Franceses vendem lote de 570 casas arrendadas por mais de 100 milhões

Tikehau comprou milhares de habitações à banca há quatro anos. Agora este fundo francês colocou à venda parte delas com um valor de mercado acima dos 100 milhões de euros.

Os franceses da Tikehau colocaram à venda um lote de cerca de 570 casas que se encontram arrendadas e que têm um valor de mercado na ordem dos 117 milhões de euros, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO junto de fonte do mercado.

O processo está a ser conduzido pela consultora imobiliária CBRE, que não respondeu às questões colocadas pelo ECO por dever de confidencialidade.

Com esta operação, designada “Project Nest”, a Tikehau procura realizar um importante encaixe financeiro com a alienação de uma parte dos imóveis de habitação que adquiriu aos bancos portugueses há mais de quatro anos.

Em 2021, Novobanco, Caixa Geral de Depósitos (CGD), Banco Montepio, BCP e Santander Totta venderam uma carteira de mais de quatro mil casas ao fundo francês (em consórcio com a Albatross), na sua maioria localizadas em Lisboa, Porto e Setúbal, por mais de 300 milhões de euros.

Estes imóveis estavam parqueados em dois fundos de investimento imobiliário para arrendamento habitacional (FIIAH) — o fundo Solução Arrendamento e o fundo Arrendamento Mais — que haviam sido criados no âmbito de um projeto do Governo de Passos Coelho para a criação de um “mercado social de arrendamento”, em 2015.

Na altura, os bancos transferiram centenas de imóveis para os dois fundos e, em troca, receberam unidades de participação desses fundos. Anos mais tarde, em 2021, venderam estes ativos à Tikehau.

Agora, o fundo francês selecionou um conjunto de 570 habitações (todas arrendadas) num pacote que poderá representar um encaixe de cerca de 100 milhões de euros, praticamente um terço do montante que investiu há quatro anos. O comprador tirará partido do rendimento que o portefólio consegue gerar com as rendas pagas pelos inquilinos.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 14 Maio 2025

Entra em vigor a suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entre os EUA e a China. Por cá, o INE vai divulgar dados da construção e o Índice de Custo do Trabalho.

Esta quarta-feira entra em vigor a suspensão por 90 dias da maioria dos direitos aduaneiros entre os Estados Unidos e a China. Por cá, o INE vai divulgar dados da construção e o Índice de Custo do Trabalho. A dona da bolsa de Lisboa, a Euronext, vai ainda publicar os resultados do primeiro trimestre do ano. A marcar o dia está ainda o leilão de Obrigações do Tesouro do IGCP.

Suspensas por 90 dias tarifas entre China e EUA

Esta quarta-feira, começa a pausa de 90 dias entre os Estados Unidos e a China na sua guerra tarifária. Assim, os EUA vão reduzir temporariamente as suas tarifas sobre os produtos chineses de 145% para 30%, enquanto a China reduzirá as tarifas sobre as importações americanas de 125% para 10%. Ambos os lados reconhecem “a importância de uma relação económica e comercial sustentável, de longo prazo e mutuamente benéfica”. Os dois lados concordaram também em estabelecer “um mecanismo para continuar as discussões sobre as relações económicas e comerciais”.

Como evolui o setor da construção?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar as estatísticas dos índices de produção, emprego, remunerações na construção relativos a março. A atividade no setor da construção cresceu no arranque do ano, mas abrandou o ritmo de crescimento. Produção, emprego e remunerações registaram taxas de subidas inferiores às registadas no mês anterior. O índice de produção na construção aumentou 2,1% em janeiro, menos 2,5 pontos percentuais que no mês anterior.

Euronext divulga resultados

Esta quarta-feira, a dona da bolsa de Lisboa, a Euronext, vai publicar os resultados do primeiro trimestre do ano. Em 2024, Euronext teve um recorde de lucros de 585,6 milhões de euros, o que representou uma subida de 14% em relação ao ano anterior. O crescimento de receitas do grupo bolsista também foi a dois dígitos (+10,3%) em 2024, para os 1.626,9 milhões de euros, o que a empresa liderada por Stéphane Boujnah justifica com um “perfil de receitas diversificado”.

Quanto subiu o custo das empresas com salários?

O INE vai também divulgar esta quarta-feira os dados do primeiro trimestre do Índice de Custo do Trabalho. Em 2024, os custos suportados pelas empresas com os salários dos seus trabalhadores subiram 8,2% em comparação com 2023. O custo médio por trabalhador aumentou 6,4%, ao mesmo tempo que o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador diminuiu 1,6%, acrescenta o gabinete de estatísticas.

IGCP volta ao mercado com leilão de obrigações do Tesouro

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública vai realizar esta quarta-feira leilões de Obrigações do Tesouro a cerca de sete e 20 anos com um montante indicativo global entre 1.000 milhões de euros e 1.250 milhões de euros. O IGCP não realizou este ano leilões de Obrigações do Tesouro com maturidades de cerca de sete e de 20 anos. No mais recente leilão, o IGCP colocou 1.047 milhões de euros, abaixo do montante global máximo indicativo, em Obrigações do Tesouro a cinco e a 12 anos às taxas de juro de 2,347% e 3,416%, respetivamente.

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Pingo Doce começa a vender online e ‘larga’ Mercadão

Lisboa e Porto são as primeiras zonas do país onde será possível fazer compras a partir do 'site' do Pingo Doce, mas cadeia tem plano "agressivo" de expansão.

A Jerónimo Martins está a apostar no comércio eletrónico e arranca já esta quarta-feira com o Pingo Doce Online, reentrando passado quase uma década num segmento onde já operam concorrentes como o Continente ou a Auchan. Lisboa e Porto são as primeiras regiões a poder fazer compras no site do retalhista alimentar, mas há planos de expansão a outras zonas do país.

Depois de em 2003 ter fechado o primeiro supermercado online do país, nos últimos sete anos o Pingo Doce operava no comércio eletrónico através de uma parceria com o Mercadão. O marketplace detido pela Glovo disponibilizava um sortido de produtos da cadeia e assegurava as entregas em casa, em algumas zonas do país. Agora a marca avança para um contacto direto com os clientes através do site da cadeia.

