Governo britânico anuncia medidas para setor automóvel afetado por tarifas dos EUA

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Marcas especializadas, como a McLaren e a Aston Martin, também vão ser autorizadas a produzir um número reduzido de automóveis com motores de combustão depois de 2030.

O Governo britânico anunciou esta segunda-feira uma série de medidas para ajudar a indústria automóvel que foi afetada pelo aumento de tarifas aduaneiras para os Estados Unidos, admitindo que estes são “tempos difíceis”.

Tarifas de 25% sobre as exportações de automóveis e de 10% sobre todos os outros bens são um enorme desafio para o nosso futuro e as consequências económicas mundiais podem ser profundas”, afirmou o primeiro-ministro Keir Starmer, durante um discurso esta tarde numa fábrica da Jaguar Land Rover (JLR) em Solihull, no centro de Inglaterra.

Além de permitir a venda de automóveis híbridos até 2035, mais cinco anos do que os automóveis com motores de combustão (gasolina e gasóleo), reduziu as multas para construtores que não cumpram as metas para comercialização de veículos elétricos.

Marcas especializadas, como a McLaren e a Aston Martin, também vão ser autorizadas a produzir um número reduzido de automóveis com motores de combustão depois de 2030. Os EUA representam cerca de 10% do total das exportações britânicas no setor automóvel, pelo que as tarifas representam um risco para a indústria que movimenta 19 mil milhões de libras (22,2 mil milhões de euros) e emprega 152 mil pessoas no país.

No sábado, a Jaguar Land Rover anunciou a suspensão das entregas nos EUA durante abril enquanto analisa o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. O plano revelado pelo Governo foi elogiado pelos construtores de automóveis, mas criticado por organizações ambientalistas, que receiam que atrase a transição energética necessária para combater as alterações climáticas.

O Governo britânico está há várias semanas a negociar intensamente com Washington na tentativa de chegar a um acordo que possa anular a totalidade ou parte destas taxas. “Só vamos fechar um acordo se for do nosso interesse nacional”, vincou Starmer, que disse estar a trabalhar com os outros países para “reduzir as barreiras ao comércio em todo o mundo e acelerar acordos”.

Entre o final da semana passada e durante o fim-de-semana, Keir Starmer falou com líderes da Austrália, Itália, França, Alemanha, Canadá e da União Europeia.

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Fed reúne-se de forma extraordinária após dias de perdas nas bolsas

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

A reunião, marcada para as 16:30 de Lisboa, vai decorrer à porta fechada, mas a direção da Fed irá publicar uma declaração sobre os assuntos discutidos no seu portal.

A Reserva Federal dos Estados Unidos da América, a Fed, anunciou esta segunda-feira que vai realizar uma reunião extraordinária do seu conselho de governadores, depois de mais um dia com pesadas perdas nas bolsas internacionais.

A reunião, marcada para as 16:30 de Lisboa, vai decorrer à porta fechada, mas a direção da Fed irá publicar uma declaração sobre os assuntos discutidos no seu portal.

A resposta da China às tarifas anunciadas na quarta-feira pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, arrasou os mercados bolsistas mundiais, com os investidores a recearem uma recessão global.

Enquanto a bolsa de Tóquio perdeu quase 8%, o principal índice de Hong Kong recuou 13,2%, tendo a sua maior queda desde a crise financeira de 2008. Já os mercados europeus, que abriram com perdas em torno dos 6%, moderaram, entretanto, as suas quedas para um intervalo entre 3,20% e os 4,60%.

Os mercados continuam a ser afetados pela entrada em vigor das tarifas impostas por Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

O Presidente dos EUA anunciou a imposição de tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos EUA em 02 de abril, mas manifestou a sua disponibilidade para negociar se as ofertas forem “fenomenais”.

Esta segunda, Trump voltou a pedir à Fed para baixar as taxas de juro e acusou a China de ser o “maior abusador”, depois de ter respondido a Washington com uma subida recíproca de 34%.

