tipologia dos processos” atribuídos, pode ler-se no concurso.

As diligências administrativas serão pagas, cada uma, a 7,5 euros e cada jurista terá até 200 processos a cargo.

No comunicado em que lançaram o concurso, as duas ordens destacaram “a honra e o privilégio de poder, assim, contribuir para a resolução de um tão grave problema, que afeta atualmente milhares de pessoas”.

No regulamento, a AIMA salvaguarda o risco de incompatibilidades levantado por alguns sindicatos, impondo regras apertadas aos candidatos.

Os prestadores de serviços estão “impedidos de ter quaisquer interesses ou ligações com os processos em tratamento ou com os respetivos requerentes” de modo direto ou indireto, através de sociedades de advogados e colegas com quem partilhem escritório ou com quem “possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais”.

Além disso, os prestadores “ficam também impedidos de prestar aos requerentes qualquer serviço por si, por via da sociedade de que façam parte, por meio de colegas de escritório ou de outros com quem possam ter relações pessoais, familiares ou profissionais, nos 12 meses subsequentes à prestação do serviço”.

Os requisitos para a inscrição serão verificados pelas respetivas Ordens e inclui a “frequência de uma ação de formação prévia, a ser disponibilizada pela Estrutura de Missão para a Recuperação de Processos Pendentes na AIMA”.

Em 5 de março, foram celebrados acordos entre a AIMA e as duas ordens, mas só agora é que o protocolo foi concretizado.

O período de candidaturas terminou na segunda-feira.

No final de 2023, as autoridades portuguesas estimavam em 400 mil o número de imigrantes com processos pendentes.

Em junho, o Governo alterou a lei de estrangeiros, impondo novas restrições, entre as quais o fim das manifestações de interesse, um recurso que permitia a um cidadão estrangeiro, com visto de turista, iniciar em Portugal o seu processo de regularização.

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Operação Fizz: Ex-procurador Orlando Figueira alvo de mandado para cumprir pena

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

O ex-procurador Orlando Figueira, condenado em 2018 por corrupção, branqueamento de capitais e outros crimes no processo "Operação Fizz", foi alvo de um mandado de cumprimento de pena de prisão.

O ex-procurador Orlando Figueira, condenado em 2018 por corrupção, branqueamento de capitais e outros crimes no processo “Operação Fizz”, foi alvo de um mandado de cumprimento de pena de prisão, confirmou esta terça-feira à agência Lusa fonte judicial.

A mesma fonte adiantou que o mandado de cumprimento de pena pedido pelo Ministério Público (MP) foi validado por uma juíza do Juízo Central de Lisboa, estando os trâmites do mandado a serem executados.

A informação de que o antigo magistrado do Departamento Central e Investigação e Ação Penal (DCIAP) estava na iminência de ir para a cadeia foi avançada na segunda-feira à noite pelo Observador, que descreveu os vários recursos e outros incidentes processuais suscitados pela defesa de Orlando Figueira que fizeram evitar durante anos que a condenação a seis anos e oito meses de prisão efetiva transitasse em julgado.

Contactada a advogada de Orlando Figueira, Carla Marinho mostrou-se surpreendida com a informação de que havia um mandado de condução à prisão e alegou que “há um recurso pendente”, considerando que “não há trânsito em julgado” da sentença.

A fonte judicial contactada pela Lusa contrapôs que o recurso pendente “não tem efeitos suspensivos”, pelo que não trava o mandado de cumprimento da pena visando Orlando Figueira.

Porém, Orlando Figueira, conforme recorda o Observador, chegou a ir para o Estabelecimento Prisional de Évora (que acolhe reclusos que exerceram funções em forças de segurança ou pessoas que necessitam de especial proteção) em fevereiro passado, tendo sido libertado três dias depois por estar ainda pendente um recurso no Tribunal Constitucional.