Francisco Soure justifica a decisão. “Embora a colaboração com o Mercadão tivesse sido uma incursão nas vendas online que nos possibilitou dar acesso a compras com comodidade, percebemos que dar aos nossos clientes uma plena experiência online de compra no Pingo Doce não seria possível com recurso a terceiros”, explica o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Francisco Soure, diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

“Assumimos com a nossa loja online o compromisso de proporcionar a plena experiência Pingo Doce, que se traduz em três vetores: o acesso a um serviço de produtos frescos de excelência, a disponibilização de toda a dinâmica promocional na compra online, e a inclusão de todos os benefícios e personalização que são pergaminhos do programa de fidelização O Meu Pingo Doce”, continua. “Para estar à altura deste compromisso, garantindo a coerência entre a compra presencial e online, era fundamental ter um canal próprio, no qual temos a total autonomia para moldar e gerir a forma como nos relacionamos com os nossos clientes”, reforça.

Arranque faseado em regiões…

A mudança será faseada, mas começa já a ser visível esta quarta-feira, dia 14. O serviço de compras online começa a ser disponibilizado no site do retalhista alimentar à medida que é descontinuada a parceria com o Mercadão. “A opção por disponibilizar o serviço de forma faseada prende-se com o nosso foco em garantir que damos passos seguros, sabendo que a entrada neste canal pressupõe uma curva de aprendizagem”, justifica o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Assim, no arranque “o serviço assegurará a cobertura da maioria do território das cidades de Lisboa e do Porto, sendo que pretendemos assegurar durante as primeiras duas semanas a cobertura total destas áreas metropolitanas”, descreve. “Em seguida, e sempre em função da capacidade de assegurar os patamares de qualidade de serviço que ambicionamos, teremos um plano de expansão agressivo que disponibilizará o serviço progressivamente em função da procura em cada território”, assegura Francisco Soure.

Assumimos com a nossa loja online o compromisso de proporcionar a plena experiência Pingo Doce (…) Para estar à altura deste compromisso, garantindo a coerência entre a compra presencial e online, era fundamental ter um canal próprio, no qual temos a total autonomia para moldar e gerir a forma como nos relacionamos com os nossos clientes.

Francisco Soure

Diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce

Para o serviço de entregas ao domicílio, prevemos ter cobertura dos principais focos de procura (centros urbanos e destinos de férias) no território continental durante o início do verão — embora, repito, sempre dependente da capacidade de o fazermos garantindo a excelência na experiência de compra. Nessa altura, garantiremos a cobertura nacional com o serviço de Click & Collect, permitindo a todos os clientes fazer compras online e recolher em loja“, continua.

“O alargamento do serviço de entrega estará sempre dependente de uma avaliação cuidada da existência de uma procura suficiente que permita ter uma operação com garantias de qualidade e sustentável, que faremos com tempo”, ressalva Francisco Soure.

Estender o serviço à Madeira e Açores é algo que cadeia está “a trabalhar”. “Atendendo às especificidades regulamentares e operacionais das regiões, contamos que aconteça ainda no decurso do ano corrente”, aponta.

…e no sortido

Tendo ainda em mente “a curva de aprendizagem”, o serviço arranca com um “lote de sortido selecionado, coerente com o que podemos encontrar em muitas das nossas maiores lojas, desenhado para maximizar a resposta à procura e expectativas dos nossos clientes”, diz Francisco Soure, sem avançar um número de referências.

“Com o tempo, a loja evoluirá de forma a fazer corresponder a sua oferta de uma forma global, e não apenas em termos de sortido, às necessidades dos nossos clientes em cada zona do país”, diz.

Imagens do site com sortido.

Finda a relação com o até aqui parceiro logístico Mercadão — nesta nova fase a Glovo “entendeu não continuar neste modelo, continuando com a relação no Quick Commerce” —, as entregas em casa “serão asseguradas por um parceiro, com o qual trabalhamos em estreita colaboração“, adianta Francisco Soure, sem revelar nomes. “O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, que tem formação específica em produtos frescos e atendimento”, detalha o diretor de Inovação e Digital do Pingo Doce.

Quanto aos prazos de entrega das compras ao domicílio — “tema de extrema importância para nós e sabemos que também é para o cliente” —, a cadeia está a dimensionar a capacidade de resposta para que possam assegurar “entregas no próprio dia, com um mínimo de três horas de antecedência (embora admitamos que em picos de procura tal possa não ser sempre possível)”, estando a “trabalhar para assegurar entregas numa janela de uma hora”.

Cartão de débito, crédito ou MBWay são os métodos de pagamento disponíveis, mas “a breve prazo” querem estender ao Apple Pay e Google Pay.

Francisco Soure não revela o investimento feito pelo retalhista neste projeto — “mais do que o investimento financeiro, que nunca é de desvalorizar, esta aposta representou um enorme investimento das nossas equipas” — que vinha a ser desenvolvido há cerca de um ano, exigindo uma “enorme envolvimento e dedicação a todos os níveis no Pingo Doce”.

“Para assegurar a concretização contámos com o apoio de um parceiro de implementação principal, suportado por uma rede de outros parceiros com uma enorme disponibilidade, como são exemplo o nosso parceiro logístico e o nosso parceiro de POS”, diz ainda sem adiantar nomes.

Imagens do site com sortido.

Com esta mudança, nesta fase de arranque está prevista “uma comunicação direcionada a clientes, de acordo com a sua localização”, adianta Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce, quando questionada sobre se estaria prevista alguma campanha de comunicação em torno do novo projeto.

Ao nível de promoções, os clientes da loja online vão ter a mesma experiência da loja física. Ou seja, “terão acesso a todas as promoções e campanhas que podem encontrar na loja física, isto também se aplica às grandes campanhas que fazemos ao fim de semana, como o ‘50/10’ e o ‘100/40’”, diz a responsável. “Sem prejuízo, claro está, de se poder vir a introduzir dinâmicas específicas para o canal online — sendo que esse não será o foco na fase de arranque”, ressalva.

“Um ponto fundamental no desenvolvimento do canal online foi a integração total com as vantagens e benefícios associados à app O Meu Pingo Doce. Ao fazer login na loja, o cliente tem acesso imediato a todos os cupões e ofertas personalizadas que consegue ver na app – e da mesma forma campanhas sazonais ou temáticas serão também espelhadas”, destaca a diretora de marketing.