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📹 Guerra comercial sobe de tom

  • ECO
  • 7 Abril 2025

A Comissão Europeia já iniciou negociações com Washington sobre as novas tarifas. A China optou por anunciar tarifas de retaliação.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou quarta-feira novas tarifas norte-americanas de 20% a produtos importados da UE e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio. A Comissão Europeia já iniciou negociações com Washington sobre estas tarifas, mas a China optou por anunciar tarifas de retaliação, que serão implementadas a partir de 10 de abril e serão adicionadas a outras taxas que Pequim já implementou em resposta à guerra comercial lançada pelos Estados Unidos. A opção de Donald Trump foi criticada por todos os países e temem-se consequências económicas.

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Mais de um milhão de declarações de IRS entregues na primeira semana

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Até ao início do dia desta segunda-feira, foram entregues 1.067.459 declarações, sendo 859.325 relativas a contribuintes que em 2024 tiveram apenas rendimentos das casses A e H.

Mais de um milhão de declarações de IRS foram submetidas no Portal das Finanças, uma semana após o início da campanha, segundo dos dados oficiais disponíveis.

Até ao início do dia desta segunda-feira, foram entregues 1.067.459 declarações, de acordo com os dados publicados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), sendo 859.325 relativas a contribuintes que em 2024 tiveram apenas rendimentos das casses A e H, ou seja, de trabalho dependente e pensões respetivamente e que, na sua maioria, estarão abrangidos pelo IRS automático.

As restantes 208.134 foram submetidas por contribuintes que tiveram outros rendimentos ou que somam às categorias A e H outras tipologias, como rendas, dividendos, mais-valias ou outros. Em média, as pessoas que no ano passado usaram o IRS automático receberam o reembolso cerca de 13 dias após a entrega da declaração, havendo expectativa de que esse prazo possa este ano ser mais curto.

Para quem procede o preenchimento e entrega da declaração pelo método ‘normal’, a espera pelo reembolso deverá ser superior, tendo superado os 20 dias no ano passado.

Este ano, e devido ao facto de os contribuintes terem visto a sua retenção na fonte do IRS recuar ou mesmo ser anulada nos meses de setembro e outubro, o reembolso que possam ter a receber será menor, na medida em que grande parte da devolução do imposto retido a mais já foi feita naqueles dois meses.

A entrega da declaração anual do IRS começou no dia 1 de abril e termina em 30 de junho, sendo este o prazo para todos os contribuintes, independentemente da tipologia de rendimentos auferidos, cumprirem esta obrigação declarativa.

A lei determina que as liquidações têm de estar concluídas até 31 de julho e os reembolsos pagos até 31 de agosto. O final de agosto é também a data limite para os contribuintes que não fizeram retenção na fonte ou a fizeram em valor insuficiente, pagarem o imposto apurado pela AT.

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“Não gosto da palavra retaliação”. Miranda Sarmento pede resposta “ponderada” da UE a tarifas de Trump

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Ministro das Finanças defende que momento pede que os dois blocos negoceiem para chegar "à melhor solução possível" e alerta que "as tarifas prejudicam todos".

O ministro das Finanças, Miranda Sarmento, afirmou esta segunda-feira esperar que a União Europeia (UE) responda às tarifas norte-americanas de “forma ponderada e equilibrada” e demonstrando “disponibilidade para negociar” com os Estados Unidos da América.

Já temos uma experiência recente de aumento de tarifas em 2016 e 2017. E, portanto, já podemos aprender com aquilo que aconteceu e a forma como a União Europeia respondeu. O que eu espero é uma resposta de disponibilidade para negociar, porque as tarifas prejudicam todos e aqueles que serão mais prejudicados serão os consumidores e as empresas americanas e uma resposta seletiva que olhe aquilo que são os interesses da União Europeia”, afirmou o ministro das Finanças.