Orlando Figueira foi condenado, em dezembro de 2018, pelo Tribunal Criminal de Lisboa, a uma pena de prisão efetiva de seis anos e oito meses por corrupção, branqueamento de capitais, violação de segredo de justiça e falsificação de documento, tendo sido dado como provado que recebeu mais de 760 mil euros do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, em troca de favores nos processos que visavam o então governante angolano no DCIAP.

A acusação do Ministério Público português contra Manuel Vicente por corrupção ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documento foi separada dos autos da Operação Fizz e enviada para as autoridades judiciárias de Angola, onde, volvidos anos, o caso está ainda numa fase embrionária.

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Casa do Impacto financia startups com 10 mil euros para responder aos desafios ambientais

Uma solução de vermicompostagem, uma plataforma de retalho online e uma solução para o setor da habitação são os vencedores da 3.ª edição do programa de aceleração Triggers.

A Humiverso, a RA-RO e a Digna Engenharia foram as três startups vencedoras da 3.ª edição do Triggers, programa de aceleração da Casa de Impacto que visa apoiar startups com soluções inovadoras para responder aos desafios ambientais. Ao todo, as startups receberam 10 mil euros de financiamento.

Trata-se de “um cohort que reflete uma visão clara sobre como transformar desafios ambientais em oportunidades. Os projetos finalistas trazem uma energia renovada ao ecossistema da sustentabilidade, ajudando-nos a delinear um caminho para um futuro mais sustentável e promissor através das suas soluções”, diz Nuno Comando, head of programs, investment & communications da Casa do Impacto, citado em comunicado.

A Humiverso — que desenvolve máquinas modulares que transformam resíduos orgânicos em fertilizante orgânico, através da utilização de vermicompostagem com minhocas” — foi a vencedora, tendo a startup de Pedro Carvalho e Rafael Crisóstomo recebido um prémio de 5.000 euros.

“A sua abordagem inovadora de vermicompostagem e descentralização do tratamento de resíduos é um exemplo claro do potencial transformador que procuramos no Triggers. A sua solução não só responde a um problema ambiental urgente, como também tem a capacidade de ser replicada e escalada, com potencial de impacto concreto”, diz Nuno Comando.

A RA-RO ganhou o segundo lugar, tendo recebido um prémio de 3.000 euros, além de incubação e mentoria, com a sua”plataforma de retalho online que foca na preservação da herança de produção artesanal, biodiversidade e técnicas de produção ancestrais, oferecendo produtos selecionados através de curadoria”. A equipa é composta por Luís Serra, Tiago Reis e Sérgio Carvalho.

A Digna Engenharia ficou em terceiro lugar, arrecadando 2.000 euros, bem como incubação e mentoria. Liderado por Evelin Mello, o projeto “apresenta uma solução tecnológica social para o setor da habitação, com foco no desenvolvimento de comunidades sustentáveis e na prestação de serviços que abordam questões habitacionais complexas.”

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Presidente do Turismo de Portugal destaca “importância do Alojamento Local fora das grandes cidades”

No primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal, Carlos Abade reforça que "é incontornável a importância do Alojamento Local na oferta da atividade turística em Portugal".

Portugal não é só Porto e Lisboa e o presidente do Turismo de Portugal considera que o “Alojamento Local (AL) contribui para atrair e fixar turistas nacionais e estrangeiros em outras localizações“. Carlos Abade reforça que o setor tem um “papel fundamental” para combater a regionalização.

“O desafio que Portugal tem é estender o turismo ao longo de todo o ano, mas também ao longo de todo o território. Sabemos a importância que o Alojamento Local tem fora das grandes cidades”, afirma Carlos Abade no primeiro congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal (ALEP), que decorre esta terça e quarta-feira na Alfândega do Porto. Para o presidente do Turismo de Portugal “este é tipo de oferta turística que permite a retenção dos turistas nesses locais”, numa altura que a taxa extraordinária sobre o Alojamento Local foi revogada.

O presidente do Turismo Porto e Norte, Luís Pedro Martins, recorda que “não existem hotéis em todo o lado” e que “existem concelhos na região Norte que não conseguiam reter turistas se não fosse o Alojamento Local”, numa altura que o turismo bateu recordes e já ultrapassou os níveis pré-pandemia.

Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, dá exemplos práticos e recorda que “se não fosse o Alojamento Local não existia a capacidade turística em Mafra e Ericeira”.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, contabiliza que a região algarvia “tem 40 mil registos de Alojamento Local” e reitera que este tipo de alojamentos são uma ferramenta para “potenciar o interior” e dar ao conhecer aos turistas que o Algarve não é só sol e praia”.

O ano passado, o peso do alojamento local nas dormidas nacionais rondou os 42%, ao invés dos 15%, reportados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor representa uma diferença de 36,3 milhões de dormidas face ao valor real, de acordo com o estudo “A Perceção do Valor do Turismo em Portugal”, apresentado esta terça-feira no congresso nacional da Associação do Alojamento Local em Portugal.

“É incontornável a importância do Alojamento Local na oferta da atividade turística em Portugal”, conclui Carlos Abade, que sucedeu a Luís Araújo o ano passado.

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Governo aprova financiamento de 83 milhões para 22 projetos de hidrogénio renovável

  • Capital Verde
  • 1 Outubro 2024

22 projetos vão ter um financiamento comunitário de 83 milhões de euros e vão contribuir em grande parte para atingir a meta de capacidade adicional instalada que está prevista para 2026.

O Ministério do Ambiente e Energia, através do Fundo Ambiental, aprovou 22 projetos para a produção de hidrogénio renovável. Estes projetos têm um financiamento 83 milhões de euros disponibilizados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

As 22 candidaturas aprovadas vão permitir alcançar uma capacidade total de 178,5 megawatts (MW) na produção de hidrogénio e de outros gases renováveis, contribuindo desta forma para a meta de 200 MW de capacidade adicional instalada, prevista até ao primeiro trimestre de 2026.

As iniciativas que beneficiam deste financiamento abrangem diferentes tecnologias e setores, desde a produção de hidrogénio a partir de fontes renováveis até à sua utilização nos transportes e na indústria. O objetivo, lê-se na nota de imprensa, é colocar Portugal na vanguarda deste setor.

“Com este investimento, estamos a dar um passo decisivo para a transição energética em Portugal, promovendo a produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis, que são essenciais para a descarbonização de diversos setores da economia”, afirma a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, citada num comunicado enviado esta terça-feira às redações.

 

 

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Carlos Moedas: “O PRR está a falhar aos autarcas”

Autarca de Lisboa acusa IHRU de reter verbas dos fundos europeus. Teme ainda que não aprovação do Orçamento do Estado terá “consequências seguramente graves” na execução do PRR.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moeda, acusou o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) de estar a reter verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e admite a possibilidade de as autarquias do país terem de devolver dinheiro à Europa por atrasos na chegada das verbas que permitiriam avançar com a construção e entrega de casas até 1 de junho de 2026.

“Como autarca, sinto que algo está a falhar no PRR, e o que está a falhar é que sou eu, como autarca, que tenho de estar a avançar montantes que não devia estar a avançar, [porque] são dinheiros europeus”, afirmou, durante uma conferência realizada esta terça-feira pela Rádio Renascença, em Lisboa.

“Sinto-me desiludido em relação ao PRR, como autarca”, afirmou Moedas, referindo que, dos 560 milhões de euros assinados com a Europa, mais de um quinto está já inscrito no orçamento de 2024 da câmara, mas é dos cofres da autarquia que essa verba está a sair. “Em mais de 100 milhões de euros do PRR para habitação que temos no orçamento, só recebemos dez milhões, e isto é grave, porque quer dizer que são os lisboetas que têm de estar a avançar com o dinheiro, e Lisboa precisa desse dinheiro para a cidade”, alertou o autarca da capital.