Ganhar peso no online

O retalhista não adianta quais as expectativas de receita com este canal de venda online, mas admite que quer ver crescer o seu peso nas contas do grupo que, só no primeiro trimestre, gerou receitas de 8,4 mil milhões de euros (+3,8%), das quais 1,2 mil milhões com o contributo do Pingo Doce (+2,8%), para lucros de 127 milhões.

“A nossa expectativa é que rapidamente a loja online se possa afirmar como um canal importante, ultrapassando o contributo para as vendas da companhia que vínhamos tendo com o Mercadão, num modelo operacional que garanta a sustentabilidade e rentabilidade do canal”, diz, sem mais detalhes, Francisco Soure.

O que o distingue da concorrência?

O projeto marca o regresso do Pingo Doce ao comércio eletrónico de forma direta, depois de no início dos anos 2000 ter abandonado este canal, após ter lançado em 1998 o primeiro supermercado online. Desde 2018, tendo o Mercadão como parceiro logístico, estava ativo neste canal, mas agora entra diretamente num campo onde já estão presentes cadeias como o Continente, a Auchan ou o El Corte Inglés.

O que o vai distinguir dos concorrentes? “Aquilo que torna o Pingo Doce distintivo na loja física, é também o que o vai distinguir no e-commerce“, garante Maria João Coelho. “É um canal onde os clientes vão encontrar tudo o que precisam para o seu dia a dia, com um grande foco naquilo que é a nossa especialidade — a comida — em particular os produtos frescos; o sortido de marca própria e até a oferta de comida fresca, que faz, cada vez mais, parte da rotina dos nossos clientes, mas também um vasto sortido de produtos para o lar, de bem-estar e de bazar”, elenca da diretora de marketing.

Maria João Coelho, diretora de marketing do Pingo Doce.

A diretora de marketing do Pingo Doce destaca ainda o “serviço e atendimento personalizado e cuidado”. “O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, com formação específica em produtos frescos e em atendimento e que, se necessário, contacta o cliente quando está a fazer as compras para perguntar como pretende determinado produto”, realça

Aquilo que torna o Pingo Doce distintivo na loja física, é também o que o vai distinguir no e-commerce. (…) O serviço é garantido por uma equipa de assistentes de compras dedicada, com formação específica em produtos frescos e em atendimento e que, se necessário, contacta o cliente quando está a fazer as compras para perguntar como pretende determinado produto.

Maria João Coelho

Diretora de marketing do Pingo Doce

O movimento surge numa altura em que o grupo Jerónimo Martins parece paulatinamente mais apostado num movimento de transformação da sua operação. Lá fora, a cadeia polaca de produtos de beleza e cosmética Hebe já tinha comércio online e, desde dezembro de 2022, vendia para a vizinha Eslováquia, tendo este canal um desempenho “muito bom”, segundo Sacha Djokic, CEO da cadeia, em declarações à Lusa, aquando da entrada da Biedronka neste mercado em março. Mas vendas para o mercado nacional não estão previstas, disse.

Em Portugal, o Pingo Doce tardava em fazer esse movimento para o online, com a digitalização do negócio a privilegiar as lojas físicas. Em outubro de 2019, a cadeia testou em Carcavelos, na Nova SBE, uma loja em que os consumidores podiam pagar através de uma aplicação, e já este ano, em abril, avançou com um sistema de pagamento por inteligência artificial (IA) em dois restaurantes Comida Fresca, no Alegro Sintra e em Alverca. Os primeiros em Portugal com caixas de pagamento self checkout com IA, cujo sistema reconhece automaticamente os artigos que o cliente tem no tabuleiro, uma solução desenvolvida pela startup Retail Robotics Solutions. Uma solução que a cadeia diz querer alargar a outros restaurantes Comida Fresca.

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Serviço de Neurocirurgia do Hospital Geral Universitário General de Villalba efetuou 776 operações nos últimos oito anos

  • Servimedia
  • 14 Maio 2025

O serviço trata quase todas as patologias cirúrgicas do cérebro e da coluna vertebral com técnicas avançadas e uma abordagem multidisciplinar.

O Hospital Universitário Geral de Villalba, hospital público da Comunidade de Madrid, põe à disposição dos seus pacientes um Serviço de Neurocirurgia altamente especializado, que leva à população da Serra de Madrid os últimos avanços em cirurgia do cérebro e da coluna vertebral, nas mãos dos profissionais mais experientes, o que lhe permitiu realizar um total de 776 operações neurocirúrgicas, 153 das quais de urgência.

Dirigido pelo Dr. Julio Albisua Sánchez, este serviço do Hospital Universitário Geral de Villalba oferece um tratamento integral da patologia neurocirúrgica, desde a consulta inicial até à recuperação pós-operatória, no qual são atendidos pacientes pediátricos e adultos, oferecendo uma ampla gama de serviços em neurocirurgia craniana e espinal. Assim, das cerca de 800 intervenções efetuadas nesta área, 588 são cirurgias cranianas e 188 são cirurgias da coluna vertebral.

“O objetivo do nosso centro é oferecer cuidados de qualidade, cobrindo todas as necessidades neurocirúrgicas da população, com o apoio de técnicas modernas e uma abordagem multidisciplinar”, explica o diretor do centro.

No domínio da cirurgia cerebral, que tem vindo a aumentar nos últimos oito anos, de 25 em 2017 para 101 no ano passado, esta unidade ocupa-se da neuro-oncologia geral, incluindo o tratamento de tumores intracranianos e a cirurgia da base do crânio; a neurocirurgia funcional; a neurocirurgia vascular, para o tratamento dos aneurismas cerebrais e das malformações arteriovenosas; os traumatismos cranioencefálicos; e as afeções do líquido cefalorraquidiano, como a malformação de Chiari ou a hidrocefalia.

No que diz respeito à patologia da coluna cervical e lombar, da qual foram realizadas anualmente, desde 2017, uma média de 20 a 25 intervenções, o Serviço de Neurocirurgia do hospital Villalba trata de processos degenerativos, como espondiloartrose, espondilolistese e hérnias discais, fraturas vertebrais, bem como tumores da coluna vertebral e da coluna vertebral.

O responsável por este serviço sublinha que o centro conta com uma equipa multidisciplinar altamente especializada que garante os melhores cuidados médicos, e destaca o elevado nível de formação dos seus profissionais, devido ao volume e complexidade dos casos tratados, combinando a sua atividade com a desenvolvida no Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz. Também é de salientar que o Dr. Albisua presidiu à Sociedade Espanhola de Neurocirurgia Funcional e que outros membros da equipa, como a Dra. Mónica Lara, especialista neste serviço, ocupam cargos relevantes nas principais sociedades científicas da especialidade.