O governante falava aos jornalistas no Palácio da Justiça, em Lisboa, após a entrega das listas do PSD ao círculo eleitoral de Lisboa, pelo qual é cabeça de lista nas eleições legislativas antecipadas de 18 de maio.

Miranda Sarmento sublinhou que a Europa atravessa um “processo de análise e reflexão” sobre as tarifas, mas defendeu que é o momento de os dois blocos económicos “se sentarem e poderem chegar à melhor solução possível, face àquilo que, neste momento, são interesses antagónicos”.

Questionado sobre se a União Europeia se prepara para negociar nos termos que são impostos pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, o ministro das Finanças disse que isso não irá acontecer porque a “União Europeia também tem argumentos e forças para fazer valer”.

O que espero é uma resposta de disponibilidade para negociar, porque as tarifas prejudicam todos e aqueles que serão mais prejudicados serão os consumidores e as empresas americanas e uma resposta seletiva que olhe aquilo que são os interesses da União Europeia.

Joaquim Miranda Sarmento

Ministro das Finanças

Não gosto da palavra retaliação, acho que a União Europeia deve responder de uma forma ponderada, de uma forma equilibrada, aproveitando aquilo que é a experiência de 2016 e 2017. A teoria económica já produziu alguns estudos sobre aquilo que foi a resposta europeia nesse momento das tarifas, embora agora, factualmente, tarifas sejam bastante superiores”, acrescentou.

Sobre a bolsa de Lisboa – que abriu hoje a cair quase 6% –, Miranda Sarmento absteve-se de comentar, destacando apenas os resultados da economia portuguesa que demonstram uma “capacidade e uma resiliência muito grande” do país.

O mercado continua a ser afetado pela entrada em vigor das tarifas impostas pelo Presidente do EUA, Donald Trump, aos parceiros comerciais dos Estados Unidos e pelas medidas de retaliação anunciadas pela China, que podem ser seguidas pelas de outras grandes economias, como a da União Europeia (UE).

O comissário europeu para o Comércio, que está a negociar a aplicação de tarifas por parte da Casa Branca, apelou esta segunda-feira às negociações com Washington, mas alertou que a União Europeia (UE) não vai esperar para sempre.

“Vai ser preciso tempo e empenho […], os Estados Unidos da América (EUA) não olham para as tarifas como um passo tático, mas como uma medida corretiva”, disse Maros Sefcovic, em conferência de imprensa depois de uma reunião ministerial, no Luxemburgo.

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RSG torna-se MDS Chile para fortalecer posicionamento global do grupo

  • ECO Seguros
  • 7 Abril 2025

Para o Grupo MDS, alinhar as operações da multinacional sob uma identidade única é um passo estratégico no processo de expansão na América Latina.

A RSG Corretora de Seguros passa a operar a partir desta semana sob a marca MDS Chile. A mudança faz parte da estratégia do Grupo MDS de reforçar a sua presença e posicionamento como player global na corretagem de seguros e resseguros, consultoria de risco e gestão de benefícios na América Latina.

José Diogo Silva (CFO do Grupo MDS), Andrés Errázuriz (Diretor-Geral da MDS Chile), José Manuel Fonseca (CEO do Grupo MDS e Presidente & CEO da Brokerslink), Mario Diaz (CFO da MDS Chile), Ariel Couto (CEO da MDS Brasil) e Caio Carvalho (Vice-Presidente de Risk & Reinsurance da MDS Brasil).Grupo MDS

A integração da marca surge após a aquisição da RSG, em 2023, e visa alinhar as operações da multinacional sob uma identidade única.

“Agregar as nossas operações sob uma marca única reforça o nosso posicionamento como empresa global de referência e facilita a comunicação com o mercado e os clientes, reforçando também o sentimento de pertença das equipas ao Grupo MDS”, afirmou Ariel Couto, CEO da MDS Brasil.