A situação pode mesmo resvalar para uma situação de incumprimento involuntário da autarquia, levando-a a ter de devolver a Bruxelas verbas que o Governo venha a desbloquear demasiado tarde, alertou. Ora, explica, o bloqueio, que já era existente desde o anterior Governo, reside “nesta relação sempre difícil do dinheiro que chega da União Europeia e depois é distribuído pelas instituições locais, neste caso, o IHRU”. Assim, acusa “há nitidamente um bloqueio que vinha de trás no IHRU e esse bloqueio, pelos vistos, continua”, acusa.

O antigo comissário europeu apresenta ainda um problema que antevê: “Imagine que há uma casa que construímos, mas no dia 1 de junho de 2026 ainda não está completamente pronta, com as pessoas lá dentro, então é a câmara que fica a dever à Europa. Ou seja, temos que devolver o dinheiro, tudo aquilo que recebemos. Isto é um risco enorme para as autarquias. O Governo tem que nos garantir que isso não vai acontecer, porque se não a autarquia fica sem capacidade financeira. Vamos ter que devolver a totalidade do dinheiro quando a data se está a aproximar e quando nós não estamos a receber?” São, diz o social-democrata, “atrasos preocupantes”, embora frise que o Governo de Luís Montenegro “está a fazer um grande esforço e este bloqueio já vinha de anteriormente, mas agora temos que o resolver”.

Sinto-me desiludido em relação ao PRR, como autarca.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Moedas apela ao PS para que viabilize OE do lado “dos moderados”

As preocupações do autarca com a não execução atempada do PRR aprofundam-se perante a possibilidade de chumbo do Orçamento do Estado para 2025 na Assembleia da República. Na pista nacional, Carlos Moedas vê “perigo” na não aprovação do Orçamento: “Um dos maiores perigos de não se aprovar o Orçamento é que começamos a aproximar-nos do fim. O PRR é até junho de 2026. Se temos aqui uma situação de não Orçamento, isto ainda piora e é muito grave para o país”, avisa.

Ao ECO/Local Online, Carlos Moedas, que se congratula por já ter aprovado três orçamentos autárquicos em minoria, apela ao Partido Socialista para que se junte do lado “dos moderados”.

“Neste momento, as câmaras já estão a avançar com o dinheiro. Imaginem o que será esta situação sem aprovação do Orçamento do Estado. Esta situação pode ser muito mais grave”, afirma.

“Foi o Partido Socialista, na altura o primeiro-ministro António Costa, que insistiu muito com a União Europeia para que houvesse uma mutualização da dívida na Europa para o que era o PRR. Nós estivemos nessa luta europeia para que isto acontecesse. Seria inexplicável agora que, aquilo que todos queremos, não acontecesse, porque o Orçamento não é aprovado. Daí, mais uma razão para que o PS esteja do lado da razão, que é o lado daquilo que todos nós queremos, que é um Orçamento do Estado aprovado. Se não, as consequências serão seguramente graves”, prevê Moedas.

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Mercado de trabalho estável. Desemprego mantém-se em 6,4% em agosto

  • Lusa
  • 1 Outubro 2024

Taxa de desemprego fixou-se em 6,4% no oitavo mês do ano, é o mesmo valor que o registado há um ano, o que sinaliza que o mercado de trabalho está estável.

A taxa de desemprego situou-se em 6,4% em agosto, 0,1 pontos percentuais abaixo da de julho e igual à do mesmo mês de 2023, segundo dados provisórios divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“A taxa de desemprego situou-se em 6,4%, valor inferior ao do mês anterior (0,1 pontos percentuais), mas igual ao de três meses antes e ao de um ano antes“, avança o INE nas “Estimativas Mensais de Emprego e Desemprego”.

Segundo detalha o instituto estatístico, em agosto, a população desempregada (347,7 mil) “diminuiu em relação ao mês anterior (0,4%), mas aumentou em relação a três meses antes (0,3%) e a um ano antes (1,8%)”.

O INE divulgou também hoje as estimativas definitivas do emprego e desemprego relativas ao mês de julho, tendo revisto em alta a taxa de desemprego desse mês para 6,5% (6,2% nas estimativas provisórias), valor igual ao de junho, superior em 0,2 pontos percentuais ao de abril de 2024 e em 0,1 pontos percentuais ao de julho de 2023.