Recorda ainda que o General de Villalba dispõe de instalações de primeiro nível, desde modernos blocos operatórios equipados com sistemas de neuronavegação e microscopia cirúrgica até à monitorização neurofisiológica, que se complementam com os cuidados especializados de uma Unidade de Cuidados Intensivos (UCI).

O modelo de cuidados implementado caracteriza-se por cirurgias programadas que permitem aos pacientes um curto período de hospitalização e um rápido regresso às atividades diárias, tanto nas intervenções cranianas como vertebrais. “Tudo isto graças à utilização de tecnologias avançadas, instalações de primeira classe e à formação contínua da nossa equipa, o que nos permite oferecer resultados cirúrgicos ótimos com tempos de internamento muito curtos”, afirma o chefe do Serviço de Neurocirurgia do hospital.

O processo de tratamento começa com uma avaliação em ambulatório, onde é indicado o tratamento mais adequado após a realização dos exames necessários. Se for necessário efetuar uma intervenção cirúrgica, o doente é submetido a um estudo pré-anestésico em ambulatório e é marcado o internamento para a cirurgia. Após a operação, o doente tem normalmente alta hospitalar no prazo de 48-72 horas, com permanência em observação na UCI se o tipo de cirurgia o exigir.

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André Ventura sente-se mal durante comício em Tavira

  • ECO e Lusa
  • 13 Maio 2025

Presidente do Chega teve de ser retirado de um comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Líder parlamentar do partido diz que André Ventura está "bem" e "consciente".

O líder do partido Chega teve de ser retirado esta terça-feira de um jantar-comício em Tavira, após se ter sentido mal enquanto discursava. Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, disse que André Ventura estava “bem” e “consciente” e seria sujeito a exames no hospital de Faro.

Por volta das 21h10, André Ventura parou de falar, colocou a mão ao peito e caiu no comício, sendo rodeado por seguranças e transportado para o exterior do Parque de Feiras e Exposições de Tavira.

Ao local chegaram elementos dos Bombeiros Municipais de Tavira, que assistiram o presidente do Chega, assim como uma ambulância do INEM. Ventura foi então conduzido ao hospital de Faro para, a conselho dos médicos, fazer algumas “avaliações” e exames, segundo Pedro Pinto.

Na rede social X, o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, desejou o “rápido restabelecimento” a Ventura. Também Nuno Melo, líder do CDS, escolheu a rede social para desejar uma “rápida recuperação” ao presidente do Chega.

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Morreu José Mujica, antigo presidente do Uruguai

  • ECO
  • 13 Maio 2025

José "Pepe" Mujica morreu aos 89 anos. Numa das últimas entrevistas disse que gostava de ser recordado como um "velho louco".

O antigo presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, morreu esta terça-feira aos 89 anos, vítima de um cancro no esófago. Nascido a 20 de maio de 1935, em Montevideu, Mujica conduziu o país entre 2010 e 2015 e era reconhecido pela sua simplicidade, marcando uma geração de políticos de esquerda na América Latina.

Dediquei-me a mudar o mundo e não mudei nada, mas estive entretido e deu sentido à minha vida. Morrerei feliz”, disse, em entrevista ao El País em novembro de 2024. Três meses antes, em conversa com o New York Times, disse que gostaria de ser recordado como um “velho louco”.

Nos anos 70, como membro da polémica guerrilha Tupamaros, Mujica resistiu a seis balas e, durante a ditadura militar, esteve preso quatro vezes ao longo de quase 15 anos. Já no período democrático foi eleito deputado em 1994 e, cinco anos depois, senador. Aos 74 anos chega a presidente, com o governo a aprovar iniciativas como a legalização do cannabis, a aprovação da interrupção voluntária de gravidez e o casamento gay.

Quando foi presidente recusou-se a viver na residência oficial, o palácio Suárez y Reyes, preferindo ficar na sua quinta em Rincón del Cerro, a trabalhar no campo. E doava 90% do salário a instituições de caridade, retendo cerca de mil euros. “Fico bem com essa quantia. Tenho de ficar bem porque há muitos uruguaios que vivem com muito menos”, disse ao diário espanhol El Mundo.

Crítico da sociedade de consumo, Mujica defendia menos trabalho e mais tempo livre. “O Uruguai tem 3,5 milhões de habitantes. Importa 27 milhões de pares de sapatos. Para quê?”, questionou, na entrevista ao jornal americano, antes de acrescentar que uma pessoa só “é livre quando escapa à lei da necessidade”. Caso contrário, o “mercado domina-nos e rouba-nos a vida”, concluiu.

Na rede social X, o atual líder do país, Yamandu Orsi, lamentou a morte e sublinhou que vai sentir a sua falta. “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso camarada Pepe Mujica. Presidente, militante, dirigente e líder. Vamos sentir muito a tua falta, meu velho. Obrigado por tudo o que nos deste e pelo teu profundo amor pelo teu povo“, lê-se.

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Macron ameaça Rússia com mais sanções se não aplicar cessar-fogo

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

"A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kiev e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções.", disse o presidente francês.

O Presidente de França anunciou esta terça-feira que os europeus vão impor sanções secundárias “nos próximos dias” se a Rússia “confirmar que não está a respeitar” o cessar-fogo de 30 dias na Ucrânia.

“A nossa vontade, se a Rússia confirmar que não está a respeitar o cessar-fogo de 30 dias, proposto por Kiev e pelos aliados, é voltar a aplicar sanções. Já aplicámos várias dezenas e vamos aplicar nos próximos dias, em estreita ligação com os Estados Unidos”, afirmou Emmanuel Macron.

O chefe de Estado francês, que esteve na Ucrânia com o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, e líder britânico, Keir Starmer, indicou que a coligação de países dispostos a dar garantias de segurança à Ucrânia no caso de cessar-fogo querem “adotar novas sanções [contra a Rússia] em conjunto com os Estados Unidos” de Donald Trump.