Para o Grupo MDS, a uniformização da marca é um passo estratégico no processo de expansão na região. “Continuamos focados em expandir a presença da MDS na América Latina. Acreditamos no grande potencial deste mercado, onde queremos consolidar a nossa posição como um dos principais players do setor segurador e ressegurador”, destacou José Manuel Fonseca, CEO do Grupo MDS e presidente e CEO da Brokerslink. José Manuel Fonseca indica que a aposta está centrada na “inovação, parcerias estratégicas e no desenvolvimento de soluções que respondam às necessidades específicas de nossos clientes em cada país”.

A mudança de identidade não altera a estrutura da operação no Chile. A equipa da RSG, com cerca de 65 colaboradores, e a liderança de Andrés Errázuriz permanecem inalteradas. Para o diretor-geral da agora MDS Chile, “a transição para a marca MDS representa uma nova etapa da nossa história, ligando a nossa sólida atuação local a um broker global de excelência”.

O rebranding no Chile insere-se numa estratégia mais ampla do Grupo MDS, que tem vindo a consolidar a sua posição nos mercados ibérico e latino-americanos. Exemplo disso é a aquisição, no final de 2024, da espanhola Cobian Insurance Brokers, bem como a integração da brasileira D’Or Consultoria.

O Grupo MDS é uma multinacional de corretagem de seguros e resseguros, consultoria de risco e gestão de benefícios, presente em 131 países através da Brokerslink, estando atualmente integrada no Ardonagh Group, um dos 20 maiores grupos de corretagem de seguros do mundo. O grupo MDS está diretamente presente em Portugal, Angola, Brasil, Moçambique, Espanha, Malta, Suíça, Chipre, Chile, México, EUA e China.

A MDS Portugal pode ser considerado o maior distribuidor de seguros com base em Portugal segundo os dados de 2023 quando tinha atingido 42,407 milhões de euros de receitas, um valor 16% acima de 2022, de acordo com o ranking ECOseguros.

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Governador do Banco de Inglaterra nomeado presidente do Conselho de Estabilidade Financeira

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

A nomeação do banqueiro britânico será oficializada em junho e o mandato será de três anos com início em 1 de julho de 2025.

O comité de nomeação do Conselho de Estabilidade Financeira (Financial Stability Board, FSB) decidiu, por unanimidade, recomendar a nomeação de Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, como próximo presidente do regulador financeiro mundial. A nomeação do banqueiro britânico será oficializada em junho e o mandato será de três anos com início em 1 de julho de 2025.

“Andrew tem um histórico comprovado na promoção da colaboração, tendo recentemente liderado as principais iniciativas de reforma do FSB, incluindo aquelas relacionadas com os criptoassets [ativos digitais] e a intermediação financeira não bancária”, disse o presidente do Banco dos Países Baixos e presidente do FSB, Klaas Knot, cujo mandato termina em 30 de junho.

O FSB coordena a nível internacional o trabalho das autoridades financeiras nacionais e dos organismos internacionais, desenvolvendo e promovendo a implementação de políticas de regulamentação, supervisão e outras políticas do setor financeiro em prol da estabilidade financeira.

Para o efeito, reúne as autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira em 24 países e jurisdições, instituições financeiras internacionais, agrupamentos setoriais internacionais de reguladores e supervisores e comités de peritos dos bancos centrais. O FSB também estabelece contacto com aproximadamente 70 outras jurisdições através dos seus seis grupos consultivos regionais.

“Estou ansioso para servir o FSB neste momento importante e na tarefa crítica de manter a estabilidade financeira global e continuar o excelente trabalho realizado por Klaas Knot”, disse o governador do banco de Inglaterra.

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Grupo Lusíadas tem vagas de emprego abertas no Algarve

Hospital Lusíadas Albufeira tem vagas abertas, estando o recrutamento a cargo do Clan. Há oportunidades para enfermeiros, rececionistas e até pessoal administrativo.

O grupo Lusíadas está a contratar profissionais para o seu hospital em Albufeira. Há oportunidades para enfermeiros, auxiliares de ação médica e técnicos de cardiopneumologia, mas também para rececionistas e pessoal administrativo. O recrutamento está a cargo da empresa de recursos humanos Clan.