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Riscos globais crescentes são ameaça para PME

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

O futuro das PME depende da sua capacidade de enfrentar desafios de forma proativa e integrada, garantindo que todos os cidadãos possam prosperar mesmo em tempos de crise.

O mundo enfrenta um crescendo alarmante de crises globais, com riscos interligados que se intensificam a cada dia. Como podemos compreender a magnitude do desafio? Devemos ter como ponto de partida estudos ou eventos concretos?

O Global Risks Report 2024, publicado pelo World Economic Forum, pode servir como introdução a uma análise abrangente aos desafios globais. À medida que eventos extremos e mudanças climáticas moldam o nosso futuro, a necessidade de ação coordenada torna-se mais premente.

O impacto das alterações climáticas

Um exemplo marcante das consequências das alterações climáticas é o ciclone Idai, que devastou Moçambique em março de 2019, deixando um rastro de destruição. Este tipo de evento extremo não é isolado. Fenómenos naturais, como as cheias que afetaram Lisboa no final de 2022 e a persistente seca no interior e sul de Portugal, são sinais de uma realidade mais ampla de riscos interligados. A crise da água, agravada por secas e desastres naturais, coloca em risco a segurança hídrica de várias regiões.

Além disso, a crescente onda de cibercrimes ameaça tanto as empresas quanto os cidadãos comuns, revelando uma fragilidade na segurança digital.

Os riscos ambientais continuam a dominar o panorama global, com especialistas a apontarem para uma perda crescente de biodiversidade e um aumento da frequência de desastres naturais, como as erupções vulcânicas em La Palma e no Etna, que evidenciam a vulnerabilidade do nosso planeta.

Riscos emergentes e desafios estruturais em Portugal

O Global Risks Report 2024 revela que Portugal enfrenta uma série de riscos significativos, começando pela inflação, seguida pela crise do custo de vida, a crise da dívida, choques severos nos preços das mercadorias e estagnação económica prolongada. Enquanto os fenómenos climáticos e as tensões geopolíticas definem o contexto global, é a dimensão económica que pesa mais sobre o nosso país.

  • Inflação persistente: A inflação continua a ser uma preocupação central em todo o mundo, resultante de crises geopolíticas, interrupções nas cadeias de abastecimento e políticas monetárias restritivas. Em Portugal, esta realidade pressiona as famílias, dificultando o acesso a bens essenciais.
  • Crise do custo de vida: A combinação de preços elevados e estagnação salarial tem levado ao aumento da pobreza e desigualdade, exigindo uma resposta imediata das autoridades. A crise do custo de vida, considerada um risco societal, revela-se profundamente interligada com os problemas económicos.
  • Crise da dívida: A elevada carga da dívida pública e privada limita a capacidade de investimento em áreas fundamentais, como saúde, educação e infraestrutura, afetando a confiança dos cidadãos nas instituições.
  • Choques nos preços das mercadorias: a volatilidade nos preços das mercadorias, especialmente nos setores energético e alimentar, impacta diretamente a inflação e a qualidade de vida das populações. A dependência das importações torna Portugal particularmente vulnerável.
  • Estagnação económica prolongada: os riscos económicos interligados podem resultar numa estagnação prolongada da economia portuguesa, dificultando a recuperação e o crescimento. Esta incerteza torna complicado para empresas e cidadãos planearem o futuro.

Um futuro incerto e a necessidade de ação coletiva

Diante desta realidade, o relatório sublinha a importância de preparar Portugal para os riscos emergentes e a urgência de uma resposta coordenada entre o governo, o setor privado e a sociedade civil. Como afirmava Saadia Zahidi, Managing Director do World Economic Forum: “Os líderes globais devem unir-se para enfrentar as crises de curto prazo e estabelecer as bases para um futuro mais resiliente.”