“Estamos à espera da resposta da Rússia”, afirmou, acrescentando que querem “ajudar a Ucrânia, mas nunca escalar”, por essa razão foi decidido “não enviar [tropas]” para Kiev.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 137 milhões de euros

  • ECO
  • 13 Maio 2025

O jackpot desta terça-feira é de 137 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 137 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 13 de maio:

Números: 9, 19, 44, 47 e 50

Estrelas: 2 e 9

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França, Hungria e Itália apoiam Portugal na defesa dos direitos de autor com uso de IA

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Portugal defende uma revisão das normas da IA para alinhamento com a lei dos direitos de autor ao nível europeu e a defesa efetiva dos criadores e da diversidade cultural.

França, Hungria e Itália apoiaram esta terça-feira uma iniciativa de Portugal para salvaguardar os direitos de autor no uso da Inteligência Artificial (IA) nos setores cultural e audiovisual, visando a “sustentabilidade das indústrias culturais e criativas europeias”.

“Durante o Conselho de Ministros da Cultura da União Europeia e na sequência do debate sobre a iniciativa proposta por Portugal relativa à salvaguarda dos direitos de autor e direitos conexos, os representantes de França, Hungria, Itália e Portugal sublinharam em conjunto as oportunidades e desafios gerados pela adoção rápida e generalizada da inteligência artificial de propósito geral para os setores cultural e audiovisual, particularmente no que respeita ao cumprimento dos direitos fundamentais, em especial os direitos de autor e direitos conexos”, refere um comunicado conjunto divulgado no final de uma reunião em Bruxelas.

“Durante o debate público, Eslovénia, Dinamarca, Lituânia, Letónia, Alemanha, Espanha, Estónia, Finlândia, Grécia, Chipre e Croácia manifestaram o seu apoio geral à iniciativa”, acrescenta o mesmo documento assinado por aqueles quatro países. Na reunião dos ministros da Cultural da UE, Portugal levou o tema da proteção dos direitos de autor e garantia de transparência, no âmbito da legislação europeia sobre IA.

O país defende uma revisão das normas da IA para alinhamento com a lei dos direitos de autor ao nível europeu e a defesa efetiva dos criadores e da diversidade cultural.

De acordo com o comunicado, divulgado esta terça no final do encontro, estes países advogam a “sustentabilidade das indústrias culturais e criativas europeias”, uma “abordagem concertada entre os Estados-membros”, a “segurança jurídica e transparência na utilização de dados” e ainda a salvaguarda dos “valores fundamentais”.

“Dada a complexidade técnica e jurídica da matéria, bem como a sua relevância estratégica para o futuro das indústrias culturais europeias, consideramos indispensável esta abordagem a nível ministerial, de modo a facilitar uma discussão aprofundada e transversal, permitindo antecipar desafios, clarificar posições e promover uma cooperação europeia sólida na proteção dos direitos fundamentais no contexto da inteligência artificial”, concluem.

Portugal esteve representado na reunião pelo secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos. Em agosto de 2024, entrou em vigor na UE a lei da IA, a primeira legislação a nível mundial para esta tecnologia, que visa salvaguardar direitos fundamentais no espaço comunitário, mas no âmbito da qual apenas algumas disposições são já aplicáveis dado o período de adaptação de dois anos.

Esta é a primeira regulação direcionada para a IA, apesar de os criadores e os responsáveis pelo desenvolvimento desta tecnologia estarem já sujeitos à legislação europeia em matéria de direitos fundamentais, de proteção dos consumidores e de regras em matéria de segurança.

No que toca à legislação relativa aos direitos de autor, foi concebida para adaptar as normas à realidade do mercado único digital de forma a criar um equilíbrio entre a salvaguarda dos criadores e o acesso aos conteúdos.

Em vigor desde 2019 e transposta em Portugal em 2023, a diretiva atribui aos editores de imprensa um novo direito conexo sobre os seus conteúdos, responsabiliza plataformas como YouTube ou Facebook pela disponibilização de obras protegidas sem licença e impõe regras mais transparentes para garantir uma remuneração justa a criadores e artistas.

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Sindicato anuncia greves para junho na Carris devido a impasse nas negociações

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

A greve na transportadora Carris está marcada para os dias 2 a 6 de junho, duas horas no início e no fim de cada serviço, e de 24 horas em 12 de junho.

O Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores anunciou esta terça-feira uma greve na Carris, parcial entre 2 e 6 de junho, e de 24 horas em 12 de junho, em protesto pelo impasse nas negociações com a empresa.

Em comunicado, o Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores (SNMOT) informou que irá convocar uma greve na transportadora rodoviária Carris, entre 2 e 6 de junho, de segunda a sexta-feira, de duas horas no início e no fim de cada serviço, e de 24 horas em 12 de junho.

A estrutura sindical explicou que o acordo sobre as atualizações salariais não implicaria o encerramento do processo negocial e que, juntamente com a empresa, iria constituir “grupos de trabalho com vista, nomeadamente, à redução do horário de trabalho de forma faseada para as 35 horas semanais”.

Segundo o SNMOT, já tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, “facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois”, tendo-se realizado em 30 de abril a primeira reunião do grupo de trabalho criado para a redução da prestação de trabalho efetivo para as 35 horas semanais.

No entanto, a Carris, após solicitação do sindicato para que facultasse dados de forma a poder apresentar “propostas o mais fidedignas possíveis e alcançáveis pela empresa”, não o fez.

Ao contrário de outros, o SNMOT não pretende ficar à espera das propostas da empresa para depois as criticar ou as rejeitar” e “pretende fazer” o “que já fez com a redução da prestação efetiva de trabalho das 40 horas para as 37 horas e 30 minutos”, refere-se na nota, assegurando que “continuará a ser um sindicato pró-ativo e não passivo ou reativo”.

A estrutura sindical salientou que a empresa conhece o resultado do anterior plenário realizado em Miraflores (Oeiras), em que os trabalhadores mandataram o SNMOT para “convocar uma greve para o período festivo da cidade de Lisboa (Santo António) caso não existisse qualquer evolução” no processo.

A Carris, acrescentou o SNMOT, “parece ignorar todos os avisos dados pelos trabalhadores e pretende – mais uma vez – não cumprir com os seus próprios compromissos”, como o de que iria propor uma data para a reunião seguinte entre 5 e 9 de maio, o que incumpriu sem dar “qualquer justificação”, demonstrando o “respeito que os trabalhadores lhe merecem”.

Com a marcação da greve, em conformidade com o mandato recebido, o sindicato considerou que pode ser que assim “a empresa comece a respeitar os trabalhadores como merecem” e “não se lembre apenas dos trabalhadores quanto existem efemérides ou quanto acontece algo de anormal”.