“No Hospital Lusíadas Albufeira, existem três vagas de enfermagem distintas: enfermeiro de internamento médico-cirúrgico, enfermeiro de esterilização e enfermeiro de atendimento permanente“, informa uma nota enviada esta segunda-feira às redações.

Para serem considerados para estas vagas, os candidatos devem ter licenciatura em enfermagem, inscrição válida na Ordem dos Enfermeiros e conhecimentos de informática “na ótica do utilizador”, sublinha o Clan.

Já no que diz respeito à vaga para um auxiliar de ação médica, a intenção é encontrar um profissional “para apoio à prestação de cuidados dos doentes, desde higiene, alimentação e transporte”, é explicado.

Há também oportunidades para um rececionista, “responsável pelo atendimento ao cliente”, um técnico de cardiopneumologia, “que deve apresentar licenciatura na área, experiência em ambiente hospitalar e disponibilidade para turnos rotativos“, e um administrativo para o secretariado clínico do bloco operatório, “para a gestão administrativa do serviço, incluindo agendamentos, comunicação com clientes e apoio às equipas clínicas”.

Além disso, há uma vaga para um técnico superior para a área de negócio e produção. Em todos os casos, as candidaturas podem ser feitas online.

O Hospital Lusíadas Albufeira foi inaugurado em 2012 e disponibiliza todas as especialidades médicas e cirúrgicas. O grupo, no seu todo, conta com mais de sete mil profissionais e, em 2023, realizou mais de 1,3 milhões de consultas, segundo o comunicado divulgado esta segunda-feira.

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Presidente da República apela a “esforço comum” para afirmar “comércio livre e equitativo”

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

Declarações ocorreram no âmbito da visita de Estado de dois dias da Presidente da República da Índia a Portugal, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta segunda-feira, perante a sua homóloga da Índia, a importância de um “esforço comum” para afirmar o direito internacional, o “comércio livre e equitativo” e a paz.

“Neste momento é muito importante o nosso esforço comum, afirmando o direito internacional, os valores da Carta das Nações Unidas, o multilateralismo, o comércio livre e equitativo, o manter a construção da paz na tolerância e no diálogo e também a preocupação com as políticas económicas, fiscais e comerciais, que devem garantir mais crescimento e evitar o risco de recessões“, afirmou o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio de Belém, numa declaração conjunta com a Presidente da República da Índia, Draupadi Murmu, que iniciou esta segunda-feira uma visita de Estado de dois dias a Portugal. O Presidente português considerou que esta visita acontece “num momento internacional muito desafiante”.

“Um momento em que o multilateralismo, o sistema internacional baseado em regras, o respeito pela soberania e integridade territorial, a crença no aumento da prosperidade comum através do livre comércio, a certeza da necessidade do combate às alterações climáticas, todos estes princípios e valores se veem em crise, postos em questão por alguns que foram dos grandes construtores e edificadores desses valores e princípios”, afirmou.

O Chefe de Estado assinalou que a Índia tem um “papel fundamental”, uma vez que “é a maior democracia do planeta, é uma potência económica imensa, tem um papel crucial no sistema multilateral, como demonstrou a recente presidência do G20”.

“Daí Portugal ter sempre defendido que a Índia fosse e seja, na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas, um membro permanente, daí também a reciprocidade no apoio nas eleições de membros não permanentes: A Índia apoiar Portugal, Portugal apoiar a Índia nos próximos anos”, disse.

O Presidente da República indicou também que os dois países estão a “fazer muito” e vão “fazer mais nas relações culturais, na arte, no cinema, na educação, nas relações entre empresas, na abertura de rotas aéreas, no turismo, nas indústrias de defesa, no intercâmbio científico e tecnológico, na inteligência artificial, no digital, nas energias renováveis”.