Além das ações globais, a resposta a esses desafios requer um foco em soluções locais. Campanhas de literacia digital podem ajudar a combater a desinformação, enquanto o investimento em tecnologias climáticas é essencial para acelerar a transição energética. Os cidadãos, empresas e governos devem agir de forma integrada para mitigar os riscos e garantir um futuro seguro.

Uma responsabilidade coletiva

À medida que olhamos para o futuro, torna-se claro que a capacidade de resposta a estes riscos não é apenas uma questão de resiliência individual, mas uma responsabilidade coletiva. O Global Risks Report 2024 é um chamado à ação, um apelo para que todos os setores da sociedade se mobilizem na construção de um Portugal mais forte e mais seguro. A estabilidade e o bem-estar da sociedade portuguesa dependem da nossa capacidade de enfrentar os desafios de forma proativa e integrada, garantindo que todos possam prosperar, mesmo em tempos de crise.

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Gestão de Risco: PME e seguradoras uma aliança estratégica

  • SegurosPME
  • 1 Outubro 2024

Com estratégias adequadas e um apoio especializado, as PME podem navegar de forma mais segura nas incertezas do futuro, transformando riscos em oportunidades estratégicas.

O sucesso das empresas, independentemente da sua dimensão, está cada vez mais ligado à capacidade de antever e mitigar riscos. No contexto das Pequenas e Médias Empresas (PME), esta necessidade torna-se particularmente premente. A globalização e a digitalização ampliaram as oportunidades de negócio, mas também expuseram as PME a um ambiente de incertezas sem precedentes.

Atualmente, é imperativo que as PME desenvolvam um processo contínuo de monitorização dos múltiplos fatores de risco que podem ameaçar a sua sustentabilidade. Estes riscos podem ser operacionais, financeiros, tecnológicos, regulatórios ou de mercado, e têm o potencial de provocar danos significativos.

No entanto, os obstáculos que as PME enfrentam nesta jornada são evidentes. Enquanto as grandes empresas podem contar com equipas especializadas em análise de risco, muitas PME lidam com limitações financeiras e humanas que dificultam a implementação de estruturas equivalentes.

A ausência de recursos dedicados não deve, porém, ser uma desculpa para negligenciar uma área que, cedo ou tarde, se revela crítica. Ignorar a gestão de risco pode deixar estas empresas vulneráveis a choques externos, desde crises económicas a ciberataques ou alterações súbitas na regulação.

Um plano robusto de gestão de risco não só permite minimizar perdas, mas também identificar oportunidades. Gerir riscos não se resume a evitar o negativo; trata-se também de explorar o potencial positivo que advém de uma maior resiliência e capacidade de adaptação. Um exemplo prático é o caso de uma pequena empresa agrícola que, ao diversificar a sua produção e implementar técnicas de cultivo sustentáveis, conseguiu não só sobreviver a períodos de seca severa, mas também capitalizar sobre a crescente procura por produtos ecológicos. As PME que consigam integrar esta abordagem nas suas operações diárias estarão, assim, posicionadas para crescer de forma sustentável, mesmo num cenário de crescente volatilidade.

Num mundo em constante mudança, a capacidade de adaptação e a gestão eficaz de riscos não são apenas diferenciais competitivos, mas sim condições essenciais para a sobrevivência e o sucesso a longo prazo das PME. A adoção de uma cultura de gestão de risco poderá, em última análise, ser o fator determinante que distingue as empresas que prosperam daquelas que sucumbem perante a adversidade. Num ambiente empresarial em que a resiliência é mais importante do que nunca, as PME têm a responsabilidade de se preparar para o inesperado, e transformar os desafios em oportunidades de inovação e crescimento.

Não subestime riscos numa cultura em mudança

Apesar dos crescentes desafios, muitos empresários ainda tendem a subestimar os riscos que enfrentam. Em muitos casos, deve-se à perceção de que, por serem de menor dimensão, estão menos expostos a determinadas ameaças, como fraudes financeiras ou ataques cibernéticos. No entanto, esta perceção pode ser perigosa. De acordo com o estudo “A Visão das Empresas Portuguesas sobre os Riscos 2024“, realizado pela Marsh Portugal, muitos empresários em Portugal continuam a subestimar os riscos que enfrentam, sobretudo na área da cibersegurança. O relatório revela que, apesar da crescente consciencialização sobre ciberataques, as medidas de proteção implementadas são frequentemente inadequadas. Além disso, a inflação e a estagnação económica surgem como outros riscos significativos que preocupam as PME, mas nem sempre recebem a devida atenção estratégica.