A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), o Sitra – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC – Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.

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ECO da Campanha. Debate sobre coligações pós-eleitorais vira à esquerda

Ao décimo dia de campanha, debate sobre os cenários pós-eleitorais continuaram a marcar o dia. Saúde e segurança também foram tema. Montenegro motivado com a presença do filho.

Depois de ser tema do dia na direita, o debate sobre coligações e o voto útil transferiu-se esta terça-feira para a esquerda, com os antigos parceiros de Geringonça a falarem sobre o tema, ao qual se juntou também o Livre. No dia em que uma sondagem dá ao PS a possibilidade de registar o pior resultado desde 1987, Pedro Nuno Santos, contou numa ação com a presença de antigos companheiros no governo de António Costa: Mariana Vieira da Silva, Ana Mendes Godinho (candidata a Sintra) e António Costa Silva.

“É só nisso que eu vou estar concentrado nos próximos dias, dizer às pessoas que é mesmo possível viver melhor em Portugal e que podem confiar em nós, não só neste contexto de incerteza, mas para continuarmos a transformar o país, para aumentarmos salários, para aumentarmos pensões, para reduzirmos o custo de vida, para garantirmos casas e defendermos o Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, disse o líder socialista, citado pela Lusa.

Ainda assim, o debate sobre futuras coligações pós-eleitorais também não abandonou a direita. O líder da Iniciativa Liberal (IL) afirmou que está focado em convencer os portugueses e que não deixará de ser “muito exigente” com a coligação encabeçada por Luís Montenegro. “A AD não é um problema meu”, desvalorizou Rui Rocha. No entanto, mais tarde, garantiu que independentemente de uma eventual coligação pós-eleitoral, será “muito exigente” do ponto de vista das condições programáticas de mudança do país”.

“São também muito importantes, obviamente, todas as condições de credibilidade para executar um programa que tem de ser um programa diferente. Nós cá estamos para assegurar isso, como temos afirmado”, disse Rui Rocha. Uma questão à qual o líder da AD também não escapou. Luís Montenegro salientou que a AD não é “nem socialista”, “nem liberal”.

Na mesma ocasião, durante uma visita a uma escola técnica de polícias, Montenegro trouxe o tema da segurança para a ordem do dia, voltando a repetir o argumento de que Portugal “é um país seguro, mas que não dá essa segurança como adquirida” e de que o “aumento da criminalidade grupal, da delinquência juvenil, criando sentimento de insegurança que é preciso inverter” se combate com mais policiamento.

A presença do filho do primeiro-ministro na campanha da AD na segunda-feira ainda faz eco. “É uma situação completamente normal um filho ir apoiar um pai. Sinto-me muito motivado por ter a minha família comigo. Esteve presente para apoiar o pai. Foi esse o objetivo. Teve a simpatia de responder às vossas perguntas e disse aquilo que entendeu”, respondeu aos jornalistas o líder da AD quando questionado sobre o tema.

A segurança não foi o único tema abordado pelas caravanas ao longo do dia. A saúde também esteve em destaque, no rescaldo da presença da ministra Ana Paula Martins numa ação de campanha da AD na segunda-feira. A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, acusou a governante de ser “um caso muito paradigmático de incompetência, de arrogância e de uma visão sobre o SNS que está errada“.

“Diria que se tivesse que escolher uma destas três características, a mais importante é a visão errada sobre o SNS”, criticou. No dia em que garantiu que “não está em causa nem a sobrevivência nem o futuro do Bloco”.

Por seu lado, o secretário-geral do PCP reafirmou que a CDU nunca falhou “às soluções concretas para a vida das pessoas“. “Se todos fizessem como o PCP e a CDU fizeram sempre, a vida de cada um estaria muito melhor”, disse Paulo Raimundo, que falava aos jornalistas durante uma arruada em Benfica, no concelho de Lisboa, citado pela Lusa.

Já o líder do Chega admitiu que a vitória da AD “é uma possibilidade em cima da mesa”, mas considerou que “se Luís Montenegro vencer, nós não teremos estabilidade nos próximos meses em Portugal”. Em Tavira, André Ventura, que desde o arranque da campanha tem mostrado confiança que o seu partido será o mais votado, quando questionado sobre se a declaração se trata de uma mudança de posição, reafirmou: “Não mudou nada. A nossa convicção é a mesma, a de que vamos vencer”, afirmou.

Tema quente

Frente esquerda (pouco) unida

Com um cenário de instabilidade governativa a pairar não é apenas à direita que se fazem contas. Apesar de nenhuma das sondagens até à data apontar para uma maioria à esquerda, o tema tem sido trazido para a praça pública pelo líder do Livre desde o arranque da campanha. Enquanto o PS ataca com uma caça ao voto útil e o PCP e o BE procuram contrariá-lo, Rui Tavares defende uma solução governativa à esquerda para combater o “canibalismo e radicalismo” da direita.

“Não vou ficar sentado à espera que a esquerda deixe de ver passar navios, porque ouvimos os noticiários e percebemos que, basicamente, a direita já está a dividir o espólio”, disse o líder do Livre.

A posição de Rui Tavares não ficou sem resposta por parte do partido coordenado por Mariana Mortágua. “O programa da esquerda não pode ser ir para o Governo, porque depois perguntam-nos, ‘ok, e chegando ao Governo vão fazer o quê?’ Não basta chegar ao Governo, é preciso dizer às pessoas o que é que vamos fazer. E é por isso que estamos aqui a falar sobre habitação”, afirmou a bloquista esta tarde.

Segundo Mariana Mortágua, a esquerda “já mostrou no passado que se sabe unir”, em alusão à Geringonça, mas destacou que tal aconteceu “em torno de propostas e programas concretos”.

Um cenário que Paulo Raimundo também comentou para deixar recados. “O Livre faz apelos ao PS. O PS responde aos apelos do Livre. O que nós apelamos é ao nosso povo, aos trabalhadores, àqueles que trabalharam a vida inteira, à juventude, que provoquem um sobressalto. Provoquem um sobressalto não para as negociatas, mas para resolver a problema da vida de cada um”, disse, segundo a Lusa.

Para Paulo Raimundo, quem faz essa exigência “não está atrás”, mas “muito à frente, a querer firmar um projeto de futuro”.