No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que a visita de Estado da Presidente da Índia a Portugal acontece cinco anos depois de ter estado naquele país e marca “a celebração dos 50 anos do restabelecimento das relações diplomáticas entre a Índia e Portugal”.

O Chefe de Estado português salientou as “relações fraternas” entre os dois países, com “mais de cinco séculos de convivência entre dois povos que, através dos seus intercâmbios, fundaram a primeira globalização, e, ao longo de mais de 500 anos, com relações por vezes complexas, souberam construir uma relação e uma parceria que são hoje florescentes”.

O Presidente da República manifestou o “imenso apreço pela comunidade indiana em Portugal, cerca de 50 mil, uma das mais poderosas, influentes e significativas”, que “tanto contribui para o desenvolvimento económico e social”, e referiu também a “comunidade, mais pequena, portuguesa na Índia”, defendendo que a “cooperação bilateral vai melhorar e ser melhorada por gerações mais jovens”.

Depois de ter sido recebida com honras militares junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, os dois chefes de Estado deslocaram-se ao Palácio de Belém onde tiraram a tradicional fotografia oficial e Draupadi Murmu assinou o livro de honra da Presidência da República.

Antes de terem falado perante a imprensa dos dois países, Draupadi Murmu e Marcelo Rebelo de Sousa estiveram reunidos e participaram na cerimónia e emissão conjunta do selo evocativo dos 50 anos do restabelecimento de relações diplomáticas entre Portugal e a Índia.

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Endividamento da câmara de Lisboa aumentou 52,5 milhões de euros em 2024

Executivo de Carlos Moedas anuncia "a maior execução orçamental de sempre" em 2024. Dívida cresceu para 322 milhões de euros. Do lado do PRR, a habitação obrigou a câmara a esforço acrescido.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, culpa a oposição pelo crescimento da dívida. FERNANDO VELUDO/LUSAFERNANDO VELUDO/LUSA

A Câmara Municipal de Lisboa terminou o ano de 2024 com mais 52,5 milhões de euros de endividamento em relação a 2023. A 31 de dezembro, a dívida total do município situava-se nos 321,9 milhões de euros, “refletindo os financiamentos contratados para apoiar os investimentos em habitação, infraestrutura escolar, mobilidade e ação climática”, explana a autarquia. O Executivo de Carlos Moedas garante que, no último ano, “alcançou a maior execução orçamental de sempre”.

No que concerne ao resultado líquido de 2024, este mantém-se no vermelho, apesar da melhoria de 8,7 milhões de euros, passando de um resultado negativo de -18,6 milhões de euros para -9,9 milhões de euros. Já em 2023 o município atingiu um resultado líquido negativo de 18,59 milhões de euros, devido a um acréscimo de gastos, designadamente com a Jornada Mundial da Juventude, enquanto em 2022 houve um resultado líquido positivo de 99,8 milhões de euros, de acordo com dados da autarquia.

Este é o último orçamento municipal deste mandato (2021-2025) proposto pela coligação Novos Tempos, que governa Lisboa sem maioria absoluta. O Executivo de Carlos Moedas culpabiliza a oposição pelo aumento do endividamento após ter concluído o Relatório de Gestão e Contas referente ao ano de 2024. “O valor do aumento em relação ao ano anterior (+52,5 milhões de euros) tornou-se inevitável face à inviabilização de receitas de investimento pela oposição, e corresponde a uma pequena parte do investimento realizado neste mesmo ano”, explana o município num comunicado.

Ainda assim, sustenta, o valor mantém-se muito abaixo da média da receita corrente líquida cobrada nos três exercícios anteriores (819,0 milhões de euros), respeitando amplamente os limites definidos no controlo do endividamento municipal”.

De acordo com o Relatório de Gestão e Contas relativo a 2024, “a capacidade absoluta de endividamento no final do exercício económico reflete um reforço da capacidade municipal a este nível, face ao enquadramento existente no início do mandato”.