O número crescente de incidentes de cibersegurança, por exemplo, demonstra que até os pequenos negócios estão na mira dos atacantes. O impacto de um ciberataque numa PME pode ser devastador, resultando em perda de dados sensíveis, interrupções nas operações e, em casos extremos, até no encerramento do negócio.

Em 2024, o aumento do número de incidentes de cibersegurança é uma preocupação crescente, conforme indicado por vários relatórios. O relatório Allianz Risk Barometer 2024 revela que eventos cibernéticos se tornaram o principal risco global para os negócios, refletindo a natureza cada vez mais interconectada e digitalizada das operações empresariais. De acordo com o estudo, 35% dos líderes empresariais destacaram os ataques cibernéticos como a maior ameaça, um aumento significativo em relação aos anos anteriores​.

Esses dados evidenciam que as empresas devem focar-se em estratégias de resiliência cibernética e a proteção de seus dados para se prepararem para um cenário em que as ameaças digitais continuarão a evoluir.

A questão do custo também pesa fortemente nas decisões empresariais. A implementação de medidas de segurança, contratação de seguros ou adoção de políticas de conformidade com regulamentações são frequentemente vistas como um encargo financeiro difícil de suportar. No entanto, os danos financeiros que advêm da falta de preparação podem ser incomparavelmente maiores. O investimento preventivo, por mais dispendioso que pareça à partida, tende a compensar quando comparado com as consequências financeiras de um risco que se concretiza.

O papel fundamental das seguradoras

As seguradoras assumem um papel fundamental, tanto como fornecedoras de apólices, como também como parceiras estratégicas na educação e preparação das PME. A relação entre as pequenas empresas e as seguradoras deve ser encarada como uma aliança que beneficia ambas as partes. Muitas seguradoras oferecem, além das apólices tradicionais, serviços adicionais como consultoria em gestão de risco e auditorias preventivas. Estas ferramentas permitem às PME identificar e mitigar potenciais ameaças antes que estas se transformem em crises, ajudando a reduzir a ocorrência de sinistros e, consequentemente, a manter os prémios de seguro mais acessíveis.

Um exemplo relevante desta colaboração estratégica é o desenvolvimento de apólices específicas para riscos cibernéticos, que estão em crescimento acelerado devido à digitalização dos negócios. A pandemia impulsionou esta digitalização, expondo ainda mais as PME a vulnerabilidades no mundo virtual.

Apólices focadas na proteção contra ciberataques oferecem às PME uma rede de segurança vital, cobrindo desde perdas de dados até interrupções operacionais e contingências legais que podem surgir de um incidente de grande escala.

Crie um caminho sustentável

Para que esta relação entre PME e seguradoras seja verdadeiramente produtiva, é essencial que as pequenas e médias empresas adotem uma visão estratégica sobre a gestão de risco, encarando-a não como um custo adicional, mas como um investimento fundamental para a sua longevidade. Ao mesmo tempo, as seguradoras devem continuar a desenvolver produtos flexíveis e acessíveis, ajustados às necessidades e capacidades financeiras das PME.

A capacidade de prever, gerir e mitigar riscos é determinante para a continuidade dos negócios em tempos de incerteza crescente. As PME que adotam uma abordagem proativa à gestão de risco colocam-se numa posição mais forte para enfrentar adversidades, enquanto as seguradoras que as apoiam neste processo garantem a viabilidade dos seus próprios modelos de negócio. Neste jogo, todos ganham: as empresas protegem-se contra perdas catastróficas, e as seguradoras fortalecem a sua base de clientes, criando uma relação de confiança e benefício mútuo.

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