A figura

Desinformação

Não é uma figura humana, mas pode influenciar determinantemente os resultados eleitorais. A desinformação também entrou na segunda semana de campanha. No arranque do dia, o TikTok anunciou um conjunto de medidas antes das eleições legislativas portuguesas, que levaram a remoção de “mais de 275 peças de conteúdo” que violavam as regras, incluindo desinformação. A rede social apagou ainda mais de 45.000 contas falsas, mais de 390.000 gostos falsos e 26.000 seguidores falsos relacionados com as eleições.

Durante a tarde, foi a vez da Comissão Nacional de Eleições (CNE) entrar em ação, alertando que “está a circular um e-mail fraudulento que, de forma ilícita, utiliza a identidade da Comissão, apresentando um endereço de remetente falsificado e disponibilizando um link para votar online“. Esta entidade explica que a mensagem constitui uma tentativa de fraude, com o objetivo de induzir os eleitores a acederem a uma ligação maliciosa.

No entanto, segundo apurou o ECO, a mensagem eletrónica em causa não se tratou de uma tentativa de fraude nem está em circulação. Foi apenas um banco que resolveu testar os funcionários para ciberataques.

O porta-voz da CNE, André Wemans, confirmou ao ECO que “no processo de investigação” desta situação que foi denunciada às autoridades, a Comissão “foi informada tratar-se de uma campanha de phishing interna sobre as eleições legislativas de forma a testar a capacidade de identificação e denúncia de tentativas de ataques de phishing por parte dos colaboradores de uma empresa particular”.

Não teve a CNE informação de outros casos semelhantes, mas, por uma questão de informação e esclarecimento, considerou importante emitir o comunicado [a alertar] que quaisquer e–mails com estes conteúdos devem ser considerados uma tentativa de fraude”, acrescentou o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições.

Numa outra nota, assinala-se que a CNE disponibilizou um serviço aos eleitores através do qual poderão reportar, através do Whastapp (com o número 964 846 227) casos de conteúdos de desinformação e publicidade paga. O objetivo é uma maior proximidade com os cidadãos em prol da transparência eleitoral.

“Se detetar conteúdos suspeitos, publicações enganosas ou publicidade paga nas redes sociais durante o período eleitoral, envie-nos uma mensagem. O seu contributo é essencial para uma campanha mais justa, clara e informada”, apelou.

A frase

"Os democratas-cristãos em Portugal só podem votar no PS. Ainda bem que o Adelino Amaro da Costa e o Diogo [Freitas do Amaral] não estão vivos para ver a desgraça em que o CDS se tornou.”

Basílio Horta

Ex-Dirigente do CDS-PP e autarca de Sintra eleito pelo PS nos últimos 12 anos

A surpresa

António Costa Silva

António Costa e Silva, um independente e antigo ministro da Economia do governo socialista de António Costa, veio dar forçar à campanha do PS. O mentor da arquitetura do Plano de Recuperação de Resiliência (PRR) subiu ao palco do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Queluz, em Sintra, para enumerar seis razões “vitais” para votar no PS e em Pedro Nuno Santos.

Primeiro começou por destacar que o secretário-geral socialista “é a única pessoa que pode impedir a vitória do candidato“, da AD, Luís Montenegro, que vai “introduzir a motosserra em Portugal“, com a IL. “Isto significa acelerar a destruição do SNS e a sua privatização, acelerar a privatização da Segurança social, da CGD. É colocar o Estado social como um Estado mínimo e isso significa direitos mínimos“, criticou.

Costa e Silva elogiou ainda o trabalho de Pedro Nuno Santos, enquanto ministro das Infraestrutura por “desafiar a inércia da máquina administrativa que penaliza o país“. E lembrou que com o então governante criou uma task force, “construímos uma agenda de 225 mil milhões de euros com o AICEP para lançar vários projetos e muitos deles estão a parar“. Porquê? “Porque não há liderança no atual Governo”, atirou.

E depois questionou, citando Luís Vaz de Camões: “Que liderança querem os portugueses? Um rei fraco torna fraca a forte gente. Por isso, temos de decidir se queremos um líder forte e responsável como Pedro Nuno Santos, comprometido com os problemas de Portugal, com coragem política para enfrentar a inércia política ou um líder, que não diria que é fraco, é fraquíssimo e isso ficou patente quando o país mais precisava”, durante o apagão elétrica.

O antigo ministro considerou que Luís Montenegro, “o líder que quer continuar a ser primeiro-ministro”, comportou-se “como uma barata tonta, sem saber o que dizer e a única mensagem foi para mobilizar os motoristas para enviar combustível“. “Não é com jerricãs que se vão resolver crises”, sinalizou.

Prova dos 9

"Temos uma situação singular. Depois destas eleições, no próximo domingo, durante cerca de um ano, não é possível haver uma dissolução do parlamento. Isso pode fazer com que o país caia num impasse.”

Luís Marques Mendes

O candidato presidencial Luís Marques Mendes afirmou que a campanha eleitoral para as legislativas não está a ser esclarecedora para os portugueses e revelou ter um entendimento próximo do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando este disse que pretende dar posse a um executivo que consiga viabilizar o programa de Governo no Parlamento.

Marques Mendes justificou que durante cerca de um ano não é possível haver dissolução da Assembleia da República. É verdade?

De acordo com a Constituição, o Parlamento não pode ser dissolvido nos seis meses posteriores à sua eleição. Quer isto dizer, que o Presidente da República apenas poderia convocar novas eleições em novembro deste ano. Contudo, o chefe de Estado também não pode dissolver a Assembleia da República no último semestre do seu mandato. Com eleições presidenciais marcadas para janeiro de 2026, Marcelo Rebelo de Sousa já não terá respaldo para o fazer, podendo apenas ser decidido pelo próximo Presidente da República.

Conclusão: Correto.

Norte-Sul

Luís Montenegro arrancou o dia em Benavente, numa visita a um arrozal, de onde seguiu para um encontro com agricultores numa sociedade agrícola da mesma cidade. Partiu depois para Torres Novas para um encontro com a Polícia e termina agora o dia nas Caldas da Rainha num jantar-comício.

Não muito longe, em Lisboa, o seu principal opositor, Pedro Nuno Santos começou a manhã na Ajuda, num contacto com a população, almoçou num quartel de bombeiros em Queluz e termina o dia na Aula Magna, onde irá contar com a presença do ex-ministro das Finanças socialista, Fernando Medina, que optou por não integrar as listas do partido.