Já no que concerne ao total das transferências provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estas somaram 62,2 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de execução de 44,5%, na qual “mais de metade” foi “concretizada no último trimestre do ano”, aponta o documento divulgado à imprensa nesta segunda-feira.

A este propósito, o município esclarece que a “baixa e tardia taxa de execução, em especial ao nível das receitas do PRR Habitação, não foi acompanhada pelo mesmo nível de desempenho ao nível da execução da despesa — que só na habitação ascendeu a 71,0 milhões de euros — o que evidencia que o desempenho do PRR Habitação acarretou para o município um fator acrescido de exigência, não só ao nível orçamental, mas também em termos de tesouraria”.

Mesmo assim, o Executivo lisboeta anuncia, esta segunda-feira, que “alcançou a maior execução orçamental de sempre” em 2024: “No presente mandato autárquico alcançou-se uma média de execução de 85,1%”.

Estes resultados são a prova de que é possível baixar impostos às pessoas e manter as contas certas.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

“A despesa executada atingiu 1.069,7 milhões de euros, com uma taxa de execução de 85,9% e uma taxa de pagamento de 98,9%, representando um acréscimo de 53,4 milhões de euros (+5,3%) face a 2023″, contabiliza a autarquia.

“Estes resultados são a prova de que é possível baixar impostos às pessoas e manter as contas certas. Assumimos este compromisso no início de mandato e provámos que era possível. Tudo isto sem nunca deixarmos de investir nas principais prioridades da cidade e no mais importante”, assinala o autarca Carlos Moedas, citado na mesma nota.

Já a receita total cobrada atingiu uma taxa de execução orçamental de 87,5%. A receita aumentou 50,4 milhões de euros (+4,8%) em relação a 2023, totalizando 1.093,3 milhões de euros, dos quais 902,4 milhões de euros reportam-se à atividade operacional. O que demonstra, explana a autarquia, que “a principal fonte de financiamento municipal é de natureza operacional, em consonância com o elevado grau de autonomia orçamental do município”.

Contas feitas, o saldo orçamental fixou-se em 24,6 milhões de euros, a que se soma o saldo das operações de tesouraria, totalizando um saldo de gerência a transitar de 34,2 milhões de euros, contabiliza o Executivo.

Segundo o município, o saldo corrente cifrou-se em 120,9 milhões de euros e o saldo de capital em -187,4 milhões de euros, “revelando que 70,4% da despesa de capital foi financiada com receitas correntes”. O Executivo de Carlos Moedas explica que “este desempenho traduziu-se num equilíbrio total de 102,2% e num equilíbrio orçamental de 114,3%”. A autarquia salienta a redução de receitas de 74,7 milhões de euros, valor referente à redução da taxa de IRS retido aos munícipes.

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TC recusa recurso do PPM e confirma designação “AD – Coligação PSD/CDS”

  • Lusa
  • 7 Abril 2025

O Tribunal Constitucional recusou o recurso apresentado pelo PPM e aceitou o acórdão que autoriza o uso da designação "AD - Coligação PSD/CDS".

O Tribunal Constitucional recusou em plenário o recurso apresentado pelo PPM e aceitou o acórdão que autoriza o uso da designação “AD – Coligação PSD/CDS”, argumentando que não há risco de confusão com outras coligações.

De acordo com o acórdão consultado pela Lusa, a decisão foi unânime entre os juízes do Palácio Ratton, que consideraram que o termo “Aliança Democrática” seria o “traço identitário mais forte”.

Os juízes decidiram, assim, que a retira das palavras Aliança Democrática anula o risco de confusão com anteriores coligações, validando o acórdão que tinha concordado com a designação AD — Coligação PSD/CDS-PP.

“Em face do exposto, decide-se negar provimento ao recurso e, consequentemente, confirmar o Acórdão n.º 300/2025”, lê-se no documento.

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Comissão Europeia propõe aos EUA tarifas zero para bens industriais

Presidente da Comissão Europeia reitera disponibilidade para negociar com os EUA, mas garante que não deixará de retaliar com contramedidas caso não chegue a acordo.