A capital foi também a localidade escolhida por Inês Sousa Real, que marcou ponto de encontro no Campo Pequeno para uma ação contra os espetáculos tauromáquicos. A poucos quilómetros, mas já a sul do Tejo, Mariana Mortágua abriu o dia numa visita a uma Universidade Sénior, no Seixal, rumando até Lisboa para um encontro com jovens na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). A caravana bloquista seguiu depois para Braga, onde tem encontro marcado num comício com Francisco Louçã.

Por sua vez, a IL durante a manhã marcou presença em Setúbal, numa visita à Lisnave, mas durante a tarde regressou a Lisboa, para uma ação no Arco do Cego.

Paulo Raimundo também esteve em Lisboa, passando depois por Sintra e irá terminar o dia com um comício em Coimbra. Já a caravana de Rui Tavares marcou presença em Constância, seguindo depois para Aveiro. A Sul do país esteve André Ventura, com o dia dedicado a ações em Tavira.

No 11º dia de campanha, a caravana de Montenegro começa o dia com um contacto com a população em Arcos de Valdevez, parando para almoçar em Vila Verde, antes de seguir viagem até Braga, onde termina o dia com um comício. Ainda a norte, Mariana Mortágua estará em Santa Maria da Feira num encontro com trabalhadores por turnos durante a manhã e em Aveiro à noite, para um comício com Luís Fazenda, cabeça de lista por aquele círculo.

No entanto, será Setúbal que irá receber o maior número de líderes partidários na quarta-feira. A campanha do PS amanhece e anoitece na cidade, com Pedro Nuno Santos a fazer uma visita ao Mercado do Livramento e a fechar o dia num comício. Pelo meio, o almoço será em Almada. Não muito longe, Paulo Raimundo começa o dia em Loures, almoça com estudantes em Lisboa, de onde segue para um desfile em Setúbal.

Por sua vez, o partido de Inês Sousa Real arranca o dia em Faro, de onde parte em viagem até Almada, para uma reunião com o Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta. Por seu lado, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, ficará por Lisboa, onde tem prevista uma pedalada.

Já a IL inicia o dia com uma visita ao mercado da vila em Cascais, seguindo para Pombal e terminando o dia em Leiria, onde tem marcado um jantar-comício.

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Quatro dias pelo Médio Oriente. Quais os objetivos de Trump?

No primeiro de quatro dias na sua visita ao Médio Oriente, Trump já arrecadou 600 mil milhões de dólares em investimento para o país e anunciou o fim das sanções contra a Síria.

O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, começou esta terça-feira uma visita de quatro dias ao Médio Oriente, começando pela Arábia Saudita. O principal objetivo da viagem é discutir acordos económicos, procurando reforçar os laços com os parceiros do Golfo, segundo a Reuters. No primeiro dia já arrecadou 600 mil milhões de dólares em investimento para o país e anunciou o fim das sanções contra a Síria.

A primeira paragem do líder norte-americano foi Riade, na Arábia Saudita, onde participou durante a tarde num fórum de investimento em que Elon Musk, CEO da Tesla, foi um dos oradores. Esta foi a primeira visita formal de Estado e a segunda viagem ao estrangeiro desde a sua reeleição.

Na abertura do fórum e minutos antes da chegada de Trump, o ministro saudita Khalid al-Falih referiu que, “embora a energia continue a ser a pedra angular” da relação entre os dois países, os investimentos e as oportunidades de negócio expandiram-se. “Quando os sauditas e americanos unem forças, acontecem coisas muito boas e, na maioria das vezes, grandes coisas acontecem com essas joint ventures“, disse.

Mas o que espera Trump? Segundo a Reuters, o presidente norte-americano espera arrecadar biliões de dólares de investimentos dos produtores de petróleo do Golfo. Isto, porque a Arábia Saudita tinha prometido quase 600 mil milhões de dólares, mas Trump queria um bilião. Em troca, espera-se que os EUA disponibilizem um pacote militar no valor de mais de 100 mil milhões de dólares.

Já ao final da tarde foi anunciado pela Casa Branca: a Arábia Saudita vai investir 600 mil milhões de dólares nos Estados Unidos, tendo assim “luz verde” o acordo económico estratégico entre os países. Segundo referem os jornais, esse acordo abrange os setores de energia, defesa, exploração mineira e entre outras áreas.

Mas este valor pode aumentar. No fórum, o príncipe herdeiro saudita, Mohammed Bin Salman, adiantou que nos próximos meses os dois países vão trabalhar para aumentar esse valor para o pedido por Trump, um bilião de dólares.

À Reuters, fontes avançaram que na reunião os países discutiram a possível compra de jatos F-35 da Lockheed, um tipo de avião militar que está no radar saudita. Ainda assim, não é clara a “luz verde” americana, uma vez que daria à Arábia Saudita uma arma avançada que, no Médio Oriente, só está atualmente disponível em Israel.

Hoje, reafirmamos que é uma importante aliança e damos os próximos passos para tornar a nossa relação mais próxima, mais forte e mais poderosa do que nunca“, disse Trump, que avançou ainda o desejo de fazer um acordo com o Irão.

Recorde-se que durante as últimas décadas, os Estados Unidos e a Arábia Saudita têm mantido laços fortes, baseados num acordo em que os americanos fornecem segurança e os sauditas petróleo.

No discurso no fórum, Donald Trump anunciou que o secretário de Estado Marco Rubio vai reunir-se com o novo ministro dos Negócios Estrangeiros sírio na Turquia no final da semana para discutir a situação da Síria. “Vou ordenar o fim das sanções contra a Síria para lhes dar uma oportunidade de serem grandes“, sublinhou.

Trump concordou também em receber o presidente Sírio, Ahmed al-Sharaa, na quarta-feira na Arábia Saudita. Ainda considerado um terrorista pelos EUA, Sharaa pretende “suavizar” os ideias do presidente norte-americano em relação a Damasco e acalmar uma relação que se tem vindo a tornar cada vez mais tensa entre a Síria e Israel.

Mas a viagem de Trump não se fica por terras sauditas. O presidente norte-americano vai ainda nos próximos dias passar pelo Qatar e pelos Emirados Árabes Unidos, não estando prevista uma paragem em Israel.

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