A Comissão Europeia propôs aos EUA tarifas zero para os bens industriais. A informação foi avançada esta segunda-feira pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, ao salientar a disponibilidade para negociar com Donald Trump, mas garantindo estar preparada para retaliar contra as novas tarifas recíprocas norte-americanas se não for possível alcançar-se um acordo.

“Este é um grande ponto de viragem para os EUA. No entanto, estamos prontos para negociar com os EUA. De fato, oferecemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais. Porque a Europa está sempre pronta para um bom acordo”, disse Ursula von de Leyen numa conferência de imprensa após um encontro com o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre.

Embora reitere que mantém a vontade de chegar a acordo em cima da mesa, a presidente da Comissão Europeia avisa que a instituição está preparada para responder com “contramedidas” e defender os seus “interesses”.

Oferecemos tarifas zero para os bens industriais, como fizemos com sucesso com muitos outros parceiros comerciais. A Europa está sempre pronta para um bom acordo.

Presidente da Comissão Europeia

Ursula von der Leyen adianta ainda que a Comissão irá criar uma “task-force de vigilância da importação” e garante que irá trabalhar com a indústria no desenho das medidas a aplicar. “Manteremos contacto próximo para trabalhar juntos e minimizar os efeitos um sobre os outros”, realçou.

A responsável do executivo comunitário reuniu-se esta manhã com representantes da indústria de aço e metais para discutir as implicações das tarifas dos EUA sobre aço, alumínio e produtos derivados relacionados. Segundo a Comissão, os representantes da indústria acolheram com satisfação o Plano de Ação para Aço e Metais da Comissão Europeia e o Acordo Industrial Limpo, e pediram sua rápida implementação.

No entanto, os participantes levantaram “fortes preocupações” sobre o impacto das tarifas dos EUA, como o risco de desvio de comércio, e apelaram à “urgente necessidade de a UE [União Europeia] propor novas medidas de defesa comercial para o aço — além das salvaguardas existentes, que devem expirar em junho de 2026″, incluindo que respondam ao potencial desvio de exportações de outros grandes países produtores de aço para o mercado europeu.

A Comissão Europeia, a quem cabe a competência da política comercial da União Europeia, procura uma resposta para o impacto das tarifas de Donald Trump, embora alguns países defendam uma resposta mais agressiva, enquanto outros uma mais moderada.

Há “grande coesão” para “não escalar mais” a guerra comercial, diz Portugal

Os responsáveis da UE com as pastas do Comércio reuniram-se no Luxemburgo com o tema na agenda. Em declarações aos jornalistas, o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, considerou que a reunião foi “muito produtiva”, tendo existido “grande coesão” e “união dos Estados-membros”.

“Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela UE e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito”, disse. Para o governante, o foco europeu deve estar na redução de barreiras no mercado único da UE, para o tornar mais competitivo, e em “continuar a olhar para aquilo que são as suas parcerias comerciais” com outros blocos regionais, como o Mercosul e a Índia.

Houve um grande sentido de não escalar mais esta situação, que na verdade não foi criada pela UE e, portanto, temos de ter aqui uma paciência estratégica na negociação para não escalar mais o conflito.

João Rui Ferreira

Secretário de Estado da Economia

A Comissão Europeia irá votar na quarta-feira a lista, enviada esta quarta-feira aos Estados-Membros, de 27 produtos americanos aos quais prevê aplicar uma taxa adicional, como retaliação às tarifas de 25% dos EUA sobre o aço e o alumínio importados à UE, uma medida em vigor desde março.

No sábado, as taxas aduaneiras mínimas adicionais de 10% sobre todas as importações norte-americanas entraram em vigor, estando previsto que as sobretaxas para países que o presidente norte-americano considera particularmente hostis ao comércio, como por exemplo a União Europeia (20%) e a China (34%), se apliquem a partir de quarta-feira.

(Notícia atualizada às 14h54)